segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HISTÓRIA - ESCRAVIDÃO.

Como era um navio negreiro da época da escravidão?




O navio negreiro - ou "tumbeiro" - foi o tipo de cargueiro usado para trazer mais de 11 milhões de africanos para serem escravizados na América. Em caravelas ou barcos a vapor, europeus, americanos e até mesmo negros se metiam no "infame comércio". Os traficados eram, na maioria, meninos e jovens de 8 a 25 anos. Isso mudou nos últimos anos do tráfico. "Tudo quanto se podia trazer foi trazido: o manco, o cego, o surdo, tudo; príncipes, chefes religiosos, mulheres com bebês e mulheres grávidas", disse o ex-traficante Joseph Cliffer, em depoimento ao Parlamento Britânico, em 1840. Como não havia fabricação de navios apenas para o comércio de escravos, até hoje já foram identificados pelo menos 60 tipos de embarcações adaptadas como tumbeiros. Se houve uma regra, é que eles ficaram menores e mais velozes no século 19, à medida que o tráfico se tornou ilegal e passou a ser perseguido pela política antiescravista dos ingleses a partir da aprovação da lei Bill Aberdeen, em 1845.
Cruzeiro infame

Veja como era a terrível viagem dos escravos do século 19

DANÇA TRISTE
Alguns traficantes levavam grupos de escravos adultos para o convés e os obrigavam a fazer exercícios físicos. Sob a ameaça da chibata, os negros tinham de dançar e cantar. O resultado era um "espetáculo" melancólico, que dominava o navio


DANDO BANDEIRA
Autorizada por acordos com outras nações, na luta contra o tráfico a Inglaterra seguia e vistoriava navios suspeitos em alto-mar. Como os Estados Unidos não permitiam essa vistoria, barcos negreiros de várias nações hasteavam a bandeira americana para passar por baixo do nariz dos ingleses


TERROR INFANTIL
Além dos cerca de 20 tripulantes, apenas crianças podiam circular livremente no convés. Mas o rolé não era nada agradável. "Os jovens tinham acesso, mas muitos pulavam para fora do navio, pensando que seriam comidos", afirmou aos ingleses o escravo Augustino, traficado aos 12 anos


PIOR QUE O SAARA
"Houve um companheiro tão desesperado pela sede que tentou apanhar a faca do homem que nos trazia água. Suponho que foi jogado ao mar", disse o escravo Mahommah Baquaqua. Entre fezes e temperaturas de até 55 ºC, comia-se apenas milho e bebia-se só meio litro de água por dia


MOVIMENTO NEGRO
Rebeliões eram frequentes. E algumas revoltas resultavam na conquista da embarcação pelos escravos, como a do navio Amistad, em 1839. Outras, porém, como a do Kentucky, em 1845, acabaram com a morte de todos os escravos rebeldes, cujos corpos foram lançados ao mar


BANHO DE GATO
Para a higiene bucal, os escravos faziam bochechos com vinagre. Para limpar o corpo, só podiam se enxaguar duas vezes durante toda a viagem. Muitos padeciam de graves infecções oculares e intestinais, e os que não morriam chegavam moribundos ou cegos


ESTANTE HUMANA
Os traficantes dividiam o porão em três patamares, com altura de menos de meio metro cada um. Presos pelos pés, mais de 500 escravos se espremiam deitados ou sentados. "Ficavam como livros numa estante", disse o traficante Joseph Cliffer

Radiografia do tráfico
As seis principais rotas negreiras*
Escravos que saíram
A - Serra Leoa - 66 974
B - Costa do Ouro - 80 597
C - Baía de Benin - 222 407
D - Baía de Biafra - 217 781
E - Congo e Angola - 952 937
F - Moçambique - 236 504


Escravos que chegaram
1 - Carolina (EUA) - 47 mil
2 - Cuba - 502 998
3 - Jamaica - 69 mil
4 - Guiana - 65 049
5 - Bahia - 161 883
6 - Sudeste do Brasil - 893 925
*dados de 1801 a 1862, obtidos do estudo The Trans-atlantic slave trade database, da universidade de cambridge.

FONTES:

Nova História: Escravidão e Resistência no Brasil
novahistorianet.blogspot.com blog.cancaonova.com



GEOGRAFIA DOS RAIOS.

Como se formam os raios?
Para que surjam raios, é necessário que, além das gotas de chuva, as nuvens de tempestade tenham em seu interior três ingredientes: cristais de gelo, água quase congelada e granizo. Tais elementos se formam na faixa entre 2 e 10 quilômetros de altitude, onde a temperatura fica entre 0 ºC e -50 ºC. Com o ar revolto no interior da nuvem, esses elementos são lançados pra lá e pra cá, chocando-se uns contra os outros. Com isso, acabam trocando de carga entre si: alguns vão ficando cada vez mais positivos, e outros, mais negativos. Os mais pesados, como o granizo e as gotas de chuva, tendem a ficar negativos.
Por causa da gravidade, o granizo e as gotas de chuva se acumulam na parte de baixo, que vai concentrando carga negativa. Mais leves, os cristais de gelo e a água quase congelada são levados por correntes de ar para cima, deixando o topo mais positivo. Começa a se formar um campo elétrico, como se a nuvem fosse uma grande pilha. Essa dupla polaridade da nuvem é reforçada ainda por dois fenômenos físicos externos a ela. Acima, na região da ionosfera, os raios solares interagem com moléculas de ar, formando mais íons negativos. No solo, por outro lado, diversos fatores contribuem para que a superfície fique eletricamente positiva. Essa polarização da nuvem cria um campo elétrico descomunal: se as redes de alta tensão têm cerca de 10 mil W (watts) de potência, no céu nublado a coisa chega a 1 000 GW (gigawatts)! Tamanha tensão começa a ionizar o ar em volta da nuvem – ou seja, ele passa de gás para plasma, o chamado quarto estado da matéria.

Começa então a se formar um caminho de plasma em direção ao solo. Por ter elétrons livres, o plasma é um bom condutor de eletricidade. Com isso, acaba fazendo a ponte até a superfície para que a tensão da nuvem possa ser descarregada. Enquanto o tronco principal desce rumo ao solo, surgem novos ramos tentando abrir passagem. Quando um tronco principal está próximo do solo, começa a surgir uma massa de plasma na superfície. Essa massa vai subir até se conectar com o veio que desce e, então, fechar o circuito. É por isso que, se alguém estiver perto de onde o fenômeno está rolando, vai perceber os pelos do corpo se eriçando. Quando o caminho se fecha, rola uma troca de cargas entre a superfície e a nuvem e - zap! - temos o relâmpago! A espetacular faísca é fruto do aquecimento do ar, enquanto o ribombar do trovão vem da rápida expansão da camada de ar. Desde o surgimento do tronco de plasma até rolar o corisco, se passa apenas cerca de 0,1 segundo.

DÚVIDAS ELETRIZANTES
Descubra as principais curiosidades em relação aos relâmpagos



É VERDADE QUE UM RAIO NÃO CAI DUAS VEZES NO MESMO LUGAR?

Não, isso é mito. Quando o tronco principal de um raio alcança o solo, todas as suas ramificações tentam usar esse caminho aberto e, às vezes, caem no local exato do primeiro relâmpago. Já foram observadas até 32 descargas no mesmo lugar!



PESSOAS COM METAIS NO CORPO TÊM MAIS RISCO DE SER ATINGIDAS POR UM RAIO?
Outra lorota. Os metais que porventura trazemos no corpo – como próteses, pinos e aparelho dentário – são muito pequenos para que o raio os considere como um atalho para o solo. Agora, árvores, sim, são bons atalhos. Ou seja, não fique perto de uma durante um toró!



É PERIGOSO NADAR DURANTE UMA TEMPESTADE?
Sim, pois a água conduz bem a eletricidade. Se você estiver no mar e um raio cair a menos de 50 metros, você tem grande risco de receber toda a força da descarga. Em piscinas é ainda pior, pois o chocão também pode chegar pelas tubulações metálicas



O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM É ATINGIDO POR UM RELÂMPAGO?
Se o raio cair exatamente em cima do sujeito, é quase certo que ele seja reduzido a um toquinho carbonizado, já que o corisco gera aquecimento de quase 30 mil graus Celsius! Caso ele caia a até 50 metros do cara, é grande o risco de rolar parada cardíaca e queimaduras


É PERIGOSO FALAR AO TELEFONE DURANTE UM TEMPORAL?
Se for um telefone com fio, é. Assim como um raio pode atingir um poste e se propagar pela fiação elétrica da casa, queimando eletrodomésticos, ele pode viajar pela linha telefônica até fritar a orelha da pessoa.Telefones sem fio e celulares não têm esse risco.




FONTE
MUNDO ESTRANHO

Como é feita a reciclagem de óleo?

Por meio de um processo industrial que transforma o óleo em biodiesel (combustível renovável) e glicerol (utilizado para fazer sabão). Para isso, existem vários procedimentos, mas o mais comum é o de transesterificação, que é o mais usado no Brasil. Nesse processo, o óleo reage com um álcool (metanol) e com um catalisador (soda cáustica). Atualmente, não existe uma lei federal que obrigue os fabricantes a recolher e reciclar o óleo, mas muitos estados e municípios incentivam lanchonetes e restaurantes a encaminhar o material a locais adequados. Também existem entidades que se responsabilizam pelo recolhimento do resíduo em bairros e estabelecimentos. Em todo o Brasil, empresas de reciclagem de óleo fazem parcerias com restaurantes, ONGs e supermercados para receber muitos litros da substância.


DA FRIGIDEIRA PARA O POSTO:

Óleo de cozinha é recolhido, transformado em biodiesel, distribuído e adicionado ao óleo diesel comum

1. A primeira tarefa é recolher o óleo de cozinha usado. O material é guardado em recipientes chamados bombonas, com até 50 litros de capacidade, e viaja de caminhão para a fábrica

2. O óleo é colocado em tanques de filtragem para separar resíduos sólidos, como farinha, restos de alimentos etc. Essa filtragem normalmente acontece mais de uma vez, e o que é retido é encaminhado para aterros sanitários

3. Depois, ele é armazenado em tanques de mil a 15 mil litros de capacidade e fica ali durante cinco dias em um processo de decantação. A parte menos densa (o óleo) fica na superfície e a mais densa (a água), na parte de baixo. A água é descartada

4. Já purificado, o óleo é colocado em um reator. Lá ele recebe metóxido de sódio, uma mistura de metanol e soda cáustica. Tudo isso é agitado por duas a três horas, formando o biocombustível

5. O que estava no reator segue para outro tanque de decantação. Nele, a parte mais densa é composta de glicerol, água e impurezas. O glicerol é retirado e pode ser aproveitado para fazer sabão

6. O biodiesel vai para um ou mais tanques onde é submetido a um processo de lavagem, que consiste em adicionar água destilada e agitar tudo constantemente. Em seguida, a mistura é enviada para a decantação, onde a água com impurezas é extraída

7. Depois da lavagem, o biodiesel é transferido para um contêiner. O ideal é que ele permaneça no recipiente durante 48 horas, tempo necessário para que o restante de água, ainda presente na mistura, possa evaporar

8. Depois da secagem, o biodiesel é enviado às empresas de distribuição. A partir de 2013, o óleo diesel deverá conter 5% de biodiesel, aumentando a produção nacional para mais de 2 bilhões de litros por ano

- O Brasil produziu mais de 6 bilhões de quilos de óleo de soja na safra 2009/2010, sendo mais de 80% para consumo interno



- Um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água potável
- Cerca de 80% do óleo é convertido em biodiesel. Ou seja, 1 litro de óleo resulta em, aproximadamente, 800 mililitros de combustível...

FONTE: MUNDO ESTRANHO, NOVEMBRO de 2010.