segunda-feira, 30 de julho de 2012

Como é feito o controle do tráfego aéreo?

por Renato Domith Godinho
É mais complicado do que normalmente se pensa. A famosa torre de controle que existe nos aeroportos, na verdade, realiza só uma pequena parte desse processo e geralmente deixa de se preocupar com o avião assim que ele decola da pista. Dependendo do trajeto, entre o momento em que pede autorização para partir e o pouso final, o piloto pode entrar em contato com mais de dez pessoas diferentes pelo rádio, pois a responsabilidade pelo vôo vai passando de uma estação de controle para outra. O céu parece infinito, mas com tantos aviões no ar é preciso coordenar tudo muito bem para impedir que um atravesse o caminho do outro. A parte mais crítica do processo são as zonas que concentram muitos aeroportos, chamadas de áreas terminais pelos controladores. A mais movimentada delas, a de São Paulo - que compreende os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Campo de Marte, Viracopos e vários outros de menor porte - chegou a registrar mais de 100 aviões no ar em um único momento, no horário de pico.
Desse jeito, os controladores devem ser pessoas quase neuróticas, que temem o menor erro em cada minuto, certo? Errado. "Essa idéia de risco constante não tem nada a ver com a realidade. Todas as condições são controladas, nossa operação é padronizada, rotineira, e os controladores não estão sob maior tensão do que muitas outras profissões", afirma o tenente-coronel Hélio da Silva Filho, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), órgão da Aeronáutica responsável pelo controle do tráfego aéreo nesse estado e no Mato Grosso do Sul. O trajeto de cada avião segue por um certo número de estradas aéreas pré-definidas. Nas áreas terminais, onde as rotas se cruzam, também há planos preconcebidos para pouso e decolagem. Em geral, os controladores cuidam só de escolher a melhor rota, verificando se o piloto não sai dela e se não há dois aviões próximos seguindo o mesmo caminho na mesma altitude.
Esse trabalho foi muito facilitado pelos computadores, pelo aperfeiçoamento dos radares e pela criação dos transponders, aparelhos localizados nos aviões que respondem ao radar e informam, na tela do controlador, qual o número do vôo, assim como sua velocidade e altitude.
1-Antes de decolar, o piloto preenche um plano de vôo, informando o destino, a trajetória e a altura em que pretende viajar. O plano é comunicado pela torre de controle do aeroporto ao Centro de Controle de Área. O centro aprova ou sugere uma mudança no plano à torre
2-A torre informa ao piloto que seu plano está aprovado e lhe dá autorização para ir até a cabeceira da pista do aeroporto, quando ela estiver livre. É a torre que escolhe qual pista será usada, dependendo das condições do vento. Finalmente, ela autoriza o piloto a decolar
3a-Após o avião decolar, a torre não se preocupa mais com ele. Daqui pra frente, o piloto se comunica com o Controle de Área Terminal, que coordena todos os vôos dentro de uma região com muitos aeroportos.
3b-No Controle de Área Terminal, oito duplas de controladores dividem a região, cada uma cuidando de um setor. Em cada dupla, um mantém a comunicação com o piloto e o outro acompanha o processo, descobrindo erros e comunicando-se com as torres e outros centros de controle
3c-Uma tela é a principal ferramenta dos controladores. Nela cada pontinho representa um avião, com o número do vôo, a altitude e a velocidade. Cada controlador é responsável por cerca de cinco a oito aeronaves. A área terminal de São Paulo vigia vários quilômetros em torno de Campinas e da capital do estado, uma região que forma um oito na tela
4-Ao sair da área terminal e alcançar a altitude máxima, o avião já está em rota. Agora, ele é acompanhado pelo Centro de Controle de Área até se aproximar do seu destino final. Os controladores desse centro mantêm o piloto informado sobre sua rota e sobre as condições do tempo. O Brasil está dividido em cinco grandes áreas de controle, cujos centros ficam em Brasília, Curitiba, Recife, Belém e Manaus
5-Quando o vôo se aproxima de seu destino, o piloto faz o caminho inverso: ele deixa de se orientar pelo Centro de Controle de Área e passa a seguir as instruções do Controle de Área Terminal da região de chegada, que vai instruí-lo sobre a aproximação da pista. Quando estiver pronto para pousar, o piloto entra em contato com a torre do aeroporto. Se a pista estiver livre, ele recebe autorização. Se não estiver, ele terá que reduzir a velocidade ou dar uma nova volta pelo aeroporto até poder terminar a viagem



FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS

Como funciona o rastreamento de caminhões via satélite?

por Rita Loiola
1. No painel do caminhão, um aparelho capta os sinais dos satélites de GPS e também comanda sensores embutidos, como os que checam se as portas estão fechadas. Há também sensores no motor, para checar a velocidade. Com as informações dos satélites, o aparelho sabe por onde o caminhão está passando e, com os dados dos sensores, ele percebe se está tudo correndo bem com o veículo
2. Todos esses dados são repassados via satélite, rádio ou celular (o meio mais barato) para uma base de servidores. As informações contando onde o caminhão está e qual seu estado (se está com combustível, se nenhuma porta abriu) ficam armazenadas em uma caixa postal em uma estação de computador. Ela também recebe o sinal de alarme, se alguma coisa errada, como um roubo, estiver acontecendo
3. As empresas de segurança têm acesso online à caixa postal. Com os dados do GPS, elas controlam o trajeto e, se o caminhão sair da rota ou o motorista enviar algum sinal de pânico, os monitores podem conversar com o motorista e acionar dispositivos que cortam o combustível, travam as portas ou ligam uma sirene. Se for grave, também entram em contato com a polícia ou chamam seguranças
Fontes - CONTROLSAT e ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGA E LOGÍSTICA
Passos vigiados
Como o monitoramento dos veículos evoluiu
No Brasil, o monitoramento da frota começou em 1994. Mas era muito caro, porque toda a transmissão era feita via satélite. Foi só a partir de meados de 2003, quando o celular e a internet banda larga ficaram mais baratos, que o rastreamento tornou-se mais acessível: em 1998, 1,2% da frota de caminhões era rastreada. Hoje, 20%.Em 2004, 12 200 caminhões foram roubados e, no ano seguinte, 11 550. Mas aí os ladrões descobriram onde o sinal de transmissão do rastreador não funcionava e como poderiam bloquear a comunicação dos dados. Agora os números voltaram a subir: em 2008, quase 12 mil caminhões foram roubados no país.



FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS