terça-feira, 17 de julho de 2012

Como surgiram os estados brasileiros?

por Danilo Cezar Cabral
Trinta e quatro anos após o Descobrimento, o litoral brasileiro estava sendo saqueado a torto e a direito por piratas em busca de pedras preciosas e madeiras raras. Para manter o controle do território, a coroa portuguesa decidiu criar as capitanias hereditárias, 15 faixas de terra que se estendiam da costa até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Para tomar conta desses primeiros "estados" do país, foram nomeados capitães-donatários.
A CASA DAS SETE PROVINCIAS
Em 1709, os portugueses resolveram reorganizar a colônia em função dos benefícios específicos que cada região poderia trazer para a coroa. Nasceram, então, as sete províncias, imensas extensões de terra com fronteiras mais bem definidas. Além dos aspectos econômicos, a criação das províncias visava obter um controle ainda maior sobre o território, constantemente ameaçado pela ação de piratas e do "olho grande" espanhol.
RASCUNHO IMPERIAL
Após a Independência, em 1822, o Brasil foi repartido em diversas novas províncias, "rascunhos" do que viriam a ser os futuros estados. O mapa atual do Nordeste, por exemplo, já está quase todo lá. No Sul, contávamos ainda com a província da Cisplatina, que pertenceu ao Brasil até 1829, quando um movimento separatista obrigou o país a reconhecer a independência da região, que deu origem ao Uruguai
ESTADOS DE SÍTIO
Rolaram grandes mudanças no mapa após a Proclamação da República, em 1889, como a própria adoção da palavra estado para nomear as porções do território. Em 1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra e, como estratégia de defesa e administração das fronteiras, o governo desmembrou algumas áreas, criando novos territórios, como Amapá e Guaporé, no norte, e Iguaçu, no sul. Mais tarde, alguns desses territórios viraram estados, outros foram reintegrados à sua região de origem.
DEPOIS DA PLÁSTICA
A partir de 1960, ano da inauguração de Brasília, rolaram as últimas mexidas que deixaram o Brasil com a cara que tem hoje, com seus 26 estados mais o Distrito Federal. Além da "promoção" de alguns territórios, como Acre e Rondônia, a estados, Fernando de Noronha voltou a fazer parte de Pernambuco, e nasceram Mato Grosso do Sul (desmembrado do Mato Grosso) e Tocantins (fatiado de Goiás). Porém, se depender das propostas que, nos últimos anos, chegaram ao Congresso, o vira-e-mexe do mapa brasileiro pode estar longe de acabar.
NAÇÃO DE RETALHOS
Nos últimos anos, chegaram várias propostas ao Congresso para a criação de novos estados e territórios no país, sendo que muitas ainda estão em curso.



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Como foi formada a camada do pré-sal?

por Gabriela Portilho
Ela surgiu a partir de um riquíssimo depósito de matéria orgânica que, ao longo de milhões de anos, foi prensado por grossas camadas de rocha e sal, transformando-se em petróleo. O estrato do pré-sal está a cerca de 7 mil metros de profundidade, ocupando uma faixa de 800 quilômetros do litoral brasileiro que se estende de Santa Catarina ao Espírito Santo. Estima-se que lá estejam guardados cerca de 80 bilhões de barris de petróleo e gás, o que deixa o Brasil na privilegiada posição de sexto maior detentor de reservas no mundo, atrás apenas de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes. Confira a seguir como se deu o longo processo de formação dessa preciosa mina de petróleo.
Panela de pressão
Ao longo de milhões de anos, um gigantesco caldo de matéria orgânica foi submetido a pressões incríveis, transformando-se no petróleo do pré-sal
1. No princípio era o Gondwana
Quando: Há 135 milhões de anos
África e América do Sul faziam parte de um único e imenso continente chamado Gondwana (a outra porção continental da Terra chamava-se Laurásia). Em virtude das forças de convecção causadas pelo resfriamento do magma, as placas tectônicas começaram a se afastar provocando uma fratura entre os dois atuais continentes. Além disso, houve intensa atividade vulcânica
2. Grandes lagos
Quando: Há 130 milhões de anos
Com o afastamento das placas tectônicas, as águas das chuvas passaram a se acumular nas falhas geológicas, dando origem a grandes lagos de água salobra e quente (por causa da atividade vulcânica). Fundos e com baixo nível de oxigenação, esses lagos acabaram se transformando em grandes depósitos de matéria orgânica, como folhas e animais mortos, que também se acumulavam em seu interior
3. Mistura fina
Quando: Há 120 milhões de anos
Enquanto os continentes lentamente continuavam a se afastar, a matéria orgânica foi se misturando a partículas finas de argila, areia, calcário e conchas. Esta mistureba toda deu origem a uma grande camada de rocha sedimentar porosa, na qual ficou armanezado o material que, milhões de anos mais tarde, se transformou em petróleo
4. O lago vai virar mar
Quando: Entre 115 a 110 milhões de anos
Com o afastamento maior das placas, as águas oceânicas invadiram o lago, formando um grande mar interior, estreito, comprido e com pouca circulação de água, semelhante ao Mar Vermelho. Em virtude da evaporação da água, formou-se uma espessa camada de sal, com mais de 2 mil metros de espessura, que cobriu o denso depósito de matéria orgânica
5. Petróleo à vista!
Quando: 20 a 30 milhões de anos
Ao longo desses milhões de anos, o mar expandiu-se de vez e os sedimentos de rocha depositados sobre a camada de sal acabaram formando o leito do oceano Atlântico. Soterrada abaixo desses gigantescos blocos de rocha e de sal, a matéria orgânica sofreu enorme pressão, transformando-se, por fim, no petróleo da camada pré-sal. A quase 7 mil metros de profundidade, o óleo dessas áreas é bem mais puro: sofreu pouca ação das bactérias, que dificilmente sobrevivem à temperatura local de mais de 100 ºC.
A camada de sal é impermeável, mas tem falhas geológicas. Através dessas fissuras, cujas porosidades são preenchidas por água, parte do petróleo do pré-sal acaba subindo e fixando-se em bolsões da camada de rocha. Em locais como esses é que se encontram algumas das jazidas de petróleo oceânicas já exploradas, como as da bacia de Campos (RJ).



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Como nasce um rio?

Na maioria das vezes, a "gestação" de um rio começa com as chuvas em regiões montanhosas. As águas podem correr pela superfície ou infiltrar-se no solo. Outra possibilidade é ele nascer após o degelo da neve do cume de montanhas. As águas penetram perpendicularmente no solo, através de espaços vazios entre as rochas, até encontrar um extrato de rocha impermeável. Aí se forma o lençol freático, espécie de rio subterrâneo que pode estar a dezenas de metros de profundidade. O lençol freático flui subterraneamente, acompanhando o desenho do relevo, do local mais alto para o mais baixo. Com o tempo, porém, alguns pontos da superfície ficam tão desgastados pela erosão que acabam permitindo o brotamento das águas subterrâneas. É quando surge a nascente do rio. Acidentes geológicos, como terremotos, também podem fazer o lençol aflorar na superfície, dando origem a um manancial, o chamado olho d’água. No percurso rumo ao mar, o curso d’água encontra todo tipo de terreno. Quando passa por áreas mais íngremes, torna-se uma baita corredeira e segue cavando suas margens ao desgastar o solo ao redor. Nesses trechos, ele é chamado de rio juvenil. Em solos menos inclinados, o "bicho amansa" e flui ao longo de meandros, que o rio vai formando enquanto erode uma margem e deposita sedimentos na outra. Quando erosão e sedimentação se equilibram, o rio é chamado de maduro. Se não quiser ficar pelo caminho - como no caso dos riachos temporários, que têm o leito completamente seco em algumas épocas do ano -, um rio de respeito também precisa se hidratar. Isso ocorre nos vários momentos em que ele recebe as águas de rios menores, que se tornam seus afluentes. Também rolam as horas de calmaria total, em que o rio quase não desgasta suas bordas, fluindo preguiçosamente enquanto deposita sedimentos por onde passa. Nessas áreas, ele acaba formando vales largos e extensas planícies, sendo chamado de senil. Apesar do nome - juvenil, maduro e senil -, as fases do rio não têm a ver com idade, mas com o modo de fluir. Por exemplo, se ele vem na boa, num planalto, e encontra um degrau, passa de senil a juvenil de uma vez, despencando numa cachoeira. Seja como for, vencidos os obstáculos, o rio finalmente desemboca no mar, doce mar.



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O que é um paraíso fiscal?

por Bruno Lazaretti
É uma região que libera os bancos para fazer transações financeiras sem identificar envolvidos e com taxas reduzidas ou até nulas de impostos. Isso atrai investidores que não querem ter contas vinculadas a seu nome, assim como empresas querendo pagar menos impostos. Infelizmente, a confidencialidade das contas, o forte sigilo bancário e o controle fiscal mínimo também atraem dinheiro “sujo”, vindo de lavagem de dinheiro, corrupção e crime organizado. A ilegalidade, porém, está na origem da grana, e não no ato de guardá-la num paraíso fiscal. Mesmo assim, após a crise financeira mundial, em 2008, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apertou o cerco aos paraísos fiscais, exigindo uma política de impostos transparente e o acesso de autoridades estrangeiras a dados de clientes. Na prática, contudo, pouco mudou.
Delaware tem o menor imposto corporativo dos EUA, exige pouca informação para abrir contas empresariais e não cobra nada de estrangeiros
WELCOME TO PARADISE
Conheça os maiores paraísos fiscais do mundo.
1º Delaware (estado americano)
2º Luxemburgo
3º Suíça
4º Ilhas Cayman
5º Reino Unido
6º Irlanda
7º Bermuda
8º Cingapura
9º Bélgica
10º Hong Kong




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