A arte dos Tapetes de Rua na festa de Corpus Christi
A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popular que tem como origem a comemoração do Corpus Christi.
Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, com dizeres e figuras relativas ao assunto. Por este tapete passa a procissão, seguida pelas pessoas que participam com fervor. [1]
Tapete para receber a procissão de Corpus Christi na cidade de Ouro
Fino - MG - Foto de Dorival Junior [8]
Tapete em rua de Atibaia [3]
A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média e consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes.
O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.
É uma das mais tradicionais festas do Brasil e é comemorado no país desde a chegada dos portugueses.
A tradição de fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares onde chegaram seus imigrantes, como por exemplo Florianópolis. [2]
O barroco enriqueceu esta festa com todas as suas características de pompa. Em todo o Brasil esta festa adquiriu contornos do barroco português. Corpus Christi é celebrado desde a época colonial com uma profusão de cores, música expressões de grandeza. [3]
No Brasil, a tradição de se fazer os tapetes de ruas acontece em inúmeras cidades, geralmente com voluntários que começam os preparativos dias antes da solenidade e varam a noite trabalhando. Veja a seguir algumas cidades onde é possível encontrar esse tipo de arte popular.
Matão-SP
Av. 7 de Setembro
Artista confeccionando quadro na rua para a festa de Corpus Christi - Matão-SP
A Festa de Corpus Christi é um dos eventos mais importantes da cidade e proporcionam um espetáculo maravilhoso de arte e religiosidade. São utilizadas dezenas de toneladas de materiais para a ornamentação das ruas, como areia, vidro moído tingido, serragem, entre outros, e seus tapetes coloridos atraem milhares de pessoas.
A 59ª edição (2007) da Festa oferece diversas atrações no dia 7 de junho. Além das ornamentações, que começam ainda pela madrugada, nas proximidades da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, no Centro, uma ampla estrutura é montada para receber os visitantes, com praça de alimentação explorada por entidades assistenciais, passeio turístico, feira de artesanato, área de recreação, exposições e espaço para artistas e músicos.
Caçapava-SP
Centenas de pessoas, dezenas de toneladas de areia e serragem, quilos de corante e tubos de tinta spray são usados para confeccionar o belíssimo tapete com cerca de 3 km de extensão usado na procissão com o Santíssimo Sacramento.
Florianópolis-SC
Confeccionar os tapetes com areia e serragem é uma tradição em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina. A procissão deCorpus Christi ocorre em torno da área central da cidade, entre as praças 15 de Novembro e Pereira Oliveira. Grupos de moradores, congregações religiosas, entidades beneficentes e movimentos ligados à Igreja Católica dividem a tarefa de enfeitar as ruas, cada grupo responsável por uma pequena parte do trajeto de 1,5 Km.
A maior parte do tapete é confeccionada com areia, serragem colorida e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas e folhas. Mas a criatividade é a marca de muitos grupos que trabalham para enfeitar o caminho por onde passou mais tarde a procissão com o Santíssimo Sacramento, levado pelo arcebispo. A Irmandade do Divino Espírito Santo costuma fazer sua parte do tapete apenas com plantas. Ramos de cedrinho, obtidos durante a poda das árvores na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), flores vermelhas e rosas brancas são os principais componentes usados. [2]
Santana de Parnaíba-SP
É uma das maiores do estado de São Paulo, que reúne milhares de fiéis de diversos municípios próximos, atraídos pelo famoso tapete artesanal. Com extensão de cerca de 850 metros, ele cobre as principais ruas do Centro Histórico.
Ouro Preto -MG
Em Ouro Preto, as paróquias de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Pilar, Santa Efigênia e Cristo Rei se unem na celebração com ruas forradas com formoso tapete de flores e serragem. A cidade atrai muitos turistas pela oportunidade de se conhecer melhor o período colonial brasileiro graças à arquitetura preservada da cidade, que é patrimônio histórico da humanidade.
Castelo-ES
Em Castelo, no sul do Estado do Espírito Santo, as comemorações da festa de Corpus Christi atraem mais de 60 mil pessoas, e cerca de 500 voluntários ficam envolvidos na confecção de uma tapete de 1,2 mil metros de comprimento composto por quadros e passadeiras, cada um deles com uma mensagem ao visitante, como o amor, a doação, o sangue, o cordeiro, Jesus Cristo e a solidariedade.
Cabo Frio-RJ
Os moradores montam nas ruas da cidade um imenso tapete de sal para a passagem da procissão de Corpus Christi, que sempre atrai muitos turistas por causa de sua beleza.
Atibaia-SP
Trata-se de uma festa já tradicional na região. O povo da cidade inicia na madrugada desse feriado religioso, o difícil trabalho de forrar e formar nas ruas do centro da cidade um enorme tapete com desenhos compostos por serragem (pintada em diversas cores) e pó.
São José do Rio Preto-SP
Seguindo a tradição brasileira herdada de Portugal, muitas cidades da região e diversas paróquias de Rio Preto, enfeitaram o trajeto das procissões transformando as ruas num grande tapete multicolorido com símbolos eucarísticos e mensagens religiosas com enfoque em temas atuais.
Potirendaba - SP
A cidade se destaca na decoração das ruas, produzindo verdadeiras obras de arte com os mais variados tipos de materiais, trabalhados por artistas plásticos da comunidade.
Bálsamo-SP
É uma das mais populares na região. A decoração envolve crianças, jovens e adultos. Os 850 metros de ruas são enfeitados com serragem tingida, pó de café, tampinhas de refrigerantes encapadas com papel laminado, casca de ovo moída, tecidos, rendas e flores.
Mirassol-SP
Diferente das demais cidades, Mirassol enfeita as ruas em volta da matriz de São Pedro Apóstolo com bordados. É um trabalho realizado por senhoras católicas que perdura durante o ano inteiro. As peças usadas durante a procissão, entre tapetes, toalhas de mesa e banho, jogos de cozinha e colchas são vendidas, com renda revertida para as obras sociais da comunidade.
Búzios-RJ
Búzios é uma cidade que oferece lazer para todos os gostos. Na praia de Manguinhos também é montado um tapete de sal que é imperdível.
Rodeio-SC
A festa é realizada no município há cerca de 100 anos, desde a chegada dos primeiros imigrantes italianos católicos que colonizaram a região. É uma das mais tradicionais do Médio Vale por causa do tapete de serragem, flores, pó de café, isopor e outros materiais, caprichosamente feito pelos fiéis para a ocasião. A arte de fazer o tapete passa de pai para filho, em Rodeio. Na maior parte são jovens que deixam a cama no meio da madrugada para os preparativos.
Solidariedade
Procissão em Florianópolis
A festa religiosa é uma oportunidade para a prática da solidariedade. Neste dia, os fiéis têm costume de fazer doações, depois revertidas para as famílias necessitadas ou obras sociais mantidas pela Igreja.
Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja. [2]
História da Solenidade de Corpus Christi
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.
O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais - onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício - a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A celebração da festa de "CORPUS CHRISTI" no Vaticano
Em Roma começou-se, desde o século XV, com o Papa Nicolau XV (1447-1455) a celebrar a festa de "Corpus Christi", com a procissão de São João de Latrão até Santa Maria Maior. A atual Via Merulana, no entanto, só pôde ser percorrida a partir de 1575, quando foram terminadas as obras para construir o retilíneo, sob o pontificado de Gregório XIII.
Durante três séculos, manteve-se o costume de fazer a procissão eucarística guiada pelos Papas. Depois, a partir de 1870, ano da "tomada de Roma", o costume caiu em desuso, sendo retomado pelo Papa João Paulo II, em 1979.
História da festa de "CORPUS CHRISTI" no Brasil
A festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses. No Brasil, numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931).
As procissões portuguesas eram esplendorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. A imagem de São Jorge, padroeiro de Portugal, seguia a procissão montada em um cavalo, rodeada de oficiais de gala. [5]
A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A "infiorata" na Itália
Há dois séculos, todos os anos, por ocasião da Festa de Corpus Christi, na cidadezinha de Genzano de Genzano de Roma realiza-se a procissão da "infiorata", um imenso tapete de flores composto por 13 quadros que se estende por cerca de 2 mil metros quadrados pela central via Italo Belardi que sobe até a igreja de Santa Maria della Cima, de onde parte o Sacramento em honra do qual se faz este singular enfeite sobre as ruas.
Com legítimo orgulho os cidadãos explicam como são realizados estes quadros: com a seleção dos esboços cujo esquema será desenhado sobre o calçamento e confiado aos “infioratori” que trabalham com as flores. Há a paciente coleta de 350 mil flores (além das essências vegetais) que são conservadas nas grutas da pequena cidade com um minucioso trabalho de separação de pétalas das corolas. [7]
Referências
[1] Site: Atibaiamania
http://www.atibaiamania.com.br/festas/corpus2002.htm
[2] site: ANotícia
http://an.uol.com.br/ancapital/2002/mai/31/
[3] Paróquia Nossa Senhora de Loreto
http://www.loreto.org.br/mai_corpus.as
[4] Site: Entre Redes
http://www.entreredes.org.br/index.php?op=conteudo&wcodigo=12500
[5] Site ouropreto.com.br
http://www.ouropreto.com.br/NOTICIAS.ASP?cod=950
[6] Rádio Vaticano
http://www.vaticanradio.org/portuguese/brasarchi/2001/RV24/01_24_35.htm
[7] Revista 30Dias
http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=1358
[8] Fonte: site TerraBrasileira
http://www.terrabrasileira.net
[9] ACI Digital
http://www.acidigital.com/fiestas/eucaristia/historia.htm
Fonte: www.portaldafamilia.org.br
Corpus Christi
A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente comemoramos a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite expansões de alegria.
Por isso, é na Festa de Corpus Christi que agradecemos e louvamos a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento que fortifica nossa alma, nos santifica e nos concede a vida eterna junto à Santíssima Trindade. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa.
A Festa surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, que recebia visões nas quais o próprio Jesus pedia uma festa anual em honra do sacramento da Eucaristia. Em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica.
Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV decretou, pela Bula Transiturus, a instituição da Festa de Corpus Christi, mas a celebração só ganhou caráter universal no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração tem início com a missa, seguida pela procissão, que se encerra com a bênção do Santíssimo.
Em Brasília, desde 1961 celebra-se a Festa de Corpus Christi. No começo, uma pequena procissão saía da igreja Santo Antônio e ia até a igreja Nossa Senhora de Fátima, na Asa Sul, reunindo a cada ano mais pessoas. Atualmente, a Festa é celebrada na Esplanada dos Ministérios, concentrando os fiéis de todas as paróquias da Arquidiocese de Brasília.
Fonte: www.catedral.org.br
FONTE: