segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PIB de Santa Catarina chega a R$ 123 bilhões e é o sexto maior do país.

Santa Catarina superou a Bahia e agora possui o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados brasileiros. De acordo com o estudo “Contas Regionais do Brasil”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 17, a economia catarinense movimentou R$ 123,25 bilhões em 2008, o que corresponde a 4,1% do PIB nacional – que alcançou pouco mais de R$ 3 trilhões. É a primeira vez desde 2003 que há variação de posição entre os oito estados brasileiros mais ricos. Desde então, os primeiros lugares eram ocupados, respectivamente, por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal.
O crescimento bruto do PIB catarinense, que em 2007 registrou R$ 104,62 bilhões, foi de 17,8%. No entanto, o levantamento do IBGE considera a variação real, que leva em conta os efeitos da inflação sobre os resultados. Por conta disso, o PIB do Estado apresentou expansão real de apenas 3%, o quarto pior desempenho entre os estados – e abaixo da média brasileira, que foi de 5,2%. A metodologia explica por que, mesmo com o baixo aumento, Santa Catarina ultrapassou a Bahia. Desde 1995, o PIB catarinense teve aumento real de 49,2%.

O Estado também ganhou uma posição no ranking do PIB per capita. Com R$ 20.368,64 – o maior da região Sul – contra R$ 17.834,00 do ano anterior, Santa Catarina subiu um degrau e agora ocupa o quarto lugar, colocação que antes era do Espírito Santo. O líder foi o Distrito Federal, com PIB per capita de R$ 45.977,59 – 88% maior do que o de São Paulo, segundo na lista, com R$ 24.456,86. A média brasileira foi de R$ 15.989,75.

SETOR DE SERVIÇOS LIDERA PARTICIPAÇÃO NO PIB ESTADUAL:
O setor de serviços segue sendo a atividade econômica responsável por mais da metade do PIB catarinense. Em 2008, representou 57,5% do total, crescendo 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior e freando o avanço da indústria, que caiu de 35,7% para 34,4%. A participação da agropecuária passou de 7,2% para 8%. Neste segmento, o destaque ficou por conta da expansão da criação de bovinos (17,2%), suínos (21%) e da pecuária e pesca (14,9%). O cultivo de soja despencou 23,4%.

CATORZE CRESCEM ACIMA DA MÉDIA:

O PIB de catorze estados cresceu além da média nacional, que chegou a 5,2% (veja na tabela ao lado). Os outros doze – inclusive Santa Catarina – e o Distrito Federal ficaram abaixo do índice. A maior variação real foi registrada pelo Piauí: 8,8%. O resultado, no entanto, não foi suficiente para tirar do estado a incômoda 23ª posição no ranking. Do outro lado da tabela, Sergipe teve o desempenho mais fraco, crescendo apenas 2,6%. O Rio Grande do Sul, que detém o quarto maior PIB entre os estados, não ficou muito longe: somente 2,7% de expansão.
SETE ESTADOS E O DF CONCENTRAM QUASE 80% DA ECONOMIA:

Em 2008, sete estados e o Distrito Federal concentravam 78,2% de toda a economia brasileira. O índice, apesar de ainda revelar a enorme desigualdade de renda do país, já foi maior. Em 2002, início da série, o G-8 participava com 79,8% do PIB nacional. Os demais estados ganharam participação ao longo do período, passando de 20,3% para 21,8%.

São Paulo, mesmo depois de registrar a maior perda na participação geral – 1,5% –, segue absoluto. Com PIB superior a R$ 1 trilhão, marca alcançada pela primeira vez, concentra 33,1% das riquezas do Brasil.

SUDESTE VEM PERDENDO ESPAÇO:

O Sudeste acumula 56% do PIB brasileiro. Apesar do amplo domínio, os números mostram uma tendência, ainda que bastante tímida, de queda de participação da região na economia, que em 2002 era de 56,7%. Neste período, o Sul também perdeu espaço: 0,3 ponto percentual (16,6%). Por outro lado, o Norte (5,1%) e o Centro-Oeste (9,2%) avançaram 0,4%. O Nordeste teve um crescimento mais modesto, de 0,1% (13,1%).

FONTE
TPA
FOTOS ILUSTRATIVAS

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