domingo, 16 de junho de 2013

O Imperialismo...

Introdução:

Diante do crescimento de suas economias, Inglaterra, França, EUA, Alemanha e posteriormente o Japão irão adotar o protecionismo em seus países e uma política agressiva no plano mundial como forma de conquistar novos mercados.
Iniciava-se a corrida imperialista. Ocorrida a partir da segunda metade do século XIX, os países imperialistas dominaram a América Latina, a Ásia e a África.
O imperialismo, que é uma conseqüência das transformações capitalistas ocorridas com a concentração monopolista e financeira, foi a solução para crise do capitalismo de 1873-93.
Apesar de trazer nova vitalidade ai sistema, significou a opressão e miséria das áreas coloniais dominadas e a competição acirrada entre as potências.
Inúmeros foram os conflitos, apesar dos tratados assinados para a ocupação das áreas novas. Dentre eles destaca-se o da Conferência de Berlim (1855). Nele, seus signatários definiram as normas para a navegação, ocupação e utilização de mão-de-obra na Costa Ocidental da África.
A partilha desigual e a necessidade crescente de mercados, entretanto, aumentam a tensão entre as potências, cujo ápice será a eclosão da Primeira Guerra.

Motivações:

A principal motivação do imperialismo foi a necessidade de investir os capitais e a produção excedentes. A anarquia da produção e os altos lucros dos monopólios eram incompatíveis com os baixos salários, o que trouxe a estagnação e a crise econômica.
Outro fator era o interesse pelas matérias-primas estratégicas, próprias da indústria naquele momento, concentradas fora da Europa, como era o caso dos minerais, petróleo e borracha.
O interesse em encurtar as distâncias e fortalecer as posições incentivou a conquista de pontos estratégicos, como foram os casos dos canais do Panamá (EUA) e Suez (França/Inglaterra).

Mecanismo de dominação:

A constante da dominação foi a violência e a coerção. Como exemplo pode-se citar o Big Stick (Grande Porrete) e a Política da Canhoneira.
O Big Stick foi a política intervencionista dos EUA, iniciada por Theodore Roosevelt (1901-1909). Destacaram-se neste momento as invasões a Cuba e Nicarágua.

A Política da Canhoneira foi a pressão bélica dos EUA e Inglaterra sobre o Japão. Exemplo: Congo (Bélgica).
Não foi apenas com a força bruta que os imperialistas exerceram a sua dominação. Lançaram mão também de mecanismos de dominação e convencimento sofisticados, que acabaram se tornando doutrinas até hoje vigentes e defendidas.

Dentre elas destacamos:

• Darwinismo social
Elaborada pelo filósofo inglês H. Spencer, afirmava que a teoria da evolução de Darwin podia ser aplicada à sociedade. A luta pela sobrevivência entre animais correspondia à concorrência capitalista. A seleção natural garantiria a existência da capitalismo e da cultura mais apta e superior.

• Destino manifesto
Política expansionista baseada no princípio calvinista. Forte nos EUA, afirma o papel deste país como o responsável pela ordem e a democracia na América Latina. O imperialismo é apontado como uma missão.

Conseqüências do imperialismo
Do imperialismo resultou a transformação do equilíbrio mundial. O crescimento metropolitano não correspondia à extensão colonial. No inicio do século XX, por exemplo, a Alemanha era a segunda potência mundial, entretanto, seu império colonial era insignificante. Tal situação gerou insatisfações.
As relações entre as potências tornaram-se mais tensas, acirrando nacionalismo e a corrida armamentista e gerando conflitos que levaram à primeira guerra mundial.

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