Balanço do 1º semestre do ano revela que marcas japonesas e coreanas tomaram mercado das quatro grandes e das francesas e chinesas.
Os números de emplacamentos do 1º semestre revelam algumas transformações no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves. No entanto, são mudanças sutis, ao contrário do que se imaginava após a ofensiva de marcas como Hyundai e Toyota.
Essas duas montadoras, aliás, são as grandes ‘vencedoras’ deste primeiro round do ano. Graças ao lançamento dos compactos HB20 e Etios, Hyundai e Toyota ampliaram sua participação no Brasil em 3,2% e 2%, respectivamente (veja quadro abaixo). É um aumento sem precedentes se lembrarmos que elas praticamente dobraram seu público em um ano.
Apesar do acirramento da concorrência, Fiat e Chevrolet conseguiram manter seus espaços este ano. A primeira continua líder do mercado com 22,3% do mercado (aumento de 0,1% em relação a 2012) e a empresa norte-americana, que renovou quase toda a linha, recuperou terreno perdido, mas ainda é a 3ª colocada com 17,9% de participação.
O mesmo não ocorreu com as outras duas montadoras tradicionais do Brasil. A Ford viu sua clientela encolher 0,4%, caindo de 9,5% para 9,1% em 2013. A Volkswagen, no entanto, foi a marca que mais perdeu território em 2013: 1,4% de queda na participação ao fechar o semestre com 19,2%.
Importação limitada
Outras marcas também não tiveram motivos para comemorar os primeiros seis meses do ano. Afetada pelas cotas de importação do México e pelo aumento do IPI para importados, a Nissan perdeu a mesma fatia da Volkswagen – 1,4% - o que a fez cair do 6º para o 10º lugar no ranking de vendas. As três marcas francesas também amargaram uma regressão conjunta de 1,3%. Já as novatas chinesas perderam quase metade da parcela de mercado que possuíam no ano passado – em 2013, elas possuem apenas 1% das vendas, situação que só deve mudar em 2014 com a inauguração das suas linhas de montagem nacionais.
Luxo em alta
Curiosamente, as marcas de luxo no Brasil viram seu público aumentar em 2013, mesmo com as limitações impostas pelo programa Inovar-Auto. Com a definição de cotas de importação, essas marcas puderam planejar melhor a distribuição e conseguiram até reduzir preços.
A maior beneficiada, sem dúvida, foi a BMW. A marca alemã anunciou a construção de uma fábrica no País e, com isso, obteve uma cota de importação bem superior às concorrentes. O resultado é que suas vendas quase dobraram nesse período. Mas mesmo Mercedes-Benz, Land Rover, Audi e Jeep, que ainda namoram a ideia de produzir no Brasil, viram suas lojas cheias no semestre.
Apesar de o ano ter sido movimentado até agora, o fato é que o domínio das quatro marcas tradicionais ainda é imenso. São 68% de participação, 1,7% menos que em 2012, porém, um volume impressionante para um mercado onde atuam outras 45 marcas.
Texto: Ricardo Meier / Fonte: iG Carros
fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário