A partir das 8h desta segunda-feira (29), a Polícia Civil de Santa Catarina entrou em greve por tempo indeterminado.
A categoria decidiu pela paralisação em assembleia realizada no sábado (27). O Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC) divulgou no domingo (28) um comunicado oficial confirmando a greve.
A possibilidade de paralisação foi anunciada na última terça (23) durante reunião em Lages. Com a greve geral, os policiais civis vão paralisar os serviços das delegacias de polícia, inclusive das unidades especializadas, com o Detran, Ciretrans e Citrans, que emitem documentos de trânsito, bem como serviços relativos à fiscalização de jogos e diversões.
A categoria informou que será mantido o atendimento com 30% do efetivo em casos considerados graves, conforme a lei. Segundo o Sinpol-SC, dados oficiais mostram que desde 2007, a corporação perdeu quase mil policiais, o que faz com que o efetivo seja praticamente o mesmo de 30 anos atrás.
O Sindicato afirmou que, dessa forma, a polícia civil catarinense atua, apenas, com metade do efetivo considerado ideal. Somado a esse quadro, estão, de acordo com a categoria, os baixos salários, defasados há mais de 10 anos e considerado um dos piores entre as polícias civis de todo o país.
"Até agora, só nos foram apresentadas propostas salariais totalmente desproporcionais às nossas atividades, que são de caráter técnico-jurídico. Nossa situação salarial é calamitosa e a paciência acabou", disse o presidente do Sinpol-SC, Anderson Amorim.
O governo afirmou que não vai haver negociação enquanto a categoria estiver em greve. O secretário de estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, disse que desde janeiro vem sendo discutida uma nova política de reposição salarial para propor ao longos dos próximos dois anos e meio um aumento médio de 60% para esses servidores. Ele também não descartou que o Estado entre com uma ação para garantir os serviços à população.
Fonte: G1 - acesso em 29.07.2013
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