O bullying pode manifestar-se de diferentes formas:
Intimidação (ameaça, insulto, boato, furto)
Agressão física (directas ou indirectas ou com destruição de pertences)
Isolamento social (impedindo a vítima de brincar com os amigos e colegas)
Em algumas situações, o bullying traduz-se em comportamentos de intolerância e discriminação racial ou étnica face a determinados grupos. Nos últimos anos, com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o ciberbullying evidenciou-se com as mensagens ofensivas e a divulgação de boatos por e-mail, SMS ou em sites de conversação.
O bullying, independentemente da forma ou dos meios utilizados, causa medo e insegurança, podendo interferindo no rendimento escolar e no desenvolvimento psíquico da criança.
Se pensa que o seu filho pode estar envolvido numa situação de bullying:
Converse com ele e identifique a fonte do problema
Ajude-o a encarar as brincadeiras normais na escola, se acha que ele reage mal
Ensine-o a dar respostas alternativas àquilo que o incomoda
Esteja alerta para: mudanças repentinas de humor, tristeza, nervosismo, medos nocturnos, fingimento de doenças ou exagero nos sintomas, faltas à escola sem motivo aparente e ausência de amigos
Se o seu filho é vítima
Confirme os indícios
Dê apoio e segurança de forma incondicional
Reforce a sua auto estima e elogie as suas capacidades
Dê-lhe a oportunidade de fazer novas amizades dentro e fora do centro escolar, inscrevendo-o em actividades que ele goste (desportivas ou culturais)
Mantenha uma comunicação contínua com os professores e com a escola
Se o seu filho é o agressor:
Identifique se ele tem comportamentos agressivos para os familiares, se existem queixas de outros pais ou alteração na relação com os colegas e amigos
Actue com urgência e firmeza, mantendo uma comunicação e supervisão constante
Mostre disponibilidade para o ajudar a assumir a sua responsabilidade
Ajude-o a entender o sofrimento que está a causar nas outras crianças
Mostre confiança e apoio para o futuro e valorize qualquer arrependimento que ele possa manifestar
Fale rapidamente com os professores
Procure identificar o motivo que pode estar a induzir aquela conduta
Se o seu filho é observador
Se o seu filho observa ou conhece situações de bullying, reforce a importância do seu contributo para pôr fim a estas situações de agressão. Se a turma entende o problema e apoia a vítima, a agressão cessa.
Nunca transmita ao seu filho conceitos como “a lei do mais forte”, “tu não tens culpa”, “não é contigo” ou “não te metas”
Refira que não há justificação possível para a conduta do agressor
Reforce que é importante ajudar a vítima com o seu testemunho e informar os professores quando necessário
A relação com a escola
Alguns pais atribuem a culpa deste fenómeno à escola ou aos professores. No entanto a maior parte destes comportamentos estão dissimulados e passam despercebidos. A escola deverá trabalhar em conjunto com os pais na abordagem do conflito, procurando respostas adequadas que ajudem a restabelecer relações satisfatórias.
Mudar de escola?
Por vezes a atuação e tardia e os danos produzidos requerem a intervenção de apoio técnico qualificado.
Algumas vítimas mudam de escola para aí começarem uma nova vida. Não há, porém, garantias que não se repitam incidentes semelhantes na nova escola. Além disso esta mudança pode penalizar a vítima e premiar o agressor.
É recomendado que a vítima restabeleça a sua imagem perante os outros, na escola onde surgiu o problema. A mudança de escola deve ser aconselhada para o agressor, no caso de não existir alteração no seu comportamento. Ao ser retirado do ambiente, que o ampara e no qual encontra apoio e poder social para exercer as intimidações, é obrigado a situar-se numa situação paritária em relação ao novo grupo de colegas.
Também numa perspectiva educativa para a comunidade escolar é importante saber que estas condutas de bullying não são toleradas, existindo medidas firmes para as evitar.
Fonte: O Mundo Colorido
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