(Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação 14 BPM)
Laudo do IGP vai apontar direção do projétil para confirmar se disparo foi acidental, principal tese da Polícia
O único tiro de calibre 22, disparado por um rifle, matou Maykel Adriel Roweder, de 13 anos, na noite de quarta-feira, na Rua Augusto Schwards, no Bairro Amizade, em Jaraguá do Sul. O adolescente estava sozinho em casa e quando a mãe dele chegou, por volta das 20h, encontrou o garoto no próprio quarto com o ferimento no queixo e a arma caída. Maykel chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
A principal tese da Polícia Civil é que o disparo tenha sido acidental mas o delegado responsável pelo caso, Adriano Spolaor, aguarda o laudo da perícia para finalizar o inquérito. A análise do Instituto Geral de Perícia deve apontar onde o projétil entrou, onde saiu e qual a inclinação do disparo. “Com esses dados, saberemos se foi mesmo acidente ou suicídio. A princípio, tudo indica que foi acidental”, completou Spolaor. O prazo para a perícia é de 30 dias.
O padrasto do jovem e dono do rife foi encaminhado ao Presídio Regional na manhã de quinta-feira e será indiciado por posse ilegal de arma e omissão de cautela. Como a pena somada é de cinco anos, a fiança só pode ser arbitrada por um juiz. Segundo o delegado Spolaor, o padrasto, de 38 anos, admitiu ter esquecido a espingarda debaixo da cama. O acusado disse que tinha o rifle para proteção da família e que normalmente guardava a arma em cima do armário. “De qualquer forma, o adolescente sabia onde a arma ficava e já teria feito tiro ao alvo antes do ocorrido.” Naquele dia o adolescente estava com a mãe na casa de uma vizinha, mas voltou para casa meia hora mais cedo. Ninguém ouviu barulho do disparo e a família não acredita em suicídio, já que o adolescente não apresentava mudança de comportamento. O sepultamento foi realizado na quinta-feira (31), às 17h, no Cemitério de Três Rios do Norte.
Texto:
Débora Remor/
FONTE:
O Correio do Povo
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