A nova motocicleta MV Agusta Turismo Veloce 800 foi apresentada no Salão de Milão, desta quarta-feira a domingo, com uma responsabilidade a mais: carrega em seu nome a palavra Veloce (veloz) e ainda tem a versão Lusso (luxo). Tudo isso com a pretensão de ser um modelo do tipo turismo, com caráter mais pacato. Uma combinação antagônica, que a marca espera demolir com o novo modelo Veloce. O cacife é o emprego de muita eletrônica, materiais nobres, componentes dos melhores fornecedores e um visual com assinatura da badalada escola italiana de desenho.
O motor da Turismo Veloce é um novo três cilindros em linha, que também equipa os modelos F3, do segmento esportivo, as enfezadas streets Rivale e Brutale 800. A nova integrante da família 800 completa o ciclo em uma prática cada vez mais comum na indústria de compartilhar ao máximo os componentes, para reduzir custos, com apenas pequenas alterações e ajustes, para adaptações a cada tipo específico de utilização. A nova motocicleta também segue uma tendência mundial de empregar os motores de três cilindros em linha, que proporcionam um pacote mais equilibrado entre tamanho físico e potência.
PASSAPORTE A marca italiana está instalada oficialmente no Brasil, com fábrica em Manaus, Amazonas, em cooperação com a Dafra, além de já contar com uma rede de distribuição. Os modelos equipados com motor de três cilindros – F3, Rivale e Brutale – também já carimbaram o passaporte para serem comercializados aqui. Desta forma, apesar de o início de produção da nova Turismo Veloce 800 não estar definido, na matriz italiana a motocicleta entra automaticamente na fila para também desembarcar aqui. Os benefícios de muitas peças e componentes em comum facilitariam a logística e a manutenção.
A nova motocicleta também já nasce com uma “marra” proposital. Normalmente os modelos destinados ao segmento turismo são equipados com motores mais volumosos. A Turismo Veloce ousa mais uma vez com um formato considerado médio, de “apenas” 800cm³ de cilindrada. A contrapartida aparece na maior agilidade proporcionada pelas dimensões mais compactas, no alto rendimento do motor, compensando em parte o possível “raquitismo”, e na possibilidade de dois modelos distintos. O standard, que chega mais despojado e pelado, sem bolsas de série, e a versão Lusso, com bolsas e largo emprego de eletrônica.
ESTRADA Para encarar as estradas e justificar o nome Turismo, as bolsas laterais, que também obedecem a um desenho harmonizado com a moto, têm capacidade de 60 litros. O tanque de combustível proporciona boa autonomia, condição muito apreciada por viajantes. São 20 litros, para um motor não tão beberrão como os das motocicletas turismo do tipo transatlântico, enormes e pesadas. O peso também segue a receita: 194kg para o modelo standard e mais 13kg para a versão Lusso, equipada com as bolsas impermeáveis e toda a parafernália para viagens, totalizando 207kg.
A eletrônica da nova MV Agusta Turismo Veloce começa pelo controle de estabilidade do quadro em treliça, que integra os vários sistemas para corrigir eventuais barbeiragens dos viajantes mais estressados. As suspensões Sachs são semiativas, interpretando o tipo de piso, para as devidas correções. O câmbio de seis marchas é assistido, possibilitando trocas sem uso da embreagem se o piloto desejar. Também conta com mapas de motor: normal, sport – que despeja todos os 125cv a 11.600rpm e torque de 8,56kgfm – e o modo chuva, que reduz a potência, além da possibilidade de um ajuste personalizado. Freios ABS com pinças Brembo, controle de empinadas, GPS, punhos e banco aquecidos e painel digital fazem parte do pacote.
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