domingo, 18 de agosto de 2013

Homem morre em acidente na BR-470, em Blumenau. Rapaz conduzia moto quando ocorreu colisão com carro.

Julio Cesar Muraski, 35 anos, morreu em acidente por volta do meio-dia deste domingo em Blumenau. O acidente ocorreu no Km 60 da BR-470, em Blumenau, próximo à Altenburg no Bairro Badenfurt.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Muraski conduzia uma moto com placa de Indaial quando ocorreu a colisão com um Pálio, com placas de Blumenau. 

Foto meramente ilustrativa...
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o motociclista morreu no local do acidente. Segundo a PRF, a vítima foi encaminhada ao Instituto Geral de Perícias (IGP) de Blumenau e morava em Porto Belo. O motorista do Palio não se feriu e a passageira, sofreu lesões leves.



Renault Fluence 2014 preço, lançamento.


A Renault continua apresentando seus lançamentos em ritmo acelerado, à bola da vez é o Fluence 2014, modelo esse que agora terá além da versão sedan, a configuração hatch, aumentando ainda mais a gama de opções da montadora francesa.
Muita expectativa girava em torno do lançamento da nova linha do Renault Fluence, isso por que a marca já vinha a algum tempo anunciando que o sedan contaria com novidades. A chegada da versão hatch confirmou as previsões e por isso o modelo vem forte para competir com os seus concorrentes.
A expectativa da Renault é de que seus mais recentes lançamentos possam levar a montadora ao 4° lugar do ranking do mercado brasileiro (posição essa que atualmente é ocupada pela Ford). Com o crescimento da marca de uns meses para cá, os especialistas começam a falar em ressurgimento da empresa.
Importado da Argentina, o novo Fluence chega ao Brasil no primeiro semestre de 2014. Dentre as novidades no visual, o modelo conta agora com novas luzes diurnas em LED, suportes dos faróis de neblina e entrada de ar, todas essas mudanças que compõem um para-choque totalmente redesenhado.
No entanto, mesmo com todas essas modificações, o grande destaque visual fica por conta da nova grade frontal, componente esse que foi totalmente redesenhado e que forma agora um conjunto com os faróis, fazendo assim com que o logotipo losango da Renault se destaque. A traseira por sua vez não será renovada.
Em seu interior, o Fluence 2014 conta com acabamento melhorado e um novo painel de instrumentos (que conta com tela digital no centro, no lugar do velocímetro, lembrando que essa modificação já está presente na versão esportiva (GT) do carro).

Versão hatch do Fluence 2014
A versão hatch do Renault Fluence será baseada no Renault Mégane hatch, tanto que o lançamento contará com linhas e formados que lembram bastante seu companheiro de montadora.
O interior seguirá a mesma linha do sedan, no entanto será possível perceber um acabamento mais decorado, onde o aspecto esportivo será destacado. Em relação aos seus concorrentes, o Fluence hatch 2014 disputará mercado com o Volkswagen Golf, Ford Focus e Chevrolet Cruze Sport6.
Renault Fluence 2014 preço, lançamento – motor
Ambas as versões do novo Fluence (sedan e hatch) contam com motor 2.0 capaz de gerar 140 cavalos de potência, acoplado a uma caixa de transmissão automática CVT de seis marchas.

Mesmo que a Renault ainda não tenha se manifestado de forma oficial, a previsão é de que o preço do Renault Fluence 2014 fique entre 55 e 70 mil reais.
FONTE:

Chevrolet Cruze 2014 preço, lançamento.

A Chevrolet continua apresentando seus lançamentos para a temporada, dessa vez foi o Cruze 2014, modelo esse que chega às concessionárias no dia 05 de agosto de 2013. A má notícia é de que o carro sofreu poucas modificações em suas versões, sendo assim bastante semelhante à versão atual.
Em relação às modificações, tanto o Chevrolet Cruze, quanto o Cruze Sport6 receberam novidades. A versão LT, por exemplo, conta agora com manopla de câmbio manual com novo acabamento em couro, pintura prata polar para as versões automática e manual e novo volante com acabamento em couro.
A versão LTZ agora conta com o inovador sistema MyLink, novidade essa que tem sido adotada pela Chevrolet na maioria dos seus modelos. Com essa ferramenta, o condutor poderá desfrutar de navegador, visualizador de fotos, ligações telefônicas, reconhecimento de voz para agenda, Bluetooth, entrada auxilia, USB, MP3 e CD Player. Todos esses recursos podem ser acessados por meio de uma tela touchscreen de 7 polegadas.
No entanto, as novidades não param por aí, o sistema MyLink também contará com sistema de navegação integrado, função áudio streaming, câmera de ré integrada e comandos de voz para configurações do veículo, áudio e navegação.
A parte mecânica manteve-se a mesma, sendo assim o Chevrolet Cruze 2014 está equipado com o motor 1.8 capaz de gerar 140 cavalos de potência com gasolina e 144 cv de potência com etanol. Em relação ao consumo, o novo lançamento da montadora americana faz 6,7 km por litro na cidade e 9,3 km por litro na estrada, estando abastecido com etanol. Com gasolina o rendimento aumenta de forma considerável.
Vale lembrar que Cruze 2014 disputará mercado com o Toyota Corolla, Honda Civic, Volkswagen Jetta e o Hyundai Elantra. Com todas essas opções no mercado, com certeza o maior beneficiado será o consumidor, uma vez que a qualidade dos carros tende a aumentar e o preço cair, visto a enorme concorrência que essas montadoras enfrentam.
Chevrolet Cruze 2014 preço, lançamento – concorrência
O preço ainda não foi divulgado de forma oficial pela Chevrolet, no entanto especula-se que seja algo próximo de 71 mil reais, valor esse que se for confirmado, com certeza irá gerar a desaprovação por grande parte dos consumidores.
FONTE:

Avaliação: Novo Kia Cerato 1.6 16V Automático.

Levamos a versão topo de linha equipada com câmbio automático para a pista de testes; avaliação traz números de desempenho dos concorrentes.
Estilo sempre foi a especialidade do designer alemão Peter Schreyer, que desde o final do ano passado ocupa o cargo de presidente da Kia Motors. E com a estreia da nova geração do Cerato, o renomado executivo reforça a sua especialidade: melhorar o que já era bom. O sedã anterior já possuía linhas modernas, sóbrias e elegantes. Mas a terceira geração conseguiu evoluir sem exagerar no visual.

E a evolução foi tamanha que do Cerato de segunda geração sobrou só o nome. A dianteira está mais agressiva – mérito da nova grade e dos faróis mais alongados, que possuem como charme luzes diurnas de LEDs. Na lateral, a linha de caimento do teto está mais suave. A traseira ganhou um conjunto óptico despojadíssimo. E os consumidores mais atentos já perceberam que essas alterações deixaram o Cerato mais parecido com os irmãos maiores e estilosos, os sedãs Optima e Cadenza. E isso é (muito) bom.
Outra estratégia da Kia com a nova geração do Cerato foi ampliar as suas dimensões e seus horizontes. A partir de agora, o modelo mede 4,5 metros de comprimento (3 cm a mais que o antecessor) e 2,70 m de entre-eixos (5 cm maior que o do modelo anterior) e, com isso, passa a mirar adversários da categoria de sedãs médios. Nessa nova fase, seus principais rivais são as versões intermediárias dos modelos Honda Civic, Hyundai Elantra, Toyota Corolla, Volkswagen Jetta, Chevrolet Cruze e Renault Fluence.

Em termos de visual, o sedã da Kia está entre os mais interessantes do segmento. Ele consegue ser uma opção menos conservadora, o que em português claro, quer dizer, um sedã que não tem cara de "tiozão".

Mas a Kia sabe que o Cerato não irá estourar a boca do balão aqui no Brasil. A expectativa de vendas da fabricante sul-coreana é de emplacar 10 mil unidades por ano. Mas, vejam só, se isso se concretizar, o sedã se consolidará como o modelo mais vendido da Kia no Brasil. Para se ter uma ideia, os líderes do segmento, os nipônicos Honda Civic e Toyota Corolla, foram responsáveis pelo emplacamento de mais de 50 mil unidades no ano de 2012. Isso quer dizer que o Cerato tem a noção que não nasceu para ser líder.
Pista de testes: Cerato x concorrentes

Testamos a versão topo de linha do sedã, oferecida por R$ 71.900, equipada com o câmbio automático de seis velocidades (há também uma versão com caixa manual, que sai por R$ 67,5 mil). O motor que impulsiona as duas configurações é o mesmo: o bloco Gamma 1.6 litro bicombustível, capaz de entregar 122/128 cv abastecido com gasolina/etanol, nessa ordem.

E todos nós sabemos que um motor 1.6 para um sedã dessa categoria pode assustar os mais tradicionalistas, inclusive porque todos os concorrentes possuem propulsores maiores e mais potentes. Só para citar alguns, o 2.0 litros do Honda Civic gera 150/155 cv, Renault Fluence 2.0 gera 140/143 cv, enquanto o Toyota Corolla 1.8 entrega 136/144 cv e Chevrolet Cruze, também 1.8 litro, 140/144 cv, todos com etanol/gasolina, consecutivamente.
Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que a palavra downsizing (do inglês, diminuição) está saindo do papel com o objetivo de tornar os motores menores, mais leves, mais econômicos, tudo isso privilegiando o desempenho. E a Kia aposta nisso. Segundo a tabela do Inmetro, a terceira geração do Cerato, equipada com câmbio automático, recebeu a nota B. As medições apontam que o consumo na cidade é de 6,6 e 9,5 km/l com etanol e gasolina, respectivamente. Na estrada são 9,1 com o combustível vegetal e 12,4 km/l com o derivado de petróleo.

Mas e na hora de acelerar, ele bate os concorrentes? Para tirar essa dúvida fizemos o sedã passar pelo teste Carsale-Mauá, feito em parceria com a equipe do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), na pista da TRW, em Limeira (SP).
E o resultado surpreendeu. Para acelerar até os 100 km/h ele levou 11,29 segundos. Essa marca é melhor que a do Chevrolet Cruze 1.8, que fez em 11,84 s. O Toyota Corolla 1.8 gastou 10,73 s e o Civic 2.0 cravou 10,82 s. Todos equipados com transmissão automática.

Na prova que marca o tempo que o veículo precisa para fazer a retomada de velocidade de 60 km/h até 100 km/h, o coreano marcou 6,34 s. Com isso ele desbancou, ainda que por pouco, o Cruze (6,98 s) e o Corolla (6,40 s), enquanto o Civic obteve o melhor desempenho (6,12 s).
Fora das pistas, rodamos cerca de 800 quilômetros com o sedã, o que deu para perceber alguns atributos. Em velocidades de cruzeiro, o modelo se destaca por ser silencioso. Enquanto o velocímetro marca 100 km/h o ponteiro do conta-giros fica um pouco acima dos 2.000 rpm. Mas se você quiser aumentar muito a velocidade ou cravar o pé no acelerador para uma retomada mais brusca, um ronco mais grave invade a cabine.

Uma das surpresas é o sistema de suspensão, que merece elogios. Mesmo em vias de pavimento ruim ele dá conta de manter o conforto sem prejudicar a estabilidade. Outro item interessante é o botão presente no volante, que possibilita selecionar diferentes modos de direção (Confort/Normal/Sport), alterando o seu peso instantaneamente, privilegiando o conforto ou a esportividade.
No pacotão de série o sedã traz airbag frontal duplo, freios a disco nas quatro rodas com ABS (anti-travamento) e EBD (distribuidor de frenagem), ar-condicionado automático digital de duas zonas, volante multifuncional (com controle de som, piloto automático, computador de bordo, além do já citado modo de direção), rádio AM/FMCD/MP3/USB e entrada para iPod, lanternas traseiras com LEDs, porta-luvas climatizado, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 16 polegadas, entre outros equipamentos.

Em termos de acabamento, o Cerato também é caprichado. Mas vale avisar a Kia que o sistema de rádio não condiz com a nova cara da terceira geração. O visor do equipamento remete aos modelos antigos e pode fazer alguns consumidores torcerem o nariz.
Conclusão

Moderno, bonito e prazeroso de guiar, o Cerato é uma boa opção no segmento de sedãs médios. O que pode espantar os consumidores mal informados é o fato de o modelo levar um bloco de 1.6 litro sob o capô, enquanto os seus concorrentes usam motores maiores. Mas, como já foi dito na matéria e comprovado nos testes, isso não impede o sul-coreano de enfrentar de igual para igual os seus rivais na pista. O que ele não consegue (e, talvez, nunca conseguirá) é vencer a força e a tradição das nipônicas Honda e Toyota, que há tempos dominam esse espaço. Mas como diz a máxima popular “não custa nada tentar”, não é?
Ficha Técnica

Cerato 1.6 16V Automático

Motor: 1.6 16 válvulas
Cilindrada (Cm³): 1.591
Potência (Cv): 122/128 (gasolina/etanol)
Torque (Kgfm): 16/16,5 (gasolina/etanol)
Câmbio: Automático de seis velocidades
Comprimento (m): 4,56
Largura (m): 1,78
Altura (m): 1,46
Entre-Eixo (m): 2,70
Peso (Kg): 1.205 quilos
Porta-Mala (l): 421
Suspensão: Independente, do tipo McPherson no eixo dianteiro e semi-independente, com eixo de torção no traseiro
Freios: Discos ventilados na dianteira, discos sólidos na traseira, com ABS e EBD
Tanque (l): 50
Preço (R$): R$ 71.400
Taxa de Compressão: 12,0:1
Consumo (dados de fábrica - km/l): 6,6 km/l (cidade) e 9,5 km/l (estrada) com etanol
Consumo urbano (km/l): 6,6 (cidade com etanol)
Consumo estrada (km/l): 9,5 (estrada com etanol)
Rodas: Elétrica
Direção: Liga leve de 16 polegadas
Tração: Dianteira
Texto: Larissa Florencio / Foto: Giovanna Consentini / Fonte: Carsale

Vendas de motos tem pequeno aumento na primeira quinzena de agosto 2013.

Levantamento mostra diferença superior se comparada ao mesmo período de julho.
As motocicletas foram mais vendidas no Brasil na primeira quinzena do mês de agosto se comparado ao mesmo período de julho. Quem garante é a ABRCICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas – em levantamento divulgado com base nos licenciamentos registrados pelo RENAVAM. Os dados mostram que 64.688 motocicletas foram vendidas no período. Volume 0,8% maior se comparado ao mesmo período do último mês, quando 64.200 unidades foram negociadas. Entretanto, se comparamos aos primeiros quinze dias de agosto de 2012, houve uma retração de 2,8%. Há um ano foram vendidas 66.521 unidades.

A média diária de vendas nos 11 dias úteis da primeira quinzena de agosto deste ano foi positiva. Foram comercializadas 5.881 motocicletas por dia útil, número que corresponde a 0,8% a mais sobre a quinzena inicial do mês anterior – quando foram vendidas 5.836 unidades. No mesmo período que o atual em 2012 a média por dia útil foi de 6.047 motocicletas.

O presidente da ABRACICLO, Marcos Ferminian, acredita que o volume de vendas da primeira quinzena caracteriza uma estabilidade no mercado entre julho e agosto. Ele espera um avanço nos negócios neste semestre, através de incentivos á comercialização, como lançamentos de novos modelos e campanhas de marketing, tal qual a realização do Salão Duas Rodas, que será em outubro, em São Paulo. 

A Fabricação nacional de motocicletas está majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) e está entre as cinco maiores do mundo. No total, o setor de duas rodas gera cerca de 20 mil empregos diretos em suas indústrias.

Texto: David Sharp / Foto: Divulgação / Fonte: MotorDream

Lifan 530 chega ao Brasil no início de 2014 para enfrentar JAC J3 Turin e Chery Celer.

Sedã 530 quer transformar Lifan em marca conhecida no Brasil.
A Lifan não foi a única e nem a primeira, mas está entre as marcas que começaram sua carreira no Brasil com o pé esquerdo. Em meio à avalanche de montadoras chinesas que chegaram ao País nos últimos anos, ela desembarcou no mercado por meio da empresa Effa, do empresário uruguaio Eduardo Effa. 
Conhecida pelo amadorismo de suas ações, a Effa apresentou a Lifan ao brasileiro de uma forma um tanto patética. Estreante no Salão do Automóvel de São Paulo de 2010, a marca usou um sósia do personagem Mr. Bean para chamar a atenção para o Lifan 320, uma cópia pouco inspirada do clássico Mini Cooper. E isso ao lado da versão original.
É verdade que a Lifan também colaborou ao colocar o 320 como seu produto de exportação, mas qualquer estrategista de marketing teria barrado a ação, por mais que ela fosse barata por pegar carona num ícone.
Dois anos depois, no entanto, algo aconteceu com a Lifan. Com vendas magras em território nacional e sem um trabalho de pós-venda adequado com os cerca de 4 mil clientes do 320 e do sedã 620 (este levemente inspirado no Corolla de 2002), a matriz da montadora decidiu romper com o representante e assumir ela mesmo a operação no Brasil.
Empresa jovem
O período de gestação da nova fase da Lifan foi concluído há alguns meses quando a marca lançou o X60, um utilitário esportivo do mesmo porte de um Tucson, mas com preço bastante competitivo e de projeto bem mais aceitável. O evento de lançamento, no Uruguai, contou até com a presença do então desconhecido dono da Lifan, Yin Mingshan, um senhor de 76 anos de idade e aparência de 60 cujo currículo inclui até 20 anos de prisão por discordar do governo comunista da China.

Yin é um caso ainda raro em seu país, um chinês empreendedor que possui uma empresa 100% privada. A Lifan tem apenas 21 anos de vida e atua no setor automobilístico há apenas seis anos. A montadora tem como principal produto os motores para motos, além da sua própria linha de motocicletas e o trabalho com veículos de quatro rodas ainda é um processo novo para ela.
O site iG conheceu as duas fábricas da montadora na cidade de Chongqing, no interior da China. A primeira, que faz os automóveis, é uma adaptação de uma antiga linha de montagem de motos, já a segunda é nova e produz os utilitários leves, dois dos quais serão vendidos no Brasil. A marca também está concluindo uma terceira unidade ao lado da primeira que fará os novos modelos em desenvolvimento.
O que impressiona na Lifan é a rapidez de aprendizado, algo um tanto comum com os chineses. Eles erram, mas têm humildade de reconhecer o erro como a própria concepção do 320 que, nas palavras do empresário, “é uma prova que ainda precisamos descobrir nossa personalidade”.
As palavras de “Mr Yin”, como seus funcionários o chamam, encontram eco nos novos produtos da Lifan. Além do X60, a marca prepara o lançamento de vários outros modelos para ocupar quase todos os segmentos conhecidos, até de sedãs mais sofisticados.
Entre os novos modelos, dois nos chamaram a atenção, o X50, flagrado na pista de testes da empresa, e o sedã 530. Parte da mesma família, os dois devem virar os carros chefe da marca no exterior já que mostram bom custo-benefício e são mais acessíveis.
O site iG teve contato com o 530 durante a visita às instalações da Lifan na China e pôde notar a evolução no aprendizado dos chineses. O 530 é um veículo com mais personalidade e pensado para agradar seus ocupantes, ao contrário do 620, um sedã de maior porte, mas de construção pobre (e que será substituído pelo 630, um facelift ainda aquém do ideal para o modelo).
A melhor notícia do 530 é que se trata de um sedã com personalidade, a que Mr. Yin tanto busca. A frente do carro já exibe uma boa ligação com o X60 notada na grade volumosa e cromada. As proporções do veículo são equilibradas e bem resolvidas. Nada surpreendente, mas honesto. O porta-malas exibe uma capacidade adequada para o segmento, com 450 litros.
Por dentro, o sedã permite encontrar uma posição confortável de dirigir e a ergonomia é bastante positiva. O acabamento, no entanto, embora tenha melhorado, ainda deixa a desejar. É um problema dos chineses como um todo. Ainda não se uniformidade na montagem, apesar de algumas peças parecerem de melhor qualidade. A Lifan diz que as versões que serão vendidas no Brasil terão melhorias perceptíveis, mas o ideal é que os chineses adotassem isso em qualquer unidade produzida.
Apesar de ter identidade própria, o 530 ainda bebe em algumas soluções estrangeiras. O computador de bordo, por exemplo, é praticamente idêntico ao doHonda Fit e duas soluções de design foram claramente inspiradas na Chevrolet e na Volvo. As molduras do mostradores do painel lembram as do Corvette e a base do console central, um V40 com seu espaço vazado.
Um passo atrás na potência

A Lifan forneceu aos jornalistas a ficha técnica do 530 e, baseado nela, foi possível perceber que o sedã está um passo atrás de potência em relação aos seus rivais caseiros, o Chery Celer e o JAC J3 Turim. O motor é 1.5 litro com comando variável de válvulas, mas só dispõe de 103 cv com gasolina (não há previsão de flex). A Chery usa um 1.5 litro, mas com 108 cv e a JAC possui um 1.4 também com 108 cv.
A receita do Lifan 530, aliás, é a mesma dos seus concorrentes locais: muito conteúdo de série que inclui trio elétrico, ar-condicionado, direção assistida (ainda indefinida se elétrica ou hidráulica), rádio com entrada para iPod e USB, mas apenas câmbio manual inicialmente – há uma transmissão CVT a caminho.
A avaliação do 530 foi limitada a uma pequena pista de teste, o que impediu conclusões mais claras sobre seu comportamento, mas comparado ao seu irmão maior, 630, o sedã tem dirigibilidade mais apurada e equilibrada, com uma suspensão um pouco mais firme.
Chegada no início de 2014
A estratégia da Lifan, agora que assumiu a operação brasileira, primeiro tem sido assistir os clientes dos tempos de Effa: “fizemos um trabalho especial com os donos de Lifan em Brasília contatando todos eles e os convidando para um check-up geral de seus veículos por conta da marca”, explicou Luiz Zanini, diretor de marketing da empresa. O objetivo é reverter a má impressão causada pela falta de assistência nos primeiros anos de atuação no País.
O segundo passo é renovar e ampliar o portfólio no Brasil. Para isso, além do X60 e do 530, que chega ao mercado no início de 2014, a Lifan atuará no segmento de comerciais leves com a picape Foison que será vendida a partir do final deste ano. Todos esses modelos são montados numa fábrica própria da marca no Uruguai e obedecem a outro acordo comercial fora do Inovar-Auto. Nele, a Lifan precisa atingir conteúdo regional de 60% em 2015, mas a fórmula é diferente da adotada agora pelas montadoras no Brasil.
Porém, antes de poder encarar rivais de peso, a Lifan precisará enfrentar seus conterrâneos que preparam versões nacionais de seus compactos. Se a produção nacional dará vantagem a JAC e Chery não se sabe, mas certamente produzir os carros num lugar distante do Brasil dificultará tanto logística quanto atingir um padrão de qualidade exigido pelos consumidores daqui. Nada disso parece assustar o veterano empresário. Para Yin Mingshan, com humildade e perseverança a Lifan será uma marca reconhecida no Brasil: “hoje temos um bom custo-benefício, mas quero que a qualidade de nosso carros seja o principal motivo de interesse por eles em breve”.
Ficha técnica

Lifan 530

Motor: 4 cilindros 1.5 VVT com 103 cv de potência a 6.000 rpm e 13,6 kgfm de torque a 3.500 rpm
Transmissão: Manual de cinco marchas
Dimensões: Comprimento: 4,3 m - Largura: 1,69 m - Altura: 1,49 m - Entreeixos: 2,55 m
Porta-malas: 475 litros
Velocidade máxima: 175 km/h
Consumo de combustível: 15,6 km/l


Texto: Ricardo Meier / Fotos: Divulgação / Fonte: iG Carros