sábado, 10 de maio de 2014

Atraso na obra da Ferrovia do Frango barra competitividade da agroindústria catarinense.

O atraso no processo de licitação para contratação da empresa que fará o estudo técnico e o projeto básico da Ferrovia de Integração (ou do Frango) emperra a competitividade da agroindústria catarinense. Além da ferrovia, algumas lideranças afirmam que melhorias de curto prazo seriam prioritárias para auxiliar o segmento.

O presidente da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Eclésio da Silva, explica que a entidade entende que a obra é demorada, ainda mais em ano político.
— Esse atraso não impacta muito aqui na região, porque é uma obra de longo prazo, mas há prioridades de curto prazo como a duplicação das BR-470 e BR-486, que já ajudariam bastante, pois são artérias que transportam os produtos — avalia.
Para o presidente Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Fiesc, Mário Lanznaster, a cada ano que passa e nada é feito a situação se agrava. Segundo ele, enquanto a ferrovia não é concluída, outras ações mais urgentes podem ser executadas.
— Pedimos urgência na duplicação da BR-282 para escoar a produção de carnes até o porto de Itajaí e também reduzir mortes e acidentes. É muito mais rápido duplicar a 282 do que fazer a ferrovia, só os estudos vão demorar mais de um ano para sair do papel. Daqui a 20 anos pode ser que exista uma ferrovia, antes disso acho difícil — declara.
O superintendente do Complexo Portuário do Itajaí-Açu, Antônio Ayres dos Santos Junior, também entende que a Ferrovia do Frango é um avanço para o porto de Itajaí, pois reduziria o custo do principal produto, que são os congelados do Oeste do Estado.
— Os exportadores teriam um custo logístico melhor e isso é fundamental para essa mercadoria ser competitiva. Essa demora atrasa nossa competição de preços no comércio exterior — comenta.



O SOL DIÁRIO

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