A Polícia Federal (PF) investiga, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaças de morte ao presidente da Corte, Joaquim Barbosa, em perfis de redes sociais na internet. Em um dos dois inquéritos de investigação, a PF descobriu que um dos que ameaçaram o ministro foi Sérvolo de Oliveira e Silva, secretário de organização do diretório do PT em Natal e membro da Comissão de Ética do partido no Rio Grande do Norte.
— Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas — postou o petista no perfil do Facebook com o nome de Sérvolo Aimoré-Botocudo de Oliveira, como informou a edição da revista Veja deste fim de semana.
— Joaquim Barbosa deve ser morto. Ponto Final. Estou ameaçando a um monstro que é uma ameaça ao meu país. Barbosa é um monstro e como monstro deve ser tratado — continuou Sérvolo. Procurada ontem pela reportagem, a direção nacional do PT disse que não iria se manifestar sobre o tema. Sérvolo não foi localizado pela reportagem.
Depois que começou a ser investigado pela PF, ele se mudou para Foz de Iguaçu. À revista, o petista diz que fez menção ao tiro na cabeça porque se lembrou da morte do PC Farias.
— A burguesia brasileira age assim. Sou do candomblé, não tenho coragem de matar ninguém — afirmou, completando que se quisesse de fato matar alguém não postaria a ameaça na internet.
No outro inquérito, segundo pedido do Ministério Público Federal, a PF investiga quem está por trás do perfil de Brasília que convoca membros e correligionários do PT a atentar contra a vida do presidente do STF.
Qualquer ameaça de morte é crime e pode render uma pena de até seis meses de prisão, de acordo com o Código Penal.
Fonte: ESTADAO
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