O Toyota Corolla não é o sedã médio de melhor performance (título que cabe ao Jetta TSI), não é o de linhas consideradas mais belas (atribuídas ao Elantra), nem é dono da melhor relação custo x benefício (título que fica entre o Citroen C4 Lounge THP e o Nissan Sentra) e tampouco é o mais equipado de todos. E mesmo sendo o mais caro entre seus concorrentes, é também o mais vendido.
No último mês de junho, com Copa do Mundo e tudo, foi o 13º carro mais vendido do Brasil, com 5.001 unidades comercializadas, quase 1.000 à frente do Civic, e mais de três vezes o volume do Cruze Sedan e cinco vezes o do Nissan Sentra. E só não vende mais porque a Toyota não dá conta de fabricar para atender a demanda.
A explicação para tamanho sucesso está em um conjunto de fatores que acabam sempre convergindo na confiabilidade - não é de hoje a fama de inquebrável do sedã japonês. Confiabilidade esta que se manifesta de diversas formas: ausência de problemas, bom atendimento da rede de concessionárias, segurança no passeio e aversão à ousadias de qualquer espécie.
A Toyota há anos que aplica no Corolla as tecnologias que já foram testadas, aprovadas e aperfeiçoadas em outros modelos. Deram problemas em outros carros, foram corrigidas e quando tiveram seu nível de desenvolvimento estabilizado, são aplicados ao Corolla.
É o caso da transmissão automática. Enquanto muitos carros adotavam caixas de seis marchas, o Corolla mantinha-se fiel ao câmbio automático de quatro marchas. Agora, porém, a Toyota aplicou uma bem desenvolvida transmissão automática CVT-S com sete marchas artificiais, que, se não tem a velocidade de uma transmissão DSG do Golf, também não constrange seu proprietários com chocalhos metálicos "característicos" como os que estão presentes no Golf.
O estilo, porém, está mais ousado, com linhas mais recortadas, porém harmoniosas e belas, sobretudo nesse modelo preto no qual se destaca a frente cromada e as rodas de alumínio de 16 polegadas e desenho esportivo.
O desenho interior é uma homenagem à tradição. É bem acabado, confortável, sofisticado com seus bancos de couro e costuras bem feitas. Confiável e familiar, como requer um Corolla.
Em termos de itens de série, esta versão XEi conta com sistema multimídia com tela de 7 polegadas, com sintonizador de TV digital (que só funciona com o carro parado), câmera de ré e sistema de navegação por GPS.
O volante de ótima empunhadura e pega esportiva conta com comandos multifuncionais, por meio dos quais se controla o sistema de som e permite o atendimento de ligações telefônicas de smartphones conectados ao sistema por meio de conectividade Bluetooth.
Conforto
O grande ativo do Corolla é o seu comportamento igualmente confiável: silencioso, suave, confortável, macio e seguro. Andar no Corolla é uma experiência agradável, tanto para passageiros quanto para o condutor, afinal o sistema de som é bom, os bancos têm um ótimo compromisso entre maciez e firmeza, há amplo espaço interno - especialmente nessa nova geração - e a suspensão - apesar de adotar um esquema semi-independente na traseira - tem ajuste exemplar.
Assim, os principais questionamentos que podem ser feitos sobre o Corolla, hoje, é o fato de não dispor de ESP - Controle Eletrônico de Estabilidade - e ASR - Controle de Tração -, itens estes que não são tecnologias novas, já foram amplamente testadas e realmente causam certa estranheza por não constarem na lista de itens de série ou opcionais.
Conclusão
A nova geração do Corolla mantém todas as suas qualidades anteriores e acrescenta doses homeopáticas de ousadia na questão estética e no comportamento do carro - que ficou mais prazeroso de ser conduzido que a geração anterior, sem deixar de lado a confiabilidade.
http://www.car.blog.br/2014/07/novo-corolla-xei-2015-preto-sofisticado.html
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