segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ARTIGOS SOBRE SAÚDE


Tomar sol é importante para um envelhecimento saudável, sugere estudo.

Um estudo apresentado esta semana no encontro Biologia Experimental 2010, da Sociedade Americana de Nutrição, sugere uma associação entre maiores níveis de vitamina D - nutriente produzido pelo organismo quando tomamos sol - e uma melhor função física, incluindo melhor saúde óssea e muscular, entre os idosos. Acompanhando, por quatro anos, mais de 2,7 mil idosos, especialistas notaram que aqueles com maiores níveis sanguíneos de 25-hidroxivitamina D no início apresentavam melhores resultados em testes que incluíam velocidade de caminhada, capacidade de se levantar de uma cadeira e equilíbrio.
De acordo com os autores, os resultados não permitem concluir que a suplementação do nutriente ou uma alimentação rica em vitamina D - com laticínios fortificados e peixes oleosos - poderiam fortalecer os músculos e melhorar a qualidade de vida dos idosos, até porque é possível conseguir níveis suficientes do nutriente com a exposição adequada ao sol. 
“As recomendações alimentares atuais são baseadas nos efeitos primários da vitamina D sobre a saúde óssea. É possível que maiores quantidades de vitamina D sejam necessárias para a preservação da força muscular e da função física, assim como outras condições de saúde”, destacou a pesquisadora Denise Houston, da Universidade Wake Forest. “Entretanto, estudos clínicos são necessários para determinar se aumentar as concentrações de 25-hidroxivitamina D através da dieta ou suplementos tem um efeito sobre esses resultados não-tradicionais”, acrescentou.

Dormir bem pode ser o segredo do envelhecimento saudável, sugere pesquisa.

Um estudo que incluiu mais de 15 mil chineses com mais de 65 anos indicou que aqueles que, regularmente, aproveitam boas noites de sono têm mais chances de viver mais e melhor. Publicados na edição de maio da revista Sleep, os resultados mostraram, ainda, que fatores como ser homem, viver em áreas rurais, ser mais velho e ter maior status socioeconômico e melhores condições de saúde estariam associados a uma maior qualidade de sono.
Apesar de os pesquisadores não estarem sugerindo uma relação de causa e efeito entre sono e envelhecimento saudável, os resultados sugerem que boas noites de sono podem beneficiar os idosos. “A idade e as condições de saúde são os dois fatores mais importantes associados com o relato de qualidade e duração do sono”, destacam os autores. “A maioria dos idosos saudáveis podem experimentar qualidade de sono satisfatória. E os problemas de sono nas idades mais avançadas provavelmente resultam de uma variedade de fatores fisiológicos e psicossociais, em vez do envelhecimento em si”.

Parar de fumar pode reduzir os níveis de estresse, diz estudo.

Muitos fumantes acendem um cigarro para se acalmar quando estão ansiosos ou estressados. Entretanto, um novo estudo britânico indica que parar de fumar pode ser muito mais eficaz para amenizar o estresse crônico, assegurando aos fumantes que eles não precisam do cigarro para controlar o estresse, e que, na verdade, o tabagismo pode, em alguns casos, contribuir para o estresse crônico. “Os fumantes, frequentemente, veem os cigarros como um mecanismo de controle do estresse, e os ex-fumantes, algumas vezes, voltam a fumar acreditando que isso irá ajudá-los a lidar com um evento estressante da vida”, destacou o pesquisador Peter Hajek, em artigo publicado na revista Addiction.
Avaliando 469 fumantes que tentavam parar de fumar após serem internados com doença cardíaca, os pesquisadores da Escola de Medicina de Londres descobriram que a crença geral não procede e que parar de fumar pode ser benéfico também nesse sentido. Aqueles que ficaram um ano sem o cigarro tiveram uma redução de 20% nos níveis de estresse percebidos, enquanto os que permaneceram fumando não apresentaram mudanças significativas.
Os autores acreditam que as pessoas mais vulneráveis ao estresse são mais propensas a fumar, e o vício pode, em longo prazo, aumentar o estresse, mesmo que as pessoas sintam que fumar oferece alivio temporário. “Quando fumantes dependentes não podem fumar, com o prolongamento do período sem cigarro, eles tendem a se sentirem mais nervosos, irritáveis e inconformados”, explicaram os autores. “Um cigarro ameniza esse estado estressante temporariamente, e isso deve ser a principal razão de os fumantes pensarem que o cigarro alivia o estresse”, concluíram.

Suco de maçã é benéfico para pessoas com Alzheimer, aponta estudo.

O consumo diário de suco de maçã pode ser benéfico para pessoas com doença de Alzheimer, segundo pesquisa da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, embora a bebida não tenha efeitos em relação à função cognitiva dos pacientes, ela está associada a uma melhora em seu humor - que geralmente declina com a progressão da doença degenerativa -, amenizando sintomas como ansiedade, agitação e delírio. 
Avaliando 21 pacientes com a doença em estágios moderados ou graves, os pesquisadores observaram que o consumo diário de aproximadamente 250 ml de suco de maçã estava associado a uma melhoria de 27% nos sintomas comportamentais e psicóticos desses pacientes. Os resultados, entretanto, não indicaram diferenças nas escalas de atividade da doença e da capacidade de realizar as atividades da vida diária.
“O modesto, mas estatisticamente significativo, impacto do suco de maçã sobre os sintomas psicológicos e comportamentais da demência no estudo alimenta o corpo de evidências que apoia a utilidade das abordagens nutricionais, incluindo sucos de frutas e vegetais, em atrasar o início e a progressão da doença de Alzheimer, mesmo frente aos conhecidos fatores de risco genéticos”, destacam os autores. Baseados nos resultados, os especialistas consideram o suco de maçã um suplemento útil que “pode, inclusive, reduzir a carga do cuidador”.

Homens solteiros têm menos conhecimento e tratamento da hipertensão, diz estudo.

Homens jovens e solteiros sabem menos sobre hipertensão e, possivelmente, por causa disso, recebem menos tratamento quando têm pressão alta, segundo pesquisa da Universidade McMaster, no Canadá. 
Avaliando dados de 150 mil pessoas em 17 países, incluindo o Brasil, os especialistas confirmaram que as taxas de conhecimento do problema eram maiores em países desenvolvidos: 57% em áreas urbanas e 54% nas áreas rurais desses países, comparadas a 56% e 45%, respectivamente, nos países pobres. As taxas de tratamento também eram maiores nos países mais ricos, com 46% nas cidades e 48% no campo; e com os países em desenvolvimento apresentando 38% e 23% de seus pacientes tratados. e, de forma geral, homens jovens e solteiros representavam o grupo com menos conhecimento e menos tratamento.
“A hipertensão é um bem reconhecido e importante determinante de doença cardiovascular mundialmente. No entanto, em alguns grupos, o conhecimento e o tratamento são piores”, destacou a pesquisadora Clara Chow. Baseados nos resultados, a especialista e os outros pesquisadores destacam a necessidade de mais investigações para o desenvolvimento de políticas públicas de combate à hipertensão especialmente direcionadas para grupos específicos.

Cigarro pode causar envelhecimento da pele do corpo inteiro.

Fumar causa danos à pele do corpo inteiro, segundo sugere pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Outros estudos haviam se concentrado na pele do rosto, que pode sofrer danos também pela exposição ao sol. Nesse novo trabalho, os pesquisadores observaram a pele que recobre a parte interna dos braços de 82 pessoas entre 22 e 91 anos de idade, entre fumantes e não-fumantes. Foram medidos na pesquisa a quantidade de cigarros consumidos por dia e o total de anos de fumo de cada um. E os cientistas constataram que a quantidade de fumo está intimamente ligada ao envelhecimento da pele de todo o corpo. Em pessoas de 65 anos, por exemplo, havia diferença na pele de dois pontos entre fumantes e não fumantes na escala de nove pontos desenvolvida para o estudo.

Comerciais de TV podem aumentar apetite de crianças.

Propagandas de televisão sobre comida aumentam o apetite de crianças obesas ou com sobrepeso em mais de 100%, segundo pesquisa da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. Um grupo de 60 crianças entre nove e onze anos de idade, com vários pesos, participou do estudo, assistindo uma série de propagandas sobre comida e sobre brinquedos seguidas de desenho animado. E os pesquisadores observaram que, após os comerciais de comida, as crianças obesas tinham consumo de comida 134% maior, aquelas com sobrepeso tinham um aumento de 101%, e as crianças com peso normal apresentavam aumento de 84%. Além disso, o peso foi associado ao tipo de comida, pois os obesos tinham preferência por alimentos mais gordurosos, como o chocolate.

Fonte: Revista Boa Saúde - por Leandro Perché

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