terça-feira, 18 de novembro de 2014

Afogamento está entre as dez principais causas de morte de crianças e jovens



O afogamento é uma das dez principais causas de morte de crianças e jovens no mundo, revelou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu primeiro estudo sobre este tipo de acidente.
A cada ano morrem 372 mil pessoas afogadas no mundo, o que representa 42 casos por cada hora, segundo o organismo, que analisou dados de 85 países.
Em 48 destas nações o afogamento está inclusive entre as cinco primeiras causas de falecimento de crianças de entre um e quatorze anos.
A grande maioria das mortes -uma de cada nove, ocorre em países em desenvolvimento. No entanto, durante o estudo foram constatadas evidências "alarmantes" de que nos países ricos "as estimativas de mortes por afogamento podem ser consideravelmente inferiores aos números reais".
Mais da metade das vítimas de afogados são menores de 25 anos e as taxas mais elevadas correspondem aos menores de cinco anos.
Além disso, os homens têm o dobro de probabilidade de se afogar do que as mulheres.
Os dados da OMS excluem afogamentos devido a suicídios, homicídios, inundações ou naufrágio de embarcações.
O estudo indica claramente que as crianças costumam se afogar em situações simples, sobretudo dentro ou perto de casa.
"Quase todos os lugares onde há água apresentam risco de afogamento", alertou o diretor do departamento de Doenças Não Transmissíveis, Incapacidade e Prevenção da Violência e Lesões, Etienne Krug, durante a apresentação do relatório.
Os espaços e objetos mais comuns podem ser fatais: banheiras, baldes, açudes, rios, valas e piscinas.
Entre os jovens, o consumo de álcool associado ao contato com a água também um fator de risco importante.
A OMS disse que com este relatório pretende chamar a atenção sobre uma causa de mortalidade pouco conhecida, que pode ser prevenida e em relação a qual os governos nacionais e locais podem aplicar medidas simples.
Entre outras estratégias que as comunidades podem adotar, a OMS defende a instalação de barreiras para restringir o acesso das crianças à água, o ensino de noções básicas de natação e a formação em técnicas de primeiros socorros.
Além disso, deve-se prestar atenção para que lugares com grande concentração de crianças, como creches, fiquem a certa distância de áreas com água.
Em relação a estratégias nacionais, a OMS recomenda regras mais rigorosas para a navegação recreativa, comercial e de passageiros, uma melhor gestão de risco de inundações e, de maneira geral, políticas integrais de segurança aquática. 


EFE / TERRA

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