Para dois estudiosos em geopolítica franceses, Pascal Boniface e Hubert Védrine, o Brasil é visto como um gigante latino-americano, possível potência mundial que, até agora, não assumiu o papel internacional que suas múltiplas vantagens permitiriam desempenhar.
De acordo com esses autores, a extensão territorial e o peso demográfico preservaram o Brasil das ambições de seus vizinhos. A distância o protegeu das potências europeias e norte-americanas. Isso permitiu que o Brasil se envolvesse apenas de forma secundária nos negócios internacionais.
Para Boniface e Véndrine, a Argentina não é mais o principal concorrente latino-americano, e sim o México. Com o fim da ditadura militar, que alinhou o país aos anseios estadunidenses, o Brasil passou a assumir um papel privilegiado. De um lado resistindo aos "apetites" norte-americanos, ao se recusar a formar a Área de Livre Comérico das Américas (ALCA) e, de outro, manter com seus vizinhos imediatos um mercado comum sulamericano (Mercosul).
Para eles, o Brasil busca não somente a liderança regional, mas também almejaser uma das grandes potências mundiais emergentes, junto com Índia, Rússia e China. "Para seu desenvolvimento, tira partido da liberalização do coméricio internacional e de uma agricultura intensiva", afirmam.
Ambos complementam dizendo que o Brasil é um ator de peso da Organização Munidal de Comércio (OMC), faz campanha para obter uma cadeira como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU e passa a se envolver nos grandes debates estratégicos internacionais. No entanto, criticam a exploração e destruíção da floresta amazônica.
Fonte: BONIFACE, Pascal e VÉDRINE, Hubert. Atlas do Mundo Global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. página 107.
*Com informações de Geografia e Sociedade
http://suburbanodigital.blogspot.com.br/2014/04/como-o-mundo-ve-o-brasil-qual-papel.html
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