sábado, 13 de dezembro de 2014

Artigos sobre exercícios físicos



Falta de exercícios físicos é causa de aumento do risco cardíaco na depressão.

Pacientes cardíacos que sofrem de depressão são menos propensos a se exercitarem, aumentando ainda mais o seu risco de problemas como o infarto e a insuficiência cardíaca, segundo estudo publicado no The Journal of the American Medical Association. Avaliando mais de mil pacientes com doença cardíaca, acompanhados por uma média de oito anos, os pesquisadores notaram que, entre aqueles que apresentavam sintomas depressivos, 10% tiveram um evento cardíaco, contra apenas 6,7% daqueles que não sofriam de depressão. Uma análise mais aprofundada mostrou que essa relação era mediada por fatores de comportamento – os pacientes depressivos eram mais propensos a fumar, eram menos fisicamente ativos e menos propensos a tomar os remédios como haviam sido prescritos. Entre esses pacientes, a inatividade sozinha foi associada a 44% maior risco.

Exercícios físicos podem amenizar a raiva, sugere pesquisa.

Se você sabe que vai ter um dia ruim, a primeira coisa que deve fazer ao acordar é colocar roupa de ginástica e sair para caminhar ou correr. Esse é o conselho de pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, que, avaliando 16 jovens que se irritavam facilmente, descobriram que exercícios prévios podem amenizar o humor nervoso e irritadiço. Segundo os especialistas, apesar de os resultados precisarem de confirmação em estudos maiores, parece que “os exercícios agem como uma droga, protegendo contra a indução da raiva, quase como tomar aspirina para prevenir infarto”.
No estudo, antes e após 30 minutos de ciclismo em intensidade moderada, os participantes assistiram a apresentações de imagens que evocam raiva - incluindo do movimento Ku Klux Klan, de Hitler e de crianças desnutridas -, misturadas a imagens que induzem medo, simpatia ou imagens neutras. Em uma escala de raiva crescente de 20pontos, os participantes, quando se exercitavam, apresentavam crescimento insignificante de 6,3 pontos para sete após ver as imagens provocadoras; e, na ausência de exercícios, essa taxa passava de oito para 10 pontos.
De acordo com os autores, a raiva e o comportamento agressivo estão associados a baixos níveis de serotonina. E diversos estudos têm demonstrado que a prática de atividades físicas pode aumentar os níveis desse hormônio calmante no cérebro. Além disso, segundo o fisiologista Michael R. Bracko, “uma aula em grupo de exercícios ou de musculação pode manter a mente distraída”, atenuando as emoções de raiva. Entretanto, mais estudos sobre o assunto são necessários.

Exercícios físicos podem diminuir comportamento agressivo de crianças.

Se seu filho é gordinho e tem o hábito de bater portas, brigar na escola e expressar a raiva de maneira agressiva, ele pode melhorar com a prática de exercícios físicos, segundo estudo publicado na revista especializada Pediatric Exercise Science. Embora não haja evidências de que crianças com sobrepeso sejam mais agressivas, pesquisas indicam que são mais propensas a serem intimidadas e a intimidar as outras (bullying). Avaliando 208 crianças com idades entre sete e 11 anos que estavam acima do peso e eram sedentárias, especialistas descobriram que aquelas que passaram a fazer exercícios após a aula apresentaram menor pontuação na escala de raiva, além de melhora no condicionamento físico. Os autores destacam que exercícios podem melhorar o humor e a função cognitiva, fazendo as crianças terem mais auto-controle. Além disso, a redução do tempo em frente à TV pode cumprir um papel.

Exercícios físicos podem proteger contra declínio cognitivo na velhice.

Os exercícios físicos podem ajudar os idosos a prevenir o declínio cognitivo e problemas de memória aumentando o fluxo sangüíneo no cérebro, segundo pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Em estudo com 12 pessoas saudáveis com idades entre 60 e 80 anos, eles observaram que a prática regular de exercícios está associada ao aumento no número total de vasos no cérebro e com um aumento do fluxo sangüíneo nas três principais artérias cerebrais. E isso traria benefícios para as áreas que controlam funções como a consciência, a memória, a resposta emocional e a linguagem. Avaliando imagens de ressonância magnética, os especialistas descobriram que aqueles que, por dez anos ou mais, haviam se exercitado cerca de três horas por semana em atividades aeróbicas tinham maior número de pequenos vasos (150, contra 100 dos sedentários) e maior fluxo sangüíneo no cérebro.

Exercícios aeróbicos inibem o apetite, diz estudo.

Exercícios aeróbicos, como a caminhada e a corrida, são mais eficazes em inibir o apetite do que as atividades anaeróbicas, como a musculação, segundo estudo publicado nesta sexta-feira na revista da Sociedade Americana de Fisiologia. Segundo os autores, passar 60 minutos na esteira afeta a liberação de dois hormônios reguladores do apetite, enquanto 90 minutos de musculação são associados à liberação de apenas um deles. Avaliando 11 homens jovens que realizaram diferentes rotinas de exercícios ao longo de vários dias, os pesquisadores descobriram que sessões na esteira provocavam queda na grelina (hormônio estimulador do apetite) e não alteravam significativamente os níveis do peptídeo YY (inibidor do apetite). Com base em questionários sobre fome após as atividades, os autores notaram também que ambos os tipos de exercícios inibiam o apetite, mas os aeróbicos tinham ação mais duradoura.

Atividades físicas podem prevenir futuras dores no corpo, diz estudo.

Um estudo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia indica que a prática de atividades físicas pode proteger, por mais de uma década, contra dores e desconfortos músculo-esqueléticos. Os pesquisadores avaliaram dados de mais de 39 mil pessoas que responderam, entre os anos de 1984 e 1986, a questões sobre atividades físicas; e, onze anos depois, a questões sobre queixas osteomusculares crônicas (dores que duraram mais de três meses no ano anterior à pesquisa). E notaram que as pessoas que se exercitavam no início do estudo eram 9% menos propensas a ter as queixas osteomusculares crônicas, comparadas com os sedentários. Aqueles que se exercitavam três ou mais vezes por semana tinham 28% menos chances de ter dores crônicas generalizadas. Mais estudos são necessários para ver se as queixas são causa ou conseqüência da inatividade.

Fonte: Revista Boa Saúde

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