segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Polícia confirma três mortos em sequestro em Sydney. Outras quatro pessoas se feriram por conta da ação. Polícia confirma três mortos em sequestro em Sydney.


Foto: William West / AFP / CP
A polícia de New South Wales confirmou, por meio de uma nota, que três pessoas morreram durante o sequestro de um café em Sydney, na manhã dessa segunda-feira. Outras quatro pessoas – incluindo um policial – se feriram na ação. Os policiais confirmaram que houve troca de tiros por volta das 2h10min de segunda-feira (horário local) – 13h10min em Brasília. 

De acordo com a Polícia, um homem de 50 anos morreu ainda antes de chegar ao hospital. Outro homem, de 34, e uma mulher, 38, foram declarados mortos após darem entrada em instituições de saúde. 

O incidente já foi declarado encerrado pela Polícia, que entrou na fase de investigações, pedindo para que testemunhas se apresentem para revelar detalhes que possam ser utilizados. 


Brasileira refém


A família da brasileira Marcia Mikhael afirmou que ela foi libertada sem ferimentos do sequestro e que passa bem. Segundo o Itamaraty, ainda não há confirmação oficial por parte da polícia de Sydney sobre a presença de brasileiros entre as pessoas feitas reféns. O consulado brasileiro em Sydney está tentando confirmar a informação, já que a chancelaria do Brasil em Sydney está dentro do perímetro que foi evacuado pela polícia australiana.



A brasileira Marcia Mikhael 

(Foto: Reprodução)

O sequestro começou por volta das 21h de domingo (14) no horário de Brasília - 10h da manhã de segunda no horário local. Cerca de sete horas depois, cinco reféns deixaram o local.
Após horas sem movimento, outro refém conseguiu escapar, seguido por mais cinco pessoas.
Logo depois equipes da polícia invadiram o local. Diversos disparos foram feitos no local, e também foram ouvidos outros sons altos. Em seguida os disparos cessaram e a movimentação policial diminuiu, restando apenas o barulho de um alarme de incêndio.
Após a movimentação, um robô do esquadrão antibombas foi visto entrando no prédio. Houve relatos mais cedo de que o sequestrador estaria com uma bomba.
Ambulâncias foram levadas para a região, e paramédicos foram vistos entrando no café. Pelo menos uma pessoa, uma mulher que estaria ferida, foi retirada pelas equipes de resgate.



Sequestrador

A imprensa local identificou o clérigo muçulmano Man Haron Monis como o sequestrador que mantém cerca de 15 reféns no Lindt Chocolat Cafe, em Martin Place.

Segundo a rede australiana "9News", Monis nasceu Manteghi Bourjerdi e se mudou do Irã para a Austrália em 1996. Ele teria sido processado em 2009 após uma campanha de cartas de ódio para protestar contra a presença das tropas australianas no Afeganistão e foi condenado a 300 horas de trabalho comunitário em setembro de 2013.

Em novembro do ano passado, segundo a mesma emissora, ele voltou aos noticiários após ser suspeito de ter orquestrado o assassinado da ex-mulher Noleen Pal, que foi encontrada esfaqueada em um apartamento. Em abril deste ano, ele foi acusado de abusar sexualmente de sete mulheres enquanto trabalhava como um "curandeiro espiritual" em Wentworthville. Em outubro ele foi acusado de outros 40 crimes sexuais relacionados ao seu trabalho como líder espiritual.

Ainda de acordo com a rede de notícias, o xeique Haron, como é conhecido, estava em liberdade mediante fiança.

Inicialmente, foi relatado que o número de reféns poderia chega a 50, entre funcionários e clientes. Com o passar das horas, a imprensa australiana reduziu a estimativa para cerca de 15 pessoas.


Correio do Povo / G 1

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