Executivo fez carreira no Banco do Brasil, onde começou como estagiário no interior de São Paulo.
Conselho de Administração da Petrobras elegeu, nesta sexta-feira, Aldemir Bendine para a presidência da petroleira, cargo que era ocupado por Graça Foster, que renunciou na última quarta-feira.
Bendine, 51 anos, assumiu a presidência do Banco do Brasil (BB) em abril de 2009, no auge da crise financeira internacional. À época, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu-lhe a missão de expandir o crédito para auxiliar na retomada da economia e reduzir as taxas de juros, o que, consequentemente, influenciou decisões de instituições privadas.
Dida, como Bendine é conhecido, é funcionário de carreira do Banco do Brasil. O executivo nasceu em Paraguaçu Paulista (SP), em 1963. Entrou no banco como estagiário, em uma agência em sua cidade natal. Foi efetivado em 1982 ao passar em um concurso.
Dentro do BB, assumiu diversos cargos. Além dos trabalhos em agência, foi assessor na superintendência de São Paulo, gerente-executivo da diretoria de varejo e secretário-executivo do conselho diretor. Ocupou a vice-presidência de varejo de 2006 a 2009, antes de assumir a presidência do banco.
Polêmicas
No ano passado, foi divulgado pela imprensa que Bendine tinha pagado uma multa de R$ 122 mil à Receita Federal para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e a compra de um apartamento pago com "dinheiro vivo". O executivo foi autuado por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda. Na ocasião, ele disse que tinha o costume de guardar dinheiro em casa, segundo a Folha de S. Paulo.
Em outra polêmica, Bendine chegou a entregar o cargo no Banco do Brasil, no final do ano passado. O seu pedido de renúncia, porém, foi adiado em função da escolha do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que o manteve no cargo.
O executivo foi acusado ainda de favorecer à socialite Val Marchiori por meio de um empréstimo concedido pelo banco. O BB teria emprestado R$ 2,7 milhões para Marchiori a partir de uma linha subsidiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O empréstimo contrariava normas dos dois bancos, já que a socialite não teria capacidade financeira para a tomada do crédito. Além disso, ela não teria pagado um empréstimo anterior ao BB. O executivo negou as irregularidades.
Fonte: TERRA
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