segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Quatro pessoas morrem em ocorrências com a Polícia Militar no fim de semana, em Florianópolis


Corporação diz que houve confronto com policiais nos casos.


Marcas de tiros em viatura da PM após ocorrência no bairro Saco Grande. 

Foto: Divulgação / Divulgação
Diogo Vargas

Quatro mortes foram registradas em dois casos que aPolícia Militar afirma ter havido confronto com policiais neste fim de semana, em Florianópolis. A última ocorrência aconteceu na tarde deste domingo, no Continente.

Foi por volta das 15h30min na comunidade da Grota, que fica na região do Monte Cristo. As informações repassadas à Polícia Civil são de que houve perseguição a uma moto depois que ela não parou a uma abordagem de PMs do 22ª Batalhão.

O corpo não estava mais no local quando os policiais civis da Delegacia de Homicídios chegaram e já havia sido encaminhado para o Hospital Regional de São José.

O Corpo de Bombeiros afirmou que havia revolta de moradores pela demora na chegada do atendimento e por isso bombeiros o retiraram do local antes da chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O nome e a idade do morto não foram divulgados. Segundo a PM, trata-se de um foragido da Justiça que tinha mandado de prisão decretado por homicídio. 

As outras três mortes aconteceram no sábado, por volta das 22h, na Rodovia Virgílio Várzea, bairro Saco Grande.

A ocorrência começou por volta das 18h quando, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, um dos mortos, Patrik Nascimento, 28 anos, foragido da penitenciária de São Pedro de Alcântara e que tinha passagens por envolvimento com tráfico e homicídio, invadiu um local com um veículo na Rodovia Haroldo Soares Glavan, em Cacupé.
A Polícia Militar fez buscas, mas Patrik conseguiu fugir pelo manguezal. Horas depois, a PM recebeu a informação de que um carro iria buscar Patrik no Saco Grande e montou um cerco.

Conforme a PM, por volta das 22h de sábado, um Fiat Uno, com outros dois homens, foi abordado por PMs e teve início uma troca de tiros. As outras duas pessoas que morreram são Tairo Martins Fernandes, 22 anos e Wyster Teylor Ribeiro da Silva, 20 anos.

Segundo a assessoria do Departamento Administração Prisional (Deap), Patrik estava atualmente em prisão domiciliar determinada pela Justiça. 

"Chefe do PGC", diz major
No caso de Cacupé, Patrik Nascimento era foragido e seria líder da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

- As mortes em confrontos com a Polícia Militar estão aumentando porque se perdeu o respeito pela polícia. No caso do Cacupé isso ficou evidente na quantidade de tiros disparados contra uma viatura - disse um policial.


DIARIO CATARINENSE

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