Professora que vive no país há 16 anos diz que faltam informações para a população sobre o momento econômico; bancos estão fechados.
A crise econômica que acomete a Grécia gera um clima de medo de confisco, pois as “coisas não estão nada claras neste momento”, relatou a brasileira Débora Pio, que vive no país europeu há 16 anos. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Débora diz que faltam informações sobre a real situação à população.
Segundo ela, que é professora de português na Universidade de Atenas, assim que foi confirmado o fechamento dos bancos, houve uma corrida aos mercados no fim de semana. Nesta segunda, no entanto, as prateleiras já foram repostas, mas o que falta é dinheiro para as compras.
A média salarial no país também está baixa, na casa dos 500 euros, e o desemprego atinge boa parte dos gregos entre 20 e 50 anos. Ainda de acordo com a brasileira, a percepção é que uma eventual saída do país da Zona do Euro seria ruim para todos.
“Isso vai custar muito para comunidade europeia e para a sociedade. Acredito que vão faltar muitos produtos nos mercados no começo. A Grécia não produz tudo o que consome, compra muito de fora, tem muita importação”, avaliou.
Crise
Os bancos gregos amanheceram fechados nesta segunda-feira e o governo limitou os saques em caixas-eletrônicos a 60 euros por pessoa. A medida foi um decreto oficial e as instituições devem permanecer fechadas até o dia 5 de julho.
Essas medidas foram decretadas após a reunião de um comitê encarregado de reagir à crise financeira, para salvar o sistema financeiro do país, que corre o risco de sofrer uma onda de saques com a possibilidade de moratória.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, garantiu, no entanto, que “os depósitos dos cidadãos nos bancos gregos estão absolutamente garantidos”.
Fonte: BAND
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