Divina de Mello critica empresário do sobrinho, Vitor Leonardo, e conta que ele e o pai do cantor, João Reis, já tiveram briga após morte do sertanejo.
Cristiano Araújo passava boa parte do tempo na estrada ou no ar, indo de uma cidade para a outra para fazer seus shows. Mas, apesar de conviver tão intensamente com essa rotina de viagens, ele nunca se sentiu tão seguro. Em conversa com o EGO na manhã desta terça-feira, 30, Divina de Mello, tia do sertanejo, contou que ele sempre se preocupou com a possibilidade de sofrer um acidente e reclamava da correria.
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"O Cristiano tinha medo de morrer em um acidente, falava nisso se preocupando com os filhos. Reclamava que estava exausto, muito cansado mesmo, nas mensagens que mandava para a mãe. Mas não tinha como deixar de trabalhar, né? O problema é que os empresários só visam o lucro. Veem o cantor como uma máquina de fazer dinheiro, não como um ser humano. Eles tinham muita ganância. Esse carro que ele usava para viajar, por exemplo, tinha que passar sempre por revisão, pelo menos de 15 em 15 dias. Mas isso não era feito. Eles só querem sugar", criticou.
Vitor Leonardo, empresário que estava com Cristiano no momento do acidente, foi o principal alvo das críticas de Divina. Ela revelou que ele e o pai do cantor, João Reis, já tiveram um desentendimento após a morte do rapaz. A afirmação foi feita quando questionada sobre o estado emocional de João, que mal conseguia ficar de pé durante o sepultamento do filho.
"Conformado o João ainda não está. Mas ele está tendo que ter força para agir e resolver algumas coisas. Agora os urubus já estão em cima da carniça. Já aconteceram divergências porque teve gente querendo fazer o papel de pai do Cristiano depois da morte dele. O Vitor Leonardo ligou da UTI para proibir a entrada de qualquer pessoa na mansão. Mas o João já tinha ido lá para pegar todas as senhas e mandou um recado para ele: 'Fala que não quero mais que ele coloque os pés aqui. Pode mandar alguém buscar as roupas dele'", detalhou.
Segundo ela, João Reis nunca gostou de Vitor, mas o filho colocava panos quentes na situação: "Ele não era a pessoa ideal para estar com o Cristiano. Só não tomou o lugar dele nos palcos porque não cantava. Mas manipulava ele demais e o afastou da família. Ele nunca andou no ônibus com o resto da equipe, só viajava de avião. Só fez inimizades desde que começou a trabalhar, ninguém da banda gostava dele. Ele se aproveitou demais do meu sobrinho, ganhou muito dinheiro. Tinha um salário de R$ 40 mil por mês. Não falamos com ele depois do acidente e não sei como vai ficar essa situação. Mas acho que ainda vai ter briga. É muito triste ter que lidar com uma situação dessa ainda em luto".
Homenagem nas redes sociais
Nesta segunda, 29, Vitor Leonardo fez uma homenagem ao sertanejo nas redes sociais. Em sua conta no Instagram, ele compartilhou uma foto em que aparece ao lado do artista. "Te amo, meu irmão... Estaremos sempre juntos", escreveu.
Como estava no veículo no acidente ocorrido na rodovia BR-153, o empresário foi convocado pela Polícia Civil a prestar depoimento. Segundo o delegado Fabiano Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, ele será ouvido ainda nesta semana.
O motorista do automóvel, Ronaldo Miranda, prestou depoimento no domingo, 28, e assumiu que diriga acima do limite de velocidade permitido na estrada. Se for comprovada a imprudência dele ao volante, o profissional poderá ser indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) na direção de veículo automotor.
Como estavam usando o cinto de segurança, Vitor Leonardo e e Ronaldo Miranda sofreram apenas pequenas lesões no acidente de carro. Eles chegaram a ser internados em Goiânia, mas receberam alta dias depois.
Pneu furado
Em seu depoimento à polícia, Ronaldo contou que perdeu o controle do carro porque um dos pneus furou. Ele não ouviu um estouro, como chegou a ser divulgado por parentes do motorista, mas quando escutou o barulho do pneu vazio não teve tempo de contornar a situação.
A versão de que as rodas do carro não eram originais de fábrica foram confirmadas pelo motorista. De acordo com ele, elas foram alteradas por estética e doadas por um amigo em comum dele e de Cristiano Araújo. Esse amigo também tinha um Range Rover e quis vendê-lo. Para comercializá-lo, ele colocou as rodas originais de volta no veículo e retirou as modificadas, doando-as a Cristiano.
O motorista não soube especificar quanto tempo de uso tinham essas rodas e o amigo que as doou será convocado pela Polícia Civil a prestar esclarecimentos.
Fonte: G1
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