terça-feira, 28 de julho de 2015

Ambientalistas acusam dentista americano de matar leão símbolo do Zimbabue


Morador do estado de Minnesota já tem uma condenação por caça ilegal, segundo jornal local 

RIO - Ambientalistas no Zimbabue acreditam ter identificado o homem que matou Cecil, o leão mais famoso do país africano. Segundo a Força Tarefa de Conservação do Zimbabue (ZCTF, na sigla em inglês) o americano Walter Palmer pagou US$ 50 mil (mais de R$ 150 mil) para caçar o animal de 13 anos, considerado um símbolo nacional. 

O dentista de 55 anos mora no estado de Minnesota, nos EUA, e já tem uma condenação por caça ilegal, segundo a imprensa local. Casado e pai de dois filhos, Palmer viu sua página no Facebook ser inundada por protestos de ser identificado como o assassino do leão. Uma pessoa escreveu que gostaria de ver a cabeça do americano pendurada numa parede. 

Principal atração do Parque Nacional de Hwange, Cecil foi morto no último dia 1 de julho. O responsável usou como armas um rifle e uma besta. Segundo autoridades, o animal agonizou por 40 minutos antes de morrer. Depois, foi decapitado e teve sua pele removida. O crime causou uma comoção no país e teve repercussão internacional. 

Cidadãos do Zimbabue, um caçador profissional e um fazendeiro, ambos envolvidos na caçada, estão respondendo a processo, já que o grupo não tinha licença para isso. Esses supostos facilitadores podem pegar até 15 anos de cadeia. Eles devem se apresentar perante um tribunal nesta quarta-feira. 

A Autoridade de Parques nacionais e Vida Selvagem no Zimbabue informou ter recebido a identificação do ZCTF, mas afirmou ainda não ser capaz de confirmar a informação. 

Em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal "Minnesota Star Tribune", do estado onde mora, o dentista de 55 anos não negou a acusão. Ele disse apenas que "obviamente, algumas coisas estão sendo mal informadas". Ele ficou de divulgar um depoimento ainda na terça. 

Palmer, segundo o "Star Tribune", já foi condenado por caçar ilegalmente um urso no estado americano do Winsconsin. 


Fonte: O Globo

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