quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A Importância do Petróleo

A Importância do Petróleo

A importância que tem o petróleo em nossa existência é imensa: se este precioso líquido viesse a falar, as nossas cidades, as nossas indústrias, os meios de transportes parariam como por efeito de uma mágica, e uma súbita paralisia bloquearia quase todas as nossas atividades.
Mas, é tão importante assim o petróleo? Certamente, e não só por que faz mover os automóveis, os navios, os aviões, mas, também, porque ele tem uma infinidade de aplicações e empregos, além do campo de transportes, tanto que podemos dizer que os produtos derivados do petróleo são utilizados, sob as formas mais diversas, praticamente em tudo.
Com a palavra petróleo indica-se, em geral, as substâncias minerais líquidas que se encontram juntas no subsolo e cujo nome é hidrocarboneto; o petróleo, de fato, que se usa também em casa e que podemos comprar nas mercearias, não é mais do que um dos muitos produtos que se pode extrair dos hidrocarbonetos; agora, porém, seu nome é usado comumente para indicar o conjunto de hidrocarbonetos que se pode extrair das vísceras da terra. Os hidrocarbonetos, encontram-se, realmente, em grandes jazidas subterrâneas, em muitas partes da terra e, destas jazidas, devem ser extraídas para poder-se, depois, explorá-los industrialmente.

Como se formou o petróleo nas jazidas?

Petróleo brutoDiz-se, comumente, que ele tem origem “orgânica”, isto é, deriva da transformação de substâncias orgânicas, sobretudo da decomposição de organismos marinhos. Naturalmente, para explicar esta origem, é preciso recuar muito no tempo, a milhares e milhares de anos atrás.
No passado, realmente, nas zonas em que hoje foram descobertas as jazidas petrolíferas, grandes quantidades dessas substâncias, plantas, folhagens, inteiras florestas e restos de animais de todos os gêneros que ficaram sepultos sobre a terra, seja pela ação das chuvas ou do vento, seja por obra de terremotos e de grandes cataclismas do solo. Estas substâncias, com o decorrer dos séculos, foram lentamente se transformando naquele conjunto de líquidos que nós conhecemos sob o nome de petróleo.
A este ponto, convém saber que o subsolo não é formado sempre pelo mesmo tipo de terra que nós vemos na superfície, mas apresenta uma composição muito variada, pelo que se alternam muitíssimas camadas de material de diversa consistência. Assim, a uma camada de terra porosa, através da qual a água pode filtrar, pode seguir-se uma camada de rocha, que não pode ser atravessada pelas águas subterrâneas. No subsolo há, também, camadas permeáveis e camadas impermeáveis.
O petróleo, quando está no subsolo, constitui verdadeiros e próprios lagos subterrâneos, que se encontram entre uma camada e outra, ou então, impregna camadas de terreno permeável; e como o petróleo, justamente como acontece com o óleo nas garrafas de vinho, flutua sobre a água, tende sempre a vir para o alto: naturalmente, sobe até que encontre uma camada de terreno absolutamente impermeável, que bloqueia o movimento das massas de hidrocarbonetos, ou seja, quando a camada tem mais ou menos o formato de um V de ponta para cima.
Agora, é fácil compreender que, se o Homem, com seus aparelhamentos, consegue praticar um furo através da camada impermeável, o petróleo, que procura subir, encontrará uma saída através desta abertura e jorrará, como um chafariz, até a superfície.
Os poços petrolíferos são constituídos justamente por essas perfurações, que são realizadas por adequadas perfuratrizes ou sondas de grandes dimensões, sustentadas por “torres de perfuração”, a quem os americanos chamam derricks; elas atingem, hoje, profundidades de quatro mil ou cinco mil metros e até demais.
O petróleo, uma vez extraído, é conduzido, em geral, mediante longuíssimas tubulações, chamadas oleodutos, até aos portos de embarque, nos quais é carregado sobre navios devidamente aparelhados para seu transporte: os petroleiros. Estes navios, descarregam o petróleo “bruto” nos lugares onde estão instaladas as refinarias, grandes estabelecimentos, onde se processa o preparo do óleo bruto para obter-se os produtos de uso corrente. O óleo bruto, como se sabe, é composto de vários hidrocarbonetos e a refinação consiste em separar os diversos produtos à medida que, aquecidos, se evaporam. No início, obtém-se os produtos mais puros: nafta, petróleo para iluminação, óleos lubrificantes e, finalmente, vaselina, parafina e asfalto.

Conclusão

Deste breve resumo é fácil compreender o porquê da grande importância do petróleo: seus derivados são empregados, pode-se dizer, em quase todas as atividades humanas. Da gasolina, que faz mover os automóveis e aviões, à nafta, que serve para os motores Diesel, de caminhão e das automotrizes, àqueles gigantescos dos navios. Do petróleo, pode-se obter até eletricidade: nas centrais termoelétricas, de fato, os dínamos que produzem energia são acionados por motores Diesel. Os óleos lubrificantes são indispensáveis para o bom funcionamento de qualquer tipo de motor; os asfaltos e os betumes são empregados na construção de rodovias, mas não é tudo: do petróleo obtém-se, hoje, até matérias plásticas.
Entretanto, este líquido, hoje tão indispensáveis, há somente poucas dezenas de anos atrás, era considerado quase que inútil.
No princípio do século passado, quando os russos se apoderaram da região petrolífera de Baku, o Tzar Alexandre ordenou o envio àquela região de uma comissão de cientistas da Academia Imperial de Ciências para conhecer as possibilidades de exploração daquele “óleo do solo”. Eis o estranho parecer de tais cientistas: “O petróleo é um mineral despido de qualquer utilidade. É um líquido que não é suscetível de nenhum emprego, exceto o de engraxar as rodas das carroças locais, que estridem terrivelmente”.
Por: Noemias Ceolin

Veja também:

http://www.coladaweb.com/geografia/exploracao-do-petroleo

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