terça-feira, 8 de setembro de 2015

Guia dos SUVs: compare os modelos novos e os mais vendidos G1 mostra dados de 9 carros até a faixa dos R$ 90 mil. A base são critérios preferidos de quem compra ou deseja um SUV.

Guia dos SUVs: compare os dados de 9 modelos incluindo Chevrolet Tracker, Ford EcoSport, Jac T6, Hyundai Tucson, Honda HR-V, Jeep Renegade, Mitsubishi ASX, Peugeot 2008 e Renault Duster (Foto: Fotografia/G1)


Espaçoso e robusto, com posição mais alta de dirigir, porta-malas onde cabe tudo... Estas foram algumas das justificativas citadas para compra ou "namoro" com um SUV por consumidores ouvidos pelo G1 nos últimos meses.
impressões

O segmento dos carros que juntam o melhor do sedã com a "pegada" esportiva foi o que mais cresceu em 2014 --ano ruim de vendas de carros, em geral - e continua se "salvando" neste ano, apoiado nos modelos compactos e em lançamentos, que, em poucos meses, entraram para o ranking dos mais vendidos.

Para ajudar na escolha de quem deseja um SUV, o G1 lista abaixo os dados de 9 utilitários compactos até a faixa de R$ 90 mil. Entre eles estão os que figuram na lista dos mais vendidos em 2015, de acordo com a Fenabrave, a associação das concessionárias, e os principais lançamentos do ano na categoria.


Os critérios usados para a comparação são os mais citados pelos consumidores entrevistados como razão pela qual eles se encantaram pelos SUVs. Para finalizar, um quesito mais "realista": custos. Os dados são os fornecidos pelas montadoras.

Um dos trunfos dos utilitários esportivos é, em geral, contar com espaço interno mais generoso do que em sedãs. O tipo de carroceria ajuda na hora de acomodar os mais altos, enquanto a própria altura do veículo passa a sensação de mais espaço.

A medida que melhor representa o espaço para os passageiros é a aferida entre os dois eixos das rodas, a chamada distância entre-eixos. Neste quesito, ASX e Duster são praticamente imbatíveis, com 2,67 metros. Na outra ponta, o menor entre-eixos é o do EcoSport, com 2,52 m, ou apenas 3 centímetros a mais do que um Ford Ka sedã.

Na capacidade do porta-malas, quem leva a melhor é o Tucson, com 644 litros. Os menores bagageiros são do Tracker, com 306 litros, e do Jeep Renegade, com 260 litros – menor até do que o de compactos, como VW Up! e Chevrolet Celta. A Jeep diz que o volume foi aferido pela filial italiana da marca. Uma nova medição deve ser feita, e, segundo a Jeep, deve se aproximar dos 300 litros.

Muita gente que opta por um SUV escolhe este tipo de veículo pela posição de dirigir elevada, que dá uma sensação de vista panorâmica ao motorista. Neste caso, além da regulagem de altura do banco do motorista, presente em todos os modelos listados, a altura da carroceria e o espaço entre o banco e o teto são medidas que podem ajudar a descobrir um modelo que proporcione a melhor “vista” para quem está ao volante.

Entre os listados, o Tucson é o mais alto, com 1,73 m, seguido de perto pelo Renegade, com 1,72 m, e o EcoSport, com 1,70 m. Os mais baixos são 2008, que tem 1,55 m, e o HR-V, 1,59 m. Dentro do veículo, o modelo que mais oferece maior sensação de espaço em altura é o Renegade, com 105 cm de espaço entre o banco e o teto nos assentos dianteiros. Já o Duster ocupa a lanterna, com apenas 91 cm na dianteira.

A sensação de robustez e o design de um SUV também contam, dizem os consumidores, mas são critérios mais subjetivos. Grandões e com para-choques largos, os utilitários esportivos costumam dar a impressão de que encaram qualquer terreno: essencialmente, seria assim. Mas modelos como HR-V e Tracker não negam que adoram uma rua asfaltada -a própria Honda afirma que o forte de seu modelo não são as estradas de terra.

Nenhum deles oferece tração 4x4, apenas dianteira. O Chevrolet, com suas enormes rodas de 18 polegadas, pneus de perfil mais baixo e suspensão de curso limitado, dá pistas de que também não é muito adepto de trilhas. Coincidentemente, tanto Honda como Chevrolet não divulgaram os ângulos de ataque e saída de seus modelos.

Renegade e Duster são os que mais apostam em um visual aventureiro. O Jeep tem detalhes que remetem à história da marca que é sinônimo de carro usado em trilhas. Ambos contam com oferta de tração 4x4, além do EcoSport. O Renegade ainda leva vantagem por oferecer um seletor de terrenos de menor aderência.


A Honda não forneceu a distância para o solo do HR-V. No quesito, o que mais longe fica do solo é oASX, com 22 cm, e o Tracker, com clara vocação urbana, é o mais propício a raspar o assoalho em pedras ou lombadas mais altas. São apenas 15 cm em relação ao solo.

Na hora de encarar obstáculos, o Duster também se sai bem em ângulos de ataque e saída. São 30 e 34,5 graus, os melhores números do grupo, seguido pelo Renegade com 31,3 e 33,3 graus, respectivamente, na versão Trailhawk, a mais cara. Curiosamente, considerando as demais versões do Jeep, Sport e Longitude, ele passa a ser o pior no quesito, com ângulo de ataque de 20,4 graus e, de saída, de 29,4 graus.


Além de critérios mais emocionais, preço de compra e custos para manter um SUV podem fazer a diferença na escolha. O G1 listou o valor de todas as revisões até os 60 mil km, além de uma cesta de peças, com os seguintes itens: para-choque dianteiro, farol dianteiro esquerdo, jogo de pastilhas de freio dianteiras e amortecedores dianteiros.

Em preço de compra, o Duster é o mais barato dos 9, partindo de R$ 59.990 na versão 1.6 Expression. Porém, é o menos equipado do grupo, nesta configuração. O Tracker é o mais caro, com preço inicial de R$ 90.990, em versão única. Mesmo assim, deixa de oferecer itens como controle de tração ou estabilidade e ar-condicionado digital, presentes em rivais, desde as versões básicas.

Na manutenção, o T6 promete ser o que menos vai “judiar” do proprietário. As revisões até 60 mil km do Jac são as mais em conta da turma. Somadas, elas saem por R$ 2.932. Neste ponto, o Tracker aparece novamente como o pior entre os SUVs aqui reunidos. As manutenções programadas do GM custam salgados R$ 4.504, mais do que o dobro do custo da manutenção do Tucson.

Na troca de peças, no entanto, as do T6 foram as mais caras, cotadas por R$ 3.606. Em seguida, vêm os componentes de Tucson, por R$ 3.307, e ASX, por R$ 3.249. A Chevrolet não divulgou os preços de peças do Tracker. A sua cesta do Duster, de R$ 1.519, foi a mais barata da lista, seguida pela doEcoSport, de R$ 2.092.

Bebe muito?
Antes de migrar para um SUV é bom considerar também o consumo de combustível. Alguns carros pequenos, como Ford Ka,Renault Clio e Volkswagen Up! já conseguem médias acima de 9 km/l na cidade, com etanol, de acordo com o Inmetro. São equipados com câmbio manual e motores leves, de 1.0 litro.

Um sedã médio, com motor 2.0 e câmbio CVT, voltado para economia de combustível, tem consumo em torno de 6,5 km/l e 7 km/l, também no trajeto urbano e com álcool, de acordo com o instituto.

Entre os SUVs citados neste comparativo, as médias para cidade ficam em torno dos 7 km/l, com etanol, para as versões mais baratas, com câmbio manual. Com CVT, para os que têm essa opção, a tendência é a média melhorar um pouco. Com transmissão automática, ela piora, também um pouco (veja a tabela completa do Inmetro).

A pior média na cidade é do Tucson (5,2 km/l, com etanol, e 7,2 km/l, com gasolina). O Tracker não entra na análise porque a Chevrolet não cede carros para a avaliação do Inmetro. O Jac T6 também não foi analisado.



http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/07/guia-dos-suvs-compare-os-modelos-novos-e-os-mais-vendidos.html

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