terça-feira, 8 de setembro de 2015

Honda CG 160 Fan e CG 160 Titan 2016: primeiras impressões CG 160 traz mais potência para substituir a moto mais vendida do Brasil. G1 mostra em vídeo todos os detalhes da evolução da CG 150.

A Honda CG 160 chega ao Brasil com a missão de substituir a moto mais vendida do país até então, aCG 150. A principal mudança é a introdução do novo motor, de maior cilindrada e mais potente, para as configurações Fan e Titan. Com novidades também no visual, a moto ficou cerca de R$ 600 mais cara.

VEJA OS PREÇOS:
Honda CG 160 Fan: R$ 7.990
Honda CG 160 Titan: R$ 9.290
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Esta renovação aconteceu apenas 2 anos após a chegada da8ª geração e a CG acabou herdando daNXR 160 Bros o novo motor desenvolvido para o mercado brasileiro. Mais moderno e de melhor desempenho, o propulsor surge como um diferencial da Honda em relação à Yamaha Fazer 150, que também tem conjunto atualizado.

Aliás, as utilitárias de 150/160 de Honda e Yamaha estão alguns passos à frente das rivais, como aDafra Riva 150, ainda utilizando carburador, e a Suzuki GSR 150i, que tem visual antiquado.
Honda CG 160 Fan (Foto: Caio Mattos / Divulgação)

Motor melhorou
O G1 experimentou a CG 160 no lançamento, no Recife.Como já havia ficado claro na avaliação da Bros, o novo motor de 162,7 cc flex da Honda melhorou seu funcionamento em comparação ao antigo 149,2 cc.

A potência passou de 14,3 cavalos a 8.500 rpm para 15,1 cv a 8.000 rotações por minuto, enquanto o torque subiu de 1,45 kgfm a 6.500 rpm para 1,54 de torque a 6.000 rpm.

Não é um crescimento avassalador, mas traz um pouco mais de conforto para a condução, além de não ser necessário "esgoelar" tanto a moto. Como este motor de 1 cilindro foi trabalhado do zero, sua nova concepção interna também transfere menos vibração ao motociclista.

De acordo com a marca, este novo mocilíndrico está adequado às novas regras de emissões para motos previstas para entrar em vigor no próximo ano. Para se enquadrar nas regras, o novo tanque, que recebeu formato mais esportivo, também ganhou tampa mais moderna, que diminui os efeitos de evaporação do combustível.
Honda CG 160 Titan EX (Foto: Caio Mattos / Divulgação)

Na prática, a cilindrada extra também evitou que o motor antigo da moto tivesse a performance reduzida, o que também poderia ser um artifício para se encaixar nas regras para menor poluição. Além de melhorar quando comparada à antiga CG 150, a CG 160 também tem mais potência que a Bros 160: na trail, o motor rende 14,7 cavalos.

A explicação está que as entradas de ar no motor da CG são mais amplas, porque, na Bros, modelo indicado para uso misto, é necessária maior proteção para evitar a entrada de água, por exemplo. Mas o torque da CG é levemente inferior, já que na Bros atinge 1,6 kgfm.
Conforto aumentou
Com o objetivo de ser um modelo para rodar por horas e horas na cidade, o conforto foi sempre um dos pontos altos na CG. Para a 9ª geração, um pequeno rebaixamento na altura das pedaleiras fez a posição de pilotagem ficar mais tranquila, com as pernas menos flexionadas.

No guidão, mantendo o mesmo posicionamento elevado, os braços pode ficar relaxados, como manda o segmento das utilitárias. As suspensões e chassi seguem os mesmo em relação à 150, apenas um reforço foi feito em sua base, para receber maior.

A moto tem um comportamento bem equilibrado, sem amortecedores rígidos nem moles demais. O sistema de frenagem segue o mesmo, com freios a disco na dianteira de Fan e Titan, mas mantendo o tambor na traseira.
Painel Honda CG 160 Titan (Foto: Divulgação)

Como já havia demonstrado na CG 150, seu funcionamento é um pouco “borrachudo”. Isso por causa da adoção do flexível expansível no cabo do freio, que diminui a pressão no líquido, tornando a freada mais suave e exigindo força extra do motociclista para conseguir parar a moto.

Segunda a Honda, não é um defeito, e sim uma escolha: a marca diz que o usuário prefere um freio com este comportamento, no lugar de uma “mordida” mais forte.

Como já havia ocorrido na Titan EX 2015, a Titan 2016 conta com freios do tipo combinado de série. Esse dispositivo funciona repartindo a frenagem: quando se aciona o pedal de freio traseiro, um dos 3 pistões do disco dianteiro também entra em ação. A ideia é corrigir uma prática inadequada dos motociclistas brasileiros de só utilizar o freio traseiro da moto – o correto é utilizar o traseiro e o dianteiro (veja mais no Guia Prático).

A partir de 2016, as motos serão gradualmenteobrigadas a ter freios do tipo CBS ou ABS, dependendo de sua cilindrada. Em 2019, a utilização destes sistemas será obrigatória a 100% das motos novas. Como o G1 já havia mostrado, o funcionamento do CBS na CG é eficaz e ajuda a moto a parar no asfalto em menor distância e com melhor estabilidade.

CG ficou mais top e cara
Outras alterações na CG 160 ocorreram no visual, com a adoção de novas carenagens laterais, novo tanque, escapamento, laterais e para-lama.

A CG 160 Fan abandonou de vez a opção com roda raiada e sua carenagem dianteira também ganhou nova pintura, apesar de manter o desenho.

Para a Titan, as alterações foram ainda maiores: suas carenagens, do farol e do tanque, são exclusivas, assim como o desenho de sua roda de liga-leve. O painel também é mais esportivo, com conta-giros, e a traseira também busca esse ar de esportividade com desenho mais fino e suporte de placa maior.

Outro detalhe especial pode ser visto no pedal de freio, mais fino e na cor preta. O pneu traseiro também é levemente mais largo e baixo que o da Fan.

Conclusão
Com a linha 2016, a CG nunca esteve tão top, especialmente a Titan. Segundo a marca, é exatamente isso que os compradores da 150, e agora da 160, buscam: uma exclusividade em relação às rivais. A moto é geralmente comprada por quem tinha um modelo inferior.

Mas as novidades também trouxeram mais custos e essa é a CG mais cara de todos os tempos. A CG 160 Fan sai por R$ 7.990, equivalente a antiga CG 150 Fan ESDi, que custava R$ 7.357, enquanto a CG 160 Titan custa R$ 9.290, substituindo diretamente a CG 150 Titan EX, vendida a R$ 8.639.

Como a versão ESD (R$ 8.113) da Titan foi descontinuada, a diferença entre os modelos aumentou, mas as duas ficam próximas à principal concorrente, Fazer 150, vendida por R$ 8.960.

A expectativa da Honda é vender 200 mil unidades da Fan e 150 mil da Titan no prazo de 1 ano. Com o mercado de motos em queda, a previsão chega a ser otimista, já que, juntos, os modelos venderam 347.209 unidades.
Honda CG 160 Titan tem traseira diferente (Foto: Divulgação)

http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2015/08/honda-cg-160-fan-e-cg-160-titan-2016-primeiras-impressoes.html

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