Amanhã, dia 29 de outubro, se comemora o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Criada em 2006 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a data foi escolhida para conscientizar a população sobre as formas de prevenção e tratamento de uma das doenças que mais matam no mundo inteiro e que é a número um no Brasil e na Bahia. De acordo com o neurologista e Presidente da Sociedade de Neurologia da Bahia (SNB), Aroldo Bacellar, a estimativa é de que cerca de 45 pacientes a cada 100 mil habitantes morram por ano no estado e, ao todo, 15 mil casos de AVC ocorram todo o ano por aqui. “Em torno de 60% dos que passam por isso morrem ou ficam inválidos. Apenas o terço restante consegue se recuperar”, disse ele.
Dentre as principais causas que podem levar ao AVC estão outras problemas como tabagismo, hipertensão, doenças cardíacas e colesterol elevado. Vale ficar atento também ao estresse do dia a dia e ao sedentarismo, cada vez mais comuns na população.
Antes predominante em idosos, Bacellar aponta que crianças e jovens também estão entrando no chamado grupo de risco. “As crianças por conta de doenças como anemia falciforme e problemas cardíacos congênitos. Os jovens, por outro lado, estão ficando mais acometidos por que bebem e fumam mais, além de ficarem hipertensos cada vez mais cedo.
Apesar de todos esses fatores, muitos deles não se cuidam da forma como deveria, evitando procurar o serviço de saúde adequado”, comentou. Para evitar mais mortes, o especialista diz que as primeiras horas após o início dos sintomas são fundamentais. “As quatro horas posteriores podem determinar a vida ou a morte do paciente, por isso é importante logo chamar as equipes de socorro”, alertou.
De preferência, o indivíduo que estiver acompanhando o paciente deve ficar atento a alguns sinais de alerta como dificuldade súbita de fala ou entendimento de alguma coisa, fraqueza ou dormência em um ou mais membros do corpo e na face, desequilíbrio ou dificuldade para andar, além de observar se as dores de cabeça estão acompanhadas por vômitos. Segundo ele, alguns testes rápidos podem ajudar a avaliar se o diagnóstico é de AVC ou não.
Primeiro, deve-se pedir ao paciente que repita uma frase ou cante uma música. Depois, peça para que ele sorria. “Se ele desviar o lábio, devemos ficar mais atentos”, contou Bacellar. Por último, peça a ele que estenda os braços para cima. Se um deles cair, é praticamente sinal de que ele está passando pelo problema.
Vale salientar que o AVC é diferente do ataque isquêmico transitório (AIT), ou simplesmente isquemia. “Trata-se de um déficit de circulação na área do cérebro mas, como o próprio nome já diz, é transitória. No entanto, paciente deve ficar atento nos 30 minutos seguintes, pois ele pode se transformar ou não, em um AVC”, explicou o presidente da SNB.
Para diminuir os riscos, Bacellar destaca que o paciente que possa estar no grupo de risco deva melhorar o estilo de vida, apostando em uma dieta adequada aliada a prática de exercícios físicos regulares, sem contar com as idas constantes a especialistas como clínicos gerais, cardiologistas, neurologistas e endocrinologistas.
“Infelizmente a maioria ainda não se trata da forma devida achando que isso não vai acontecer com elas”, salientou. Já para aqueles que passaram pela situação, devem reforçar ainda mais a presença no médico. “É ele que vai identificar as principais causas que levaram ao AVC. A partir daí, o acompanhamento terá de ser maior para que novas situações não possam ocorrer. Do contrário, uma segunda ou terceira situação pode ser muito mais grave”, comentou.
http://www.muraldotocantins.com/2015/10/avc-aumenta-entre-os-jovens-e-casos.html
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