segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Cálculo do IMC é diferente para quem já passou dos 60. Metabolismo da terceira idade é mais lento, portanto medida que avalia o peso ideal não pode ser a mesma que a de adultos jovens

Metabolismo da terceira idade é mais lento, portanto medida que avalia o peso ideal não pode ser a mesma que a de adultos jovens


Foto: Divulgação / Ver Descrição

Greyce Vargas/Especial

Muitos sites disponibilizam a famosa calculadora do IMC, o índice de massa corpórea. Basta informar altura, peso e sexo e clicar. Em poucos segundos, o resultado estará na tela. Poucos serviços perguntam a idade de quem quer saber se está dentro ou fora do peso ideal. Em geral, quem estiver acima de 25 deve ficar preocupados, afinal, os cálculos indicam que o peso está bem além do ideal.

O cálculo básico do IMC não pode ser aplicado em crianças. Pessoas com mais de 60 anos não são levados em conta nessa tabela comum. A idade também deve ser levada em conta no resultado sobre o peso ideal.

– A forma de calcular é a mesma. No entanto, o resultado para a terceira idade indica algo diferente – explica Rafael Longhi, professor de Nutrição da UFRGS e IPA.



É considerado um peso normal quem, com mais de 60 anos, está com IMC entre 22 e 27. A obesidade já pode ser considerada quando o cálculo passa de 27. Idosos não pode, no entanto, usar apenas o resultado do IMC em conta.

– Dobras cutâneas, percentual total de gordura corporal e IMC devem, juntos, ser feitos por um profissional. O ideal é que quem já passou dos 60 consulte com um nutricionista a cada 45 dias – diz.

Na avaliação, o tamanho do tríceps e da panturrilha devem ser levados em conta. Não há um padrão total normal. Cada pessoa possui um resultado diferente que inclui a massa muscular e fatores genéticos.

– Dois números podem ser estabelecidos como critérios iniciais: que o percentual de gordura ideal na terceira idade é 26% e que uma panturrilha menor do que 31cm indica que algo não vai bem – aponta o professor.

Se as pernas sustentam todo o corpo, elas devem ser fortes, presume Longhi. Por isso, atletas, por exemplo, podem ser uma panturrilha considerada grande, com mais de 90 cm, mas com músculos trabalhados e não necessariamente gordura.

Problemas cardiovasculares, depressão e osteoporose são doenças com maior prevalência em pessoas nessa faixa etária. Por isso, o acompanhamento de um nutricionista pode ajudar, associado a outros profissionais, a melhorar a qualidade de vida dos idosos.

– Uma pessoa pode receber uma indicação de dieta agora e, nesse intervalo de tempo, em 45 dias em média, pode aumentar a massa muscular, alternar o percentual de gordura, ganhar ou perder peso. Mudar e equilibrar a dieta é muito importante, mais ainda do que apenas, de tempos em tempos, refazer o cálculo do IMC.


DIÁRIO GAÚCHO

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