domingo, 15 de novembro de 2015

Governo vai destinar R$ 10 milhões para pesquisar a fosfoetanolamina


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou nesta quinta-feira (12) que deverão ser destinados R$ 10 milhões para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina em um período de 2 anos. Deste total, R$ 2 milhões serão alocados do orçamento de 2015. Em 2016 e 2017, serão aplicados mais R$ 8 milhões.

Nesta quarta-feira, segundo nota da pasta, foi definido pelo ministério um plano de trabalho para validar tecnicamente a molécula fosfoetanolamina, que poderia vir a ser usada no tratamento do câncer, caso tenha sua efetividade comprovada. Na segunda-feira (16), um grupo de cientistas deve apresentar um cronograma preliminar para a validação dos efeitos da molécula.


A ideia é que estudos sejam conduzidos por laboratórios que têm parcerias firmadas com o MCTI, além do Instituto Butantan e de institutos ligados ao Ministério da Saúde. O grupo envolvido na validação contará ainda com a participação de uma comissão do Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos.


Até o momento, o grupo de pesquisadores que desenvolveu a síntese da fosfoetanolamina alegava que os testes clínicos não tinham sido concluídos pois havia má vontade por parte da Anvisa.


Ministério recomenda não usar
A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso da substância até que os estudos sejam concluídos. Castro afirmou ainda que a preocupação do Ministério a Saúde é que as pessoas deixem de lado os tratamentos já estabelecidos para aderir à substância, que ainda não tem eficácia comprovada.


A existência de relatos de cura entre pacientes que recorreram à fosfoetanolamina não comprova a eficácia da substância contra o câncer.


Estudos com seres humanos necessários para que uma substância seja considerada um medicamento, chamados testes clínicos, têm planejamento e controle rigorosos, além de um acompanhamento contínuo dos pacientes.


Fonte: Bem Estar/G1

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