domingo, 8 de novembro de 2015

Os terríveis efeitos da infidelidade conjugal -- "Mas o homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói." Provérbios 6:32

Os terríveis efeitos da infidelidade conjugal

"Mas o homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói." Provérbios 6:32

O lar cristão deve ser a continuação da igreja, porque, num sentido mais profundo, é a igreja também. O relacionamento entre os membros da família deve ser tão santo em casa, quanto na igreja. Dentre as características de um bom relacionamento familiar, destacamos a fidelidade. Esta é indispensável para que se mantenham inabaláveis os alicerces do lar. Os pais precisam ser fiéis entre si e aos filhos e estes aos pais, todos fiéis uns aos outros.

João, evangelista e presbítero, dirigindo sua terceira epístola a Gaio, diz: "Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos" marcante dos verdadeiros cristãos. O oposto disso, ou seja, a infidelidade, é um terrível inimigo, que tem destruído inteiramente muitos lares e famílias. Neste aspecto, avulta com maior gravidade, a conjugal: o esposo, o pai de família, sendo infiel à esposa e vice-versa.

A infidelidade é um mal que não é de hoje, mas que, nos tempos atuais, tem-se tornado muito comum nos lares sem Cristo, e também tem atingido muitos lares cristãos. A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para a destruição e desagregação da família. A Bíblia diz que o marido deve amar a sua esposa da mesma forma que Cristo ama a Igreja.Ora, o Senhor ama a Igreja com sinceridade, e sobretudo, com fidelidade. Esta fidelidade é tão grande, que "se formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.1.'3).
Mas Satanás diz ao esposo: "ora, não é nada demais; procura unir-te a outra mulher: a tua já não te agrada. No fim, tudo dará certo. - Os teus amigos não possuem outras mulheres?". Com isso, o inimigo procura desfazer o plano de Deus para a vida conjugal. E muitos homens, mesmo cristãos, têm cedido a essa tentação diabólica, cometendo adultério e prostituição, e desprezando o lar, a esposa, os filhos e seu próprio nome e, o que é pior: desprezando a Deus. A infidelidade, inimigo cruel, não acontece de repente.

Adultério - Conceito e origem da palavra.
A palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave que no tempo da lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22).

É necessário estar alerta para as ciladas do Inimigo. Muitas vezes, a causa do adultério, ou melhor, dos fatores que contribuem para a infidelidade, está sendo fomentada dentro do próprio lar: Com o passar dos anos, o esposo e a esposa deixam de cultivar o amor verdadeiro. Aquelas expressões de carinho dos primeiros tempos ficam esquecidas. O afeto vai desaparecendo entre os dois. No entanto, a necessidade de afeto continua a existir em cada um. É a chamada carência afetiva, que leva muitos a se decepcionarem com o casamento.

As lutas do dia-a-dia também tendem a desfazer o clima amoroso entre o casal, se não forem adotadas providências para cultivá-lo. O lar, em muitos casos, passa a ser uma espécie de pensão, na qual o marido é o hóspede número um. Proceder fielmente em tudo é uma característica marcante dos verdadeiros cristãos. O oposto disso, ou seja, a infidelidade, é um terrível inimigo, que tem destruído inteiramente muitos lares e famílias. Neste aspecto, avulta com maior gravidade, a infidelidade conjugal: o esposo, o pai de família, sendo infiel à esposa e vice-versa.

Enquanto isso, fora do lar, os cônjuges, no trabalho, no círculo de amizades, encontram sempre alguém que lhes dê atenção e se interesse (ou finge se interessar) pelos seus problemas.

Então Satanás, que não dorme, entra em ação. Começa a falar ao coração que é hora de experimentar um caso de amor, um romance, mesmo passageiro. O cônjuge, mesmo sendo cristão, diante de tal sedução, entra em conflito consigo mesmo. A mente começa a estampar a crise de afeto que existe no lar, a falta de carinho, a indiferença do outro cônjuge. A consciência bate forte, lembrando a condição de cristão, lavado e remido no sangue de Jesus. Nas primeiras investidas, o servo de Deus pensa, recua, vence. Mas, dia após dia, as coisas se agravam. A voz do Inimigo soa mais forte e sedutora; a concupiscência se aquece. Vem a queda, o ato, o pecado, a morte espiritual.

Depois, entre desespero e reações evidentes, o coração explode. O lar, que antes estava ruim, fica pior. A culpa não dá paz. Os conflitos aumentam. Só há dois caminhos: abandonar o lar, a esposa, os filhos e viver na nova "pensão" ou continuar enganando a todos (mas não a Deus). Em qualquer caso, todos sofrem. O cônjuge infiel, o cônjuge fiel, os filhos, a família, a igreja. Para evitar esse tipo de contribuição à infidelidade, é necessário que o casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando sua esposa de todo o coração, como Cristo à Igreja. A esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor.

Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual.
Deus se agrada da união entre os casados, especialmente entre cristãos: "Seja por todos venerado o matrimônio, e o leito sem mácula" (Hb 1.3.4), diz a Palavra. Reconhecemos que há muita infidelidade que começa por mera tentação, para o que o outro cônjuge, às vezes, em nada contribui. Mas havemos de reconhecer que o casal bem unido em torno do Senhor Jesus terá condições de vencer o Inimigo.

O Senhor Deus, repreendendo Israel, dizia que não aceitava mais suas ofertas. - Por quê? - "Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu FOSTE DESLEAL, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto" (Ml 2.14). Esse trecho nos mostra que Deus rejeita aquele que é infiel à sua esposa, e o rejeita não aceitando suas ofertas, seus sacrifícios. Até as orações não são recebidas por Deus, quando o marido não coabita com sua mulher com entendimento, e vice-versa.

"Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações." 1 Pedro 3:7

Aqui desejamos relembrar algumas recomendações da Bíblia quanto à infidelidade. Paulo doutrinou bastante sobre o assunto. A igreja em Corinto disse: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá: porque o templo de Deus, que sois vós, é santo" (1 Co 3.16,17). O homem, ou a mulher cristã, deve tomar em consideração esta advertência solene e grave da Bíblia: Se alguém destruir o seu próprio corpo, pelo pecado, Deus o destruirá.

O adultério é um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.

Vemos, então, que a infidelidade conjugal, geralmente tornada em adultério, é considerada o maior pecado contra o corpo. Isto porque o corpo é "templo de Deus", "templo do Espírito Santo". Havendo o verdadeiro amor, não haverá frieza sexual. Haverá interesse, atração de um pelo outro; haverá prazer no ato sexual. É necessário evitar a infidelidade sob qualquer forma ou pretexto.

Pr.Elionaldo Renovato de Lima
A Familia Cristã no século XXI - Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
(apoio)2ºtrim.2013-A infidelidade conjugal
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