segunda-feira, 14 de março de 2016

15 de Março: Dia da Escola! Atividades divrersas + texto!



MUDANÇA DE PENSAMENTO
A estrutura da escola continua a mesma dos seus primórdios. Um prédio, dividido
em classes, para onde vão as crianças. Nas classes, carteiras e lousa. Segundo a
pedagoga Mônica, o que realmente mudou ao longo dos séculos foi o pensamento das
pessoas que fazem e freqüentam a escola. A função básica do estabelecimento de
ensino hoje é social e de transmissão cultural. Deixou de ser o centro de
transmissão de conhecimento para se tornar responsável pela manutenção de
valores e normas de conduta. As crianças passam muito tempo na escola e
é lá que os alunos aprendem as formas de se relacionar.
O conceito de transferir para a escola a responsabilidade de cuidar das crianças foi
disseminado no período da industrialização que ocorreu no século XVIII, na Inglaterra e no século XIX, no resto da Europa, Estados Unidos e Japão.
Nesse período, a ênfase era para crianças em idade de Educação Infantil.
Porém, as creches não tinham caráter didático, mas de assistência social, de
guarda.
Apenas na década de 1980 é que foi iniciado um movimento
para reorganização da educação infantil com caráter pedagógico.
E o grande questionamento de hoje é sobre o papel do professor.
Afinal, ele é pressionado por todos os lados: pelos alunos, pelos pais, pelos
diretores.
Atualmente, o acesso à informação foi disseminado;
porém, segundo Mônica, isso não quer dizer acesso
ao conhecimento. Quando começaram os avanços da
informática chegou-se a ser aventada a hipótese de que o computador
substituiria o professor. Nada disso aconteceu. “A relação face a
face entre as pessoas no espaço escolar é fundamental”, garante a pedagoga.
“Seja um grupo de professores, grupo de alunos ou professores com
alunos. Há toda uma cultura própria da escola de reunir pessoas que se relacionam. Nos processos de construção de conhecimento é que pode haver
transformações”, disse. Mas as crises de alteração que vive a escola são
normais uma vez que a educação é feita de conflitos. Apesar de ter uma estrutura que se
modificou muito pouco e lentamente ao longo de sua história,


“a escola deve persistir ainda por muito tempo”, afirmou a pedagoga Mônica Cukierkorn.



A escola, depois da família, é o primeiro grupo social a que pertencemos. E grupos sociais são importantes para que aprendamos a interagir com pessoas, a conhecer novos comportamentos e a respeitar uns aos outros.
Além do mais, a escola é fonte de conhecimento e educação, tanto formal quanto informal, é um espaço onde o aluno é o protagonista e aprende a desenvolver suas atividades, além de ser um laboratório de inclusão social, promovendo no jovem o sentido de importância da comunidade.  

Durante todo o nosso crescimento, precisamos de um referencial e essa é uma das principais funções da escola. Cada fase do aluno, novas necessidades e capacidades devem ser exploradas e para isso, a escola deve dispor de uma gama de profissionais como orientadores educacionais, professores e psicólogos. Infelizmente, a educação no Brasil ainda não está satisfatória, apesar de índices cada vez mais positivos. Há um aumento da taxa de alfabetização, aumento do número de alunos que completam o nível superior, novas escolas de ensino fundamental foram construídas e há uma queda no índice de evasão escolar. Autor: Juscelino Tanaka (Brasil Escola)



A história da escola

Os primórdios da escola como é hoje – um prédio com classes,
alunos e professores – são do período de expansão do Império
Romano sobre a Grécia. A explicação é da pedagoga Mônica Moreira
de Oliveira Braga Cukierkorn, que volta ainda mais no tempo para
mostrar que, antes disso, a educação era bem diferente...


Desde os primeiros tempos da civilização, sempre houve formas
de educação. Porém, eram formas de ensino espontâneas:
feiticeiros, curandeiros e anciãos, transmitiam oralmente seu
conhecimento para os jovens em qualquer hora ou lugar, sem
instituições.  


“Os rituais de passagem da infância para a vida
adulta nessas sociedades primitivas também tinham sua ação
pedagógica, espontânea. Mas era uma transmissão de
conhecimento desprovida de sistematização. As pessoas da
comunidade aprendiam por imitação”, afirmou Mônica.
No século V antes de Cristo, essa transmissão espontânea de
informações passou por um processo de organização que tirou a
educação da responsabilidade única dos pais.  




Os Sofistas
gregos cuidavam da educação de seus discípulos de forma
mais organizada e sistematizada. Eles andavam com os jovens
discutindo questões filosóficas e de conhecimento. A Escola
Elementar, como era chamada na Grécia Antiga, não tinha um
espaço, um prédio. Acontecia nas ruas, nas praças, na entrada de templos.




E os romanos, por fim, criaram o edifício da escola durante o
avanço do Império Romano. Preocupados em impor seus costumes e valores aos povos
dominados, construíram espaços onde as crianças se reuniam para receber a típica educação
romana. Paradoxalmente, a responsabilidade pelas aulas era dos preceptores, ou seja, escravos que tinham como função passar os costumes do opressor.



Fim da tradição oral, início da Pedagogia:

Ainda dentro da narrativa histórica da pedagoga Mônica Moreira de Oliveira
Braga Cukierkorn, no período medieval, a educação estava restrita às igrejas. Os salmos eram ensinados em monastérios, abadias e templos. No ano de 787, Carlos Magno, o Rei dos Francos, que viria a ser coroado Imperador do Ocidente no ano de 800, ordenou que todos os monges e
sacerdotes estudassem as letras. Portanto, todos os mosteiros haveriam de ter uma escola onde fossem ensinadas as seguintes matérias básicas: aritmética, geometria, escrita, música,
canto e salmos. Até o século XIV, a educação permaneceu nas mãos dos monges e
com acesso restrito à elite. A sistematização e disseminação do ensino só ocorreu a partir do século XVII, com o lançamento da obra “Didactica Magna – A Arte de Ensinar
Tudo a Todos”, escrita em 1632 pelo francês Comenius, que se tornaria a
base de todo o pensamento pedagógico da época.


Pela primeira vez, havia uma
estruturação do sistema de ensino com a divisão da escola em níveis e com ritmos
de ensino que se adequassem às idades e possibilidades das crianças. Também se
inciava o conceito de democratização da educação, uma vez que a idéia era,
exatamente como diz o título do livro de Comenius, ensinar tudo a todos.


No século XVIII, Áustria e Prússia tornaram-se os primeiros países a
investir na Escola Estatal, criando assim o conceito de ensino público. 

A educação no Brasil começou como forma de dominação dos colonizadores,
através dos jesuítas que vieram catequizar os índios. A explicação é do professor de
história Mauro Cukierkorn, do Colégio Pentágono e do Curso Anglo de São Paulo.
“O movimento jesuítico, fundado na Espanha, era um dos baluartes da Contra-
Reforma e peça fundamental na disputa com os protestantes pelas novas almas”,
disse. Caso dos índios brasileiros. “Antes da chegada dos portugueses
não havia forma educacional organizada. As tradições de cada tribo
eram passadas de maneira não formal pelos anciãos”, afirmou Mauro.
Portanto a primeira estrutura “escolar”, foi organizada pelos
jesuítas para ensinar a religião aos nativos. Segundo Mauro, os jesuítas
desembarcaram no país, logo depois de Pedro Álvares Cabral (em 1530 já estavam
instalados na colônia) e se apresentavam como “protetores do índios contra a
escravidão”. Mas na verdade eles facilitavam a dominação destruindo a
cultura local. “Pregavam a ordenação familiar, disciplina de horário, ensinavam
que o bom cristão é manso, obediente e paciente. Além de vender a idéia de que a
felicidade está no paraíso e não na vida terrena. Ou seja, tudo ao contrário do que
era a vida dos índios brasileiros. A educação do índio trouxe para eles uma
nova visão de mundo, com a introdução da culpa e a negação do prazer. Essa é uma
forma eficiente de dominação cultural: destruir a identidade de um povo.
E eles ganhavam as crianças através das músicas religiosas”, afirmou.
O professor comentou que os índios, nesse choque de
culturas, até diziam: “branco vive para trabalhar e índio trabalha para viver”.
Um bom exemplo de que a catequização era uma forma eficaz de dominação do
povo conquistado, de acordo com o professor, é que quando os bandeirantes
começaram a pegar os índios para substituir o trabalho escravo dos negros,
foram buscá-los nas missões jesuíticas. “Onde já estavam mansos”, explicou.
Mauro disse acreditar que os negros conseguiram manter sua cultura e tradição
de forma mais intensa que os índios, porque não participaram desse processo
educativo protagonizado pelos jesuítas. “Como o processo de escravidão já era
difundido, dizia-se que os negros não tinham alma. A explicação religiosa era de
que todos os negros eram descendentes de Caim, que matou Abel, e foi banido”, disse.
O período de dominação dos jesuítas sobre toda e qualquer forma de educação
no Brasil foi duradoura. Desde 1530 até a metade do século XVIII. “Sendo que o
Marquês de Pombal, considerado um déspota esclarecido, no período em que
esteve no poder em Portugal, acabou com a dominação dos jesuítas”, lembrou o
professor. Porém, o efetivo declínio ocorreu com o ciclo do ouro (final
do século XVII, começo do XVIII) que transformou o cenário da colônia, favorecendo o crescimento das cidades, gerando um boom populacional e, portanto, aumentando a necessidade de educar. “Mas é bom lembrar que a educação estava nas
mãos dos religiosos e que a maioria dos
senhores brancos brasileiros eram analfabetos. Quando
muito, mandavam seus filhos para ser educados na Europa e
nunca aqui no Brasil”. Mauro também esclarece que foi Dom Pedro I quem deu o
passo pioneiro para a educação pública primária no Brasil, com
sua lei de 15 de outubro de 1827 que organizava a educação das crianças dentro do Império,
inclusive tratava até dos salários dos professores e do currículo das escolas. “É
por causa desta lei que o dia do professor é comemorado no dia 15 de outubro”,
afirmou.
Mas foi apenas no período republicano que houve maior disseminação da
educação em terras brasileiras, com o surgimento das escolas privadas,
controladas por grupos religiosos. A maioria católicos, mas havia também os
maçons.

Fonte da Pesquisa: Diário na Escola
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