Homens que ficam muito tempo com notebook no colo conectados na internet via Wi-Fi podem ter problemas de fertilidade. É o que aponta estudo publicado na revista acadêmica Fertility e Sterility.
Foram coletadas amostras de sêmen de 29 homens saudáveis e parte delas foi armazenada embaixo de um notebook conectado via Wi-Fi - o objetivo era simular os efeitos do aparelho no colo de um homem. Já outra parte foi armazenada na mesma temperatura, mas longe do computador.
Depois de quatro horas, os espermatozoides das amostras apresentaram menor motilidade (capacidade de se movimentar) em relação aos das amostras guardadas longe do notebook. Além disso, 9% dos espermas que ficaram expostos ao aparelho mostraram danos no DNA, o que representa que esses pacientes têm três vezes mais riscos de ter algum problema de fertilidade.
De acordo com os pesquisadores do estudo, o uso do aparelho próximo ao órgão reprodutor masculino diminuiu a qualidade dos espermatozoides. Mas eles reconhecem que não há comprovação ainda se isso ocorre devido ao notebook estar conectado via Wi-Fi ou por outra condição.
Outros cientistas, no entanto, não consideram a pesquisa válida. Allan Pacey, especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, afirmou à BBC que os espermatozoides já ejaculados são mais sensíveis a outros fatores do que os que estão no corpo e contam com a proteção de células, tecidos e fluídos.
"É preciso um estudo epidemiológico para descobrir se de fato um espermatozoide que está dentro do corpo pode se tornar menos fértil pelo contato com o notebook conectado via Wi-Fi", completa Pacey.
Fonte: UOL
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