Sede da companhia fica em Santa Catarina e sócios foram detidos
Os delegados da Polícia Federal (PF) que comandaram a nona fase da Operação Lava Jato, deflagrada em quatro estados do País, na manhã desta quinta-feira, explicaram que a ofensiva contra irregularidades na Petrobras encontrou 26 empresas envolvidas no esquema, a maioria de fechada. Uma das companhias, sediada em Santa Catarina, chamou a atenção pelo alto volume de dinheiro encontrado. A contagem ainda não havia sido finalizada a tempo da coletiva concedida em Curitiba.
Conforme a PF, a empresa de Santa Catarina tem uma relação com BR distribuidora e obtinha seus lucros através do uso de caminhões-tanques e de equipamentos que ajudam no abastecimento de aeronaves. O grande volume de dinheiro encontrado na companhia que seria de Itajaí tem moeda nacional e estrangeira.
De acordo com a PF, a operação foi deflagrada para a produção de provas do esquema que envolvia pagamentos de propinas a agentes públicos da Petrobras e lavagem de dinheiro. Durante a investigação, os policiais encontraram 11 operadores, citados como "não tão poderosos como Yousseff, mas importantes para o esquema".
Segundo a PF, que recebeu o apoio da Receita Federal nesta nova fase da Lava Jato, os operadores trabalhavam em empresas de fachada e empresas gêmeas, companhias que atuavam com atividades lícitas e ilícitas. Todas estariam relacionadas à diretoria de serviços da Petrobras, que por sua característica proporcionaria a pulverização de contratos, condição ideal para a continuidade das irregularidades.
Dos quatro mandados de prisão que a PF pretendia cumprir hoje, apenas dois foram concluídos. Um de prisão preventiva no Rio de Janeiro não ocorreu porque o suspeito não foi encontrado. Duas pessoas foram detidas em Santa Catarina, um diretor e um sócio. O outro associado da empresa catarinense está no exterior e tem retorno marcado para a tarde desta quinta.
Lava Jato
Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal investigou um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. O esquema, intermediado pelo doleiro Alberto Yousseff, envolvia pagamento de propina a políticos e funcionários da Petrobras.
Após a divulgação do balanço da empresa, no último dia 29, a Petrobras perdeu valor de mercado. Na ocasião, Graça Foster disse que a estatal pretendia reduzir investimento e evitar contratar novas dívidas em 2016.
Correio do Povo / G 1
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