domingo, 20 de setembro de 2015

LÍNGUA PORTUGUESA --- PRÁTICAS DE ESCRITA -- TÉCNICAS DE RESUMO

PRÁTICAS DE ESCRITA -- TÉCNICAS DE RESUMO

Resumo é um trabalho de extração de ideias das ideias de um texto.

A prática de resumo segue, basicamente, duas estratégias de seleção de ideias principais:

a) cópia (manutenção de informações essenciais);



b) o apagamento (eliminação de informações secundárias).



Três técnicas podem ser úteis: o apagamento, a generalização e a construção.



· Apagamento: consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias.

Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles.

O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente. = O jardineiro trabalhava bem.



· Generalização: consiste em reduzir os elementos da frase através do significado.

Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço. = Pedro comeu carne no almoço.



· Construção: consiste em substituir uma sequência de fatos por uma única, que

possa ser deduzida a partir delas, também baseando-se no significado.

Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno. = Maria fez um bolo.



Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.

Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.



PARA RESUMIR, DEVE HAVER:

* Objetividade (extração dos elementos fundamentais, sem comentários);

* FIDELIDADE às ideias do texto original;

* FRASES breves, diretas e objetivas;

* CLAREZA;

* EMPREGO da 3ª. pessoa, preferencialmente.



CHEGADA DA CORTE: HÁBITOS SANITÁRIOS NO BRASIL COLÔNIA
Tamara Prior
(...)
O saneamento e os hábitos de higiene eram precários, não anacronicamente, mas na medida em que contribuíam para a proliferação de maus cheiros e doenças. Cotidianamente, escravos iam às fontes e chafarizes, logo ao nascer do sol, em busca de água limpa. Transportavam grandes recipientes – geralmente apoiados em suas cabeças –, podendo ter como destino a casa de seus senhores ou de terceiros, neste caso trabalhando como escravos de ganho, para lucro de seus donos. A lavagem das roupas também era feita fora dos domicílios, nos mesmos locais das fontes ou nas beiras dos rios. Ao entardecer, era tarefa dos escravos, conhecidos como tigres, transportar para as praias, valas ou lugares afastados vasos com excrementos recolhidos nas casas. A utilização das águas como depósito de resíduos era um hábito que há tempos gerava problemas, mesmo com um número de habitantes reduzidos.

(...)
Das obras iniciais até a instalação e ampliação do sistema de abastecimento de água e de esgoto, décadas mais tarde, a distribuição domiciliar, feita principalmente pelos escravos, foi a principal forma de acesso ao “precioso líquido”. Quanto aos resíduos, pouco foi feito para resolver sua destinação. A Câmara e posteriormente a Inspetoria de Obras Públicas haviam assumido o compromisso de limpar as principais valas urbanas, mas a contaminação das águas continuava a causar mau cheiro e proliferação de mosquitos. Portanto, a tarefa de transformar a cidade do Rio de Janeiro e outros núcleos urbanos da colônia em uma “região civilizada” era, de certa forma, do tamanho de seus problemas sanitários. Resolvê-los por meio da reformulação e remodelação urbana, ou ao menos afastá-los, era condição para que passasse a ser bem vista aos olhos dos novos moradores e viajantes, adquirindo tal status. Era preciso ir além da opulência.
(...)
Associados aos mecanismos de saneamento estão os hábitos de higiene pessoal, praticado nos recônditos dos lares, em rituais íntimos cada vez mais sob influência europeia, principalmente nos núcleos urbanos. Havia heterogeneidade nos hábitos e utensílios, fruto da estratificação da sociedade colonial. Requinte e extrema simplicidade conviviam nas mesmas casas, habitadas por escravos e seus donos mais abastados. As famílias mais pobres, geralmente detentoras de ao menos um escravo, faziam uso de pouquíssimos utensílios de higiene, ainda não tão comuns a todos, enquanto os mais ricos aproveitavam a nova abertura para prover-se de nobres instrumentos. Sabonetes caseiros para lavar-se e barbear-se, essências naturais e óleos para os cabelos iam chegando aos portos brasileiros, com novas variedades e cheiros.

A presença da Corte elevou este requinte a novos patamares. Bidês, bacias e utensílios diversos agora eram mais diversificados e trabalhados. Os hábitos em si, cujos registros provêm das casas das famílias mais ricas – como lavar as mãos antes e depois das refeições, o lava-pés antes de dormir, os banhos quentes habituais e terapêuticos e a utilização de urinóis –, pouco mudaram até a vinda da modernização arrebatadora do início do século XX. Assim como a limpeza das casas, feita com instrumentos simples, pelos braços dos mesmos escravos responsáveis pelas funções domésticas.

Segundo a historiadora Mary del Priore, “ na América Portuguesa, onde as ruas eram verdadeiros esgotos a céu aberto, onde os animais domésticos aliviavam-se às portas das casas, os tonéis com dejetos eram despejados pelos escravos onde fosse mais fácil e a varíola grassava, as preocupações com a higiene e o corpo refletiam as mutações nas normas de comportamento, a modelagem e o afinamento gradual das sensações físicas. A total falta de higiene pública era contrabalanceada pelo polimento, mas também pelo policiamento das condutas em relação à higiene ou ao corpo, revelando a emergência da intimidade e dos cuidados de si”.

(...)

8º ANO - FICHA 9: O ARGUMENTO E O CONTRA-ARGUMENTO





1ª. PARTE: CRIE UM PARÁGRAFO, ARGUMENTANDO SOBRE AS MANCHETES ABAIXO.





1º excerto

14/06/2010 - 07h15

Jovens usam vodca como colírio para ficarem bêbados, mas prática pode cegar



CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK


Nos EUA e no Reino Unido, os teens (meninos, em sua maioria) usam a bebida como colírio, provocam uns aos outros e, é claro, registram tudo em vídeos que vão parar na internet. Quando você começa a crer na humanidade, alguém inventa de pingar vodca nos olhos, e isso vira mania.

(...)




2º EXCERTO

22/10/2013 21h43 
Americanos aprovam legalização da maconha pela 1ª vez, diz pesquisa
Instituto Gallup entrevista americanos sobre o tema desde 1969.
Neste ano, 58% dos 1.028 entrevistados disseram que apoiam legalização.

Do G1, em São Paulo



Uma pesquisa feita nos Estados Unidos divulgada nesta terça-feira (22) mostrou que a maioria dos entrevistados aprovou a legalização da maconha. Nos últimos 12 meses, dois estados, Washington e Colorado, aprovaram o uso recreativo da maconha. Segundo o Instituto Gallup, pela primeira vez desde que fazem o questionamento (1969), a maioria disse que apoia a liberação - no início da pesquisa, apenas 12% eram a favor.

Na pergunta "você acha que a maconha deveria ser legalizada?", 58% dos 1.028 entrevistados disseram que sim. Segundo o instituto, 38% admitiram ter provado a droga, o que "pode ser um fator que contribuiu para a maior aceitação", segundo o site do Gallup.

Americanos de 65 anos ou mais foram o único grupo que se opôs à legalização. Ainda assim, o apoio aumentou 14% desde 2011. Já 67% do grupo que tem entre 18 e 29 anos se disse favorável.

A pesquisa foi feita por telefone entre 3 e 6 de outubro deste ano em todos os estados do país e no distrito de Colúmbia. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.




3º EXCERTO
Preço dos serviços dobra e muda a vida de brasileiros
Em dez anos, IPCA subiu 69,6%, enquanto a inflação dos serviços disparou 102,4%, exigindo habilidade no orçamento familiar

27 de outubro de 2013 | 2h 22

MÁRCIA DE CHIARA - O Estado de S.Paulo

Os preços dos serviços, que pesam um pouco mais de um terço no orçamento das famílias, dobraram em dez anos. Isso mudou o modo de vida dos brasileiros. Menos idas ao restaurante, negociação de pacotes com cabeleireiros, eletrodomésticos "possantes" em casa e uso de equipamentos automáticos em condomínios para reduzir a dependência dos serviços da empregada doméstica e dos porteiros, por exemplo, foram algumas das saídas para driblar a pressão de preços. (...)





2ª. PARTE: CRIE UM PARÁGRAFO, ARGUMENTANDO OU CONTRA-ARGUMENTANDO SOBRE OS TRECHOS ABAIXO.



1º EXCERTO

JOVENS DA ERA DIGITAL TÊM POUCO RESPEITO PELOS VELHOS

Hoje isto se inverteu. Neste início de século 21 por dominarem as tecnologias da informática, da web, dos computadores e dos celulares de última geração, crianças, adolescentes e jovens se converteram na figura arrogante, e nem sempre simpática, do "sabe tudo". Há tempos li uma cronista falar em "anões intelectuais", referindo-se a esses sabichões mirins que gostam de exibir domínio, e que numa reunião com os adultos costumam falar alto e polarizar o assunto para demonstrar sua sapiência.

O fato é que a maioria dos jovens hoje tem pouco respeito pelos velhos (e sua sabedoria), ridicularizando-os. Não sabem eles que, se sobreviverem, um dia serão idosos com todas as limitações que a idade impõe. Em consequência desse confronto, muitos idosos desprezam os jovens, afirmando que eles são superficiais e não sabem nada de consistente. (...).


2º EXCERTO

11.07.11

Consumismo é tema de debate entre jovens participantes do 7º Levante da Juventude

Karol Assunção *

"Tem lógica nós trocarmos de celular toda hora? Tem lógica alguém ter 15 pares de sapato?" Os questionamentos feitos por Eliane de Moura Martins, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) foram ouvidos atentamente pelos jovens que participavam do 7º Levante da Juventude Rural e Urbana do Rio Grande do Sul na última sexta-feira (8).

Em sua fala, Eliane alertou os jovens sobre a "lógica do mercado", que cria "necessidades" de consumo. "Ele cria essa lógica de que precisamos, de que sentimos necessidade [de comprar]. Isso é feito para que o sistema funcione", explicou. (...)




3º EXCERTO
Cientistas criticam ativistas por furto de beagles
23/10/2013
Sociedades de Biologia Experimental pedem punição de invasores. Ministro da Ciência diz que atitudes "marginais à lei" não podem ser toleradas



A Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) publicou um manifesto em repúdio àinvasão de ativistas e ao furto de 178 cães da raça beagle no Instituto Royal, em São Roque (SP), na madrugada da última sexta-feira. A entidade cobrou punição aos ativistas que levaram os animais e afirmou que o Royal faz pesquisas relevantes sobre medicamentos e produtos e segue as normas estabelecidas no país. Para a direção da FeSBE, só o obscurantismo explica a atitude dos invasores. (...).






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