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22 DE AGOSTO
DIA DO FOLCLORE
ORIGEM
Em 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como o mês do folclore. Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação". Para que serve? O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima. Qual a origem da palavra "folclore"? A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore". O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros. Região Sul Danças: congada, cateretê, baião, chula, chimarrita, jardineira, marujada. Festas tradicionais: Nossa Senhora dos Navegadores, em Porto Alegre; da Uva, em Caxias do Sul; da Cerveja, em Blumenau; festas juninas; rodeios. Lendas: Negrinho do Pastoreio, do Sapé, Tiaracaju do Boitatá, do Boiguaçú, do Curupira, do Saci-Pererê. Bebidas: chimarrão, feito com erva-mate, tomado em cuia e bomba apropriada. Região Sudeste Danças: fandango, folia de reis, catira e batuque. Lendas: Lobisomem, Mula-sem-cabeça, Iara, Lagoa Santa. Pratos: tutu de feijão, feijoada, lingüiça, carne de porco. Artesanato: trabalhos em pedra-sabão, colchas, bordados, e trabalhos em cerâmica. Região Centro-Oeste Danças: tapiocas, congada, reisado, folia de reis, cururu e tambor. Lendas: pé-de-garrafa, Lobisomem, Saci-Pererê, Ramãozinho. Pratos: arroz de carreteiro, mandioca, peixes. Região Nordeste Danças: frevo, bumba-meu-boi, maracatu, baião, capoeira, caboclinhos, bambolê, congada, carvalhada e cirandas. Festas: Senhor do Bonfim, Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá, na Bahia; Missa do Vaqueiro, Paixão de Cristo, em Pernambuco; romarias - destaca-se a de Juazeiro do Norte, no Ceará. Região Norte Danças: marujada, carimbó, boi-bumbá, ciranda. Festas: Círio de Nazaré (Belém), indígenas. Artesanato: cerâmica marajoara, máscaras indígenas, artigos feitos em palha. Lenda: Sumaré, Iara, Curupira, da Vitória-régia, Mandioca, Uirapuru. Pratos: caldeirada de tucunaré, tacacá, tapioca, prato no tucupi . Principais manifestações folclóricas: PASTORIL - Festa de origem portuguesa, onde "pastoras" vestidas de azul e encarnado, se apresentam diante do presépio em atitude de louvor ao Menino Jesus. Representado durante o Natal. CANINHA VERDE - Dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante o ciclo da cana-de-açúcar. Apresenta também elementos de outros folguedos, tais como: casamento matuto (quadrilha junina), mestres e a formação de cordões (pastoril). DANÇA DO COCO - Surgiu nos engenhos de açúcar, entre os negros existentes no Ceará. Nasceu da cantiga de trabalho, ritmada pela batida das pedras quebrando os frutos, transformando-se, posteriormente, em dança, surgindo uma variedade de temas e formas de coco (coco de praia, do qual participa apenas o elemento masculino, e o coco do sertão, dançando aos pares, homens e mulheres). Dançado em roda, numa forma rítmica altamente contagiante e sensual. TORÉM - Dança indígena originária dos descendentes dos índios Tremembé, nativos do povoado de Almofala, no distrito de Itarema, o Torém surgiu por volta do século XVIII no Ceará. É simples e imitativa da fauna local, tendo como ponto alto o momento em que é servido o "mocororó", uma bebida fermentada do caju, bastante forte. O espetáculo é de grande plasticidade. DANÇA DE SÃO GONÇALO - Como parte integrante da bagagem cultural do colonizador lusitano, a dança que integrava o culto a São Gonçalo do Amarante, bastante popular em Portugal, foi introduzida no Brasil, sendo, talvez, um dos ritmos mais difundidos do catolicismo rural brasileiro. No município de São Gonçalo do Amarante a dança é realizada durante a festa do santo padroeiro e apresentada em nove jornadas, num ambiente de muita fé e animação. São Gonçalo é o protetor dos violeiros e das donzelas casamenteiras. MARACATU - De origem africana, consiste num desfile de reis. Apresenta-se em |
PARLENDAS E TRAVA-LÍNGUAS
PARLENDAS
São versos infantis com rimas, criados para as mais diferentes finalidades, entre elas divertir, acalmar, ajudar a decorar números ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam, indeléveis, na memória adulta. Como variam bastante, cada pessoa pode conhecê-la de um modo diferente. Os portugueses denominam as parlendas cantilenas ou lengalengas.
Conheça ou relembre algumas parlendas
"Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato. Cinco, seis, bolo inglês. Sete, oito, comer biscoito. Nove, dez, comer pastéis" .
"Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão. Menininha quando dorme põe a mão no coração".
"O cravo brigou com a rosa
debaixo de uma sacada O cravo saiu ferido e a rosa despetalada".
"Chuva e sol,
casamento de espanhol. Sol e chuva, casamento de viúva".
TRAVALÍNGUAS
"São parlendas que ajudam a dicção. Ao falar rapidamente as palavras, a língua costuma ficar presa, travada. Daí o nome de travalíngua".
Leia algumas:
O rato roeu a roupa do rei de Roma. O rei roxo de raiva rallhou pra rainha remendar.
Quem a paca cara compra, cara a paca pagará.
Debaixo da pia tem um pinto, quando a bica pinga, o pinto pia.
O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.
Num ninho de mafagafos,
seis mafagafinhos há. Quem os desmafagafizar bom desmafagafizador será.
O bispo de Constantinopla
Quer se desconstantinopolizar Quem conseguir desconstantinopolizar O bispo de Constantinopla Bom desconstantinopolizador será.
A babá boa bebeu o leite do bebê.
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.
- O Tatá tá?
- Não. O Tatá não tá. - Mas o tio do Tatá tá. E quando o Tatá não tá e o tio do Tatá tá é o mesmo que o Tatá tá. Tá? - Tá!
A pipa pinga, o pinto pia. Quanto mais o pinto pia, mais a pipa pinga.
Lá vem o velho Félix com um fole velho nas costas. Tanto fala o velho Félix como o fole do velho Félix fala.
E era o sapo dentro do saco
E o saco com o sapo dentro E o sapo fazendo papo E o papo fazendo vento.
O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo não tem tempo, nem tempo o tempo tem.
Quando digo "digo",
digo "digo", não digo "Diogo". Quando digo "Diogo", digo "Diogo", não digo "digo".
Jararaca é carajá. Jaca cara é jacaré.
Lanço o laço no salão.
O lenço lanço, a lança não.
Um papo de pato num prato de prata.
O sábio soube saber que o sabiá sabia assobiar.
Pesquisa em livros e sites
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Mês do Folclore
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Folclore quer dizer conhecimento do povo ou conhecimento popular, pois a palavra se origina dos vocábulos ingleses folk (que quer dizer povo) e lore (que quer dizer conhecimento)
Esses conhecimentos foram transmitidos pelos avós, pais, filhos tornando um modo vivo e atual pelo qual as novas gerações aprendem. Assim, as pessoas recorrem às lições do passado para resolverem problemas do presente. Possuem mais sabedoria constituída do que a inventiva. Essa força age no sentido de garantir a permanência de uma cultura, mas sofre pressão de outras culturas vindas de fora, daí a sua modificação.
Abaixo coloco uma lista de alguns livros sobre o folclore.
DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO
REVISTO, ATUALIZADO E ILUSTRADO
LUIS DA CAMARA CASCUDO
GLOBAL EDITORA
CIENCIAS SOCIAIS-ANTROPOLOGIA
MEU LIVRO DE FOLCLORE
RICARDO AZEVEDO
Editora ATICA
INFANTO-JUVENIl
O CURUPIRA, O SACI E OUTRAS LENDAS
JOAO SIMOES LOPES NETO
Editora ARTES E OFICIOS
LITERATURA INFANTIL
BOITATA, A COBRA QUE APAGA INCENDIOS
LUFE Organizador:RONALDO LAZZAROTTI
Editora LEITURA
LITERATURA INFANTIL.
FONTE
REVISTA
SADOL
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FONTE
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FONTE
MUNDO
ESTRANHO
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