José Maria Constante Filho herdou do pai a antiga casa de estilo germânico que serviu durante muito tempo como comércio de secos e molhados, no Bairro Warnow. O patriarca morreu dentro dela em 2007 e, como homenagem, o herdeiro decidiu preservar o prédio. A construção enxaimel de 1874 faz parte da história catarinense, é uma das maiores de Santa Catarina e passa por reforma pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O caso é exceção no município.
A ausência de uma lei atualizada de proteção do patrimônio histórico na cidade prejudica a preservação de imóveis, porque não há verba para que passem por reformas. A lei em vigor em Indaial foi criada em 1979, quando ainda não existia um setor específico de patrimônio histórico, e não prevê a criação de um Fundo Municipal para reparos emergenciais.
– Dependemos de projetos enviados para os governos estadual e federal. Por isso, muitas edificações não existem mais. Das 326 construções históricas listadas há três anos, hoje temos apenas 280 – lamenta o auxiliar de Patrimônio Histórico do município, Thiago Campi Sperb, da Fundação Indaialense de Cultura.
Sperb explica que uma das falhas da lei em vigor é não definir valores de multas para quem descumpri-la. O novo projeto foi enviado à Câmara de Vereadores em setembro de 2007 e voltou para o Executivo em abril deste ano, onde aguarda reencaminhamento. Os reflexos da ausência de uma lei condizente com a realidade são visíveis no Warnow – a localidade que mais concentra casas tombadas pelo Iphan em Indaial –, onde casas históricas sucumbiram ao tempo...
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário