A febre é sempre um sinal de alerta. O organismo está nos avisando que algo não vai bem. Na maioria das vezes, a febre significa uma infecção. Isto quer dizer, portanto, que um microrganismo invadiu a criança e lá encontrou ambiente propício para se proliferar e produzir uma doença.
Seja como for, imediatamente após a constatação da presença da febre, uma série de perguntas pertinentes colonizam e afligem o pensamento dos pais: qual doença será esta? Grave? Potencialmente fatal? Qual é o procedimento agora? Ligar para o pediatra? Correr para um pronto-socorro? Dar antitérmico? Muitos fazem tudo isso, quase ao mesmo tempo. Correm para o pronto-socorro enquanto dão o antitérmico que o pediatra, para quem já ligaram do carro, orientou.
As crianças são devidamente examinadas pelo médico e recebem o diagnóstico: é virose! Alguns pais já entram no consultório dizendo: “Doutor, não me vá dizer que é virose de novo”.
Vamos entender. Vírus são microrganismos infinitamente pequenos. Menores que as bactérias, que são células inteiras com uma estrutura bem definida. Os vírus não têm nem a estrutura de uma célula. Tanto que para se multiplicar precisam invadir uma célula para utilizar todo o seu “maquinário”, toda a sua estrutura. Sem penetrar e destruir células os vírus não conseguem se multiplicar.
E há vários tipo de vírus. Muitos mesmo. Há vírus que atacam mais o sistema digestório, como o Rotavírus, para o qual já há vacina disponível na rede pública. Outros preferem o trato respiratório, como o H1N1, que dá a gripe que todos conhecemos, outros produzem bolinhas pelo corpo e eventualmente na boca. Cada tipo de vírus, portanto, tem preferência por um sistema orgânico. Só que para saber exatamente qual é o nome do vírus que naquele momento é o responsável pela febre, precisaríamos fazer muitos exames de sangue, o que nem sempre é indicado, uma vez que a maioria das doenças virais são autolimitadas e benignas.
Por isso, o diagnóstico tão comum: virose. E o responsável por aquele episódio específico é, mesmo, um vírus. Isso porque o médico tem condições de saber, na maioria das vezes, se mais provavelmente aquela febre deve-se a um vírus ou a uma bactéria.
Paralisia infantil, rubéola, caxumba, sarampo, catapora, hepatite A e B e rotavírus. São todas “viroses”. Só que para estas há vacinas, disponíveis na rede pública, que são, de longe, a melhor e mais eficaz forma de prevenção.
Vacine seu filho! Esteja SEMPRE com a carteira vacinal em dia e fique atento às campanhas. Previna-se!
*Fotos: Eliete Marques/G1; Jupiterimages BananaStock; Reprodução/TV Tapajós.
http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/por-que-tantas-criancas-tem-virose-tem-tratamento.html
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