Time de Itajaí será julgado amanhã. Entenda os cenários que envolvem o caso
Rodrigo Capella, procurador-jurídico da FCF, acredita que a competição está sob risco Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
Marcos Castiel
O Campeonato Catarinense corre risco real de ser paralisado. Esta é uma das possibilidades dentre os diferentes cenários que envolvem o julgamento do Marcídilio Dias nesta terça-feira no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Catarinense de Futebol (FCF).
Além do Avaí, que será julgado pelo uso irregular do atleta Antonio Carlos, o Marcílio Dias está na pauta. Como o Leão, o Marinheiro pode perder seis pontos na tabela de classificação por ter colocado no banco de reservas o jogador Rodrigo Pita, que fez 20 anos e não foi profissionalizado como manda a regulamentação vigente.
Vale lembrar que, no caso avaiano, a condenação é certa, porque o clube admitiu o erro e sequer vai recorrer da sentença.
No caso do Marcílio, contudo, uma batalha judicial pode se estabelecer. Claro que, antes até de recorrer, o time de Itajaí poderá estar eliminado do Hexagonal por pontos, após a rodada da próxima quarta-feira.
Mas se conseguir a vaga, e recorrer, o julgamento seria no Pleno do TJD-SC, no dia seguinte à rodada decisiva da primeira fase do Catarinense. Como o entendimento do tribunal catarinense nestes casos é de condenação, a tendência é de o clube realmente perder os seis pontos, o que tiraria o time do Hexagonal.
A coisa complica justamente a partir do momento que o Marcílio Dias recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com sede no Rio de Janeiro. Lá, há duas jurisprudências (Cruzeiro e América-MG) de absolvição quando o clube não usa o jogador na partida, caso em que o Marcílio se enquadra.
Se na instância superior for revertida a decisão, aí o Marcílio teria que voltar ao Hexagonal. A data mais próxima, se o caso entrar na pauta do STJD, seria a seguinte quinta-feira (12 de março). Neste caso, já com duas rodadas do Estadual em andamento.
Neste cenário, o Catarinense teria de cancelar os jogos que envolvessem o novo classificado e realizá-los novamente. O que obrigaria a disputa de 3 jogos por semana. Além de comprometer o aspecto técnico da competição, há a possibilidade do Sindicato dos Atletas tentar impedir que haja jogos com intervalo igual ou inferior a 48 horas.
O procurador-jurídico da FCF, Rodrigo Capella, vê a possibilidade de a competição se complicar:
— Sempre que as datas ficam comprometidas e passam a depender de julgamentos, o campeonato fica sob risco, e um deles é a paralisação, mas é bom citar que este é apenas uma das possibilidades, há várias outras entre elas a absolvição do Marcílio — analisa.
DIÁRIO CATARINENSE
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