Justiça expediu onze mandados em quatro cidades catarinenses.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) cumpre nesta terça-feira (3) 11 mandados de busca e apreensão em quatro cidades catarinenses pela investigação de irregularidade na licitação da Festa do Pinhão, evento tradicional de Lages, na Serra Catarinense.
O Gaeco não forneceu informações sobre quantos mandados foram cumpridos até as 11h30 desta terça. A operação ocorre em Lages, Chapecó, São Miguel do Oeste e Florianópolis.
Este ano a 27ª Festa Nacional do Pinhão está programada para acontecer entre os dias 27 de maio e 7 de junho.
Investigação
Conforme o grupo, há suspeita de associação criminosa e fraude no processo licitatório para fazer a Festa do Pinhão. São investigadas empresas e políticos envolvidos nos trâmites de concessão do evento.
A suspeita é que envolvidos utilizavam empresas 'laranjas' para poder executar a realização do evento. Sendo assim, as licitações já seriam previamente combinadas.
A empresa licitante Gaby Produções Ltda, de Novo Hamburgo, cidade do Rio Grande do Sul, e a GDO Produções, de publicidade, são algumas das investigada por ganhar a licitação do evento.
Gastos foram omitidos por prefeito, diz MP
Em escutas telefônicas divulgadas em dezembro pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o prefeito Elizeu Mattos, que ficou preso por três meses por suspeita de corrupção, solicitou ordens para deslocar verba da Secretaria Saúde para pagar a Festa do Pinhão.
Em áudio, o prefeito conversa com uma pessoa não identificada pelo MP e pergunta quais foram os gastos da festa. O interlocutor diz que a festa custou mais de R$ 1 milhão. O prefeito orienta que seja divulgado que o evento custou R$ 300 mil aos cofres públicos.
Na divulgação oficial, a organização da Festa do Pinhão disse que a prefeitura investiu cerca de R$ 340 mil no evento, o que seria bem aquém do que investiu nos outros anos.
G1 SC
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