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sexta-feira, 27 de março de 2015

Copiloto de avião passou 6 meses em tratamento psiquiátrico, diz jornal


Segundo jornal 'Bild', tratamento ocorreu antes de completar formação. 
Revista diz que material apreendido em casa respalda tese de transtornos. 

O copiloto da Germanwings suspeito de ter derrubado de forma proposital um Airbus A320 nos Alpes franceses esteve seis meses sob tratamento psiquiátrico antes de completar sua formação, afirmou nesta sexta-feira (27) o jornal alemão "Bild". O acidente, que ocorreu na última terça-feira (24), deixou 150 mortos. 
De acordo com o jornal, que cita como fontes "círculos da Lufthansa", as razões pelas quais Andreas Lubitz, de 28 anos, interrompeu sua formação em 2009 se deveram a uma grave depressão diagnosticada nesta época. 

A edição digital da revista "Der Spiegel" afirma, além disso, que nas operações realizadas ontem durante horas nas duas casas do copiloto - a de seus pais e a própria, em Düsseldorf - foram apreendidos materiais que respaldam a tese dos transtornos psíquicos. 
A revista não apresenta, no entanto, mais detalhes sobre os materiais apreendidos. 

A polícia alemã apenas informou que recolheu pistas em uma das residências do copiloto. 

"Durante a inspeção do apartamento do copiloto, recolhemos pistas. São vários objetos e documentos", afirmou o porta-voz da polícia de Dusseldorf, Marcel Fiebig. 

Os policiais apreenderam um computador e duas grandes malas, além de uma caixa, visivelmente cheias, após as inspeções nas duas casas do copiloto, em Dusseldorf e em Montabaur, no estado de Renania-Palatinado (oeste da Alemanha). 

Treinamento interrompido 
O "grave episódio depressivo" a que se refere o "Bild" ficou constatado, segundo o jornal, na ata sobre o copiloto do departamento de tráfego aéreo alemão sob o código "SIC", que se refere à necessidade de que sujeito em questão se submeta a "revisões médicas regulares". 

O mesmo jornal revelou que o piloto tentou abrir a porta da cabine com um machado ao ficar trancado do lado de fora, antes da queda. 
O fato de que o copiloto que causou a catástrofe aérea tenha interrompido durante um período relativamente longo sua formação na escola aérea da Lufthansa foi reconhecido pelo presidente da companhia, Carsten Spohr. 

O próprio Spohr evitou, no entanto, especificar a que se deveu esta interrupção, alegando que está sob a prerrogativa da confidencialidade médica. 
Lubitz começou sua aprendizagem aos 14 anos em um clube de aviação local e ingressou na escola de Brêmen da Lufthansa em 2007. 

Em 2009 interrompeu por alguns meses essa formação, que retomou posteriormente até ingressar na Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa, em 2013. 

Spohr reforçou ontem que, tanto ao ingressar na escola como ao retomar e completar sua instrução, Lubitz passou pelos mais rigorosos exames, tanto físicos como mentais.

Fonte: G1

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