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domingo, 26 de abril de 2015

Sete pontos para entender o projeto da terceirização


Senado discutirá texto aprovado na quarta-feira (22) pela Câmara. 

O projeto de lei sobre a terceirização aprovado na quarta-feira (22) pela Câmara e que agora será apreciado pelo Senado passou por modificações importantes. Sete pontos resumem como ficaram os assuntos mais polêmicos da discussão. 

1. Atividade-fim 
Governo e grande parte do movimento sindical eram contra a lei permitir que atividades-fim das empresas possam ser terceirizadas. Pelo projeto aprovado, a empresa pode contratar uma terceirizada para tarefas típicas de sua atividade, como uma construtora que terceiriza parte de uma obra para outra construtora. O argumento a favor desse ponto é que ele permite uma maior especialização na prestação de serviços. 

2. Estatais 
A terceirização de atividades-fim vale para empresas privadas. A lei manteve o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que empresas estatais, autarquias, sociedades mistas e a administração direta não podem usar essa modalidade de contratação. 

3. Pessoa jurídica 
No projeto aprovado pela Câmara, a quarentena exigida para um funcionário ser contratado como pessoa jurídica pela empresa onde trabalhava é de 12 meses. Governo e sindicatos defendiam um prazo de 24 meses para evitar a “pejotização” da mão de obra. 

4. Subcontratação 
O texto aprovado permite a empresas terceirizadas a subcontratação de serviços, a chamada “quarteirização”. 

5. Responsabilidade solidária 
O projeto foi alterado para a inclusão da responsabilidade solidária da empresa contratante dos serviços. É uma garantia de que ela responde caso os trabalhadores entrarem com uma ação trabalhista e a empresa terceirizada não se responsabilizar, seja porque não tem condições, seja porque não foi encontrada. 

6. Encargos 
O governo queria que a empresa contratante reservasse um valor de 11% ou 5,5% do contrato, dependendo do peso da mão de obra no custo total, para dar como garantia trabalhista. O texto aprovado é diferente: prevê que a contratante reserve 20% da folha salarial e pague os encargos trabalhistas. 

7. Impostos 
O governo pediu e foi atendido para que as empresas contratadas paguem antecipadamente os impostos (IR, CSLL, PIS/Pasep e Cofins). 


Fonte: GAZETA DO POVO

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