Árvore da família Czerniak produziu 674 pinhas; normal é até 60.
Especialista diz que caso pode ser considerado recorde mundial.
A colheita do pinhão começou no dia 1° de abril na região da Serra e Oeste de Santa Catarina. Em Caçador, o produtor Vânio Czerniak se surpreendeu com a quantidade de pinhas que uma única araucária produziu. Foram 674 pinhas, onde quase todas continham pinhões saudáveis.
De acordo com Charles Seidel, engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o normal é que uma araucária produza de 30 a 60 pinhas. Em 2005, a árvore de Czerniak chegou a colher 155 pinhas. Quatro anos depois, em 2009, a mesma planta produziu 398 sementes.
"Com certeza é a maior produtividade conhecida no Brasil e no mundo. Não se tem informação técnica a respeito disso em outros lugares", diz Seidel.
Produção
Vânio Czerniak chegou ao município em 1986, quando plantou em sua propriedade algumas mudas de araucárias. Oito anos depois, uma das plantas já dava sinais de que se diferenciaria dentre as demais. Esta começou dar sementes dois anos antes do que é considerado normal.
"Eu nunca imaginei que colheria pinhão da árvore que eu plantei, porque a fama é de que demora muito para haver produção", conta o produtor.
O engenheiro agrônomo explica que a anormalidade na araucária de Czerniak ocorre por três fatores. "Características genéticas, ambiente e estrutura de produção são importantes na hora de entender esses casos isolados".
"É um caso totalmente isolado. Temos na propriedade do Vânio uma araucária há cerca de 1,5 mil metros de outras. A polarização ocorre pelo vento e, mesmo com essa distância, a polarização é muito boa, com alta produtividade", conta Seidel.
A produção da família tem gerado exportação para todo país, até mesmo no exterior, para países como Portugal e Estados Unidos.
Fonte: G1
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