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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Casamentos infelizes prejudicam a saúde do coração, diz pesquisa

Um estudo — conduzido por cientistas da Universidade Estadual de Michigan, nos EUA — revelou que a vida matrimonial só faz bem se o casamento for feliz. Do contrário, os casais que estão juntos há muito tempo contam com um maior risco de desenvolver problemas cardíacos.

Coração partido
Durante o estudo, os cientistas avaliaram um total de 1.200 casais ao longo de um período de 5 anos. Os participantes tinham entre 57 e 85 anos de idade no início da pesquisa, e no decorrer do estudo responderam a uma série de questionários sobre a qualidade de seus casamentos.

Além disso, os participantes também forneceram informações sobre seu histórico de problemas cardiovasculares — como ataques cardíacos, derrames, hipertensão etc. —, e passaram por exames laboratoriais periódicos. Os pesquisadores descobriram que estar em um casamento ruim, ou seja, conviver com um parceiro muito implicante ou exigente, pode ter efeitos negativos para a saúde do coração.

Até que o estresse os separe
O estudo também revelou que estar em um matrimônio ruim traz mais prejuízos para a saúde do que um casamento bom pode trazer em benefícios. Além disso, conforme os parceiros vão envelhecendo, o estresse vivido por conta de um matrimônio infeliz pode levar a um declínio do sistema imunológico — resultando em uma maior fragilidade — e ao aumento do risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares.

Os cientistas descobriram que esses efeitos são especialmente acentuados nas esposas, provavelmente devido à tendência das mulheres de internalizar sentimentos negativos, aumentando a probabilidade de que elas se sintam deprimidas e apresentem problemas cardíacos.

Além disso, estudos anteriores apontaram que as esposas são mais propensas a cuidar dos maridos doentes do que o contrário, o que suporta as conclusões dos pesquisadores de que as mulheres sofrem mais com os efeitos de um casamento ruim do que os homens. Com base na pesquisa, os cientistas explicaram que os programas de aconselhamento de casais costumam ser direcionados para pessoas mais jovens.

No entanto, a pesquisa revelou a necessidade de se desenvolver projetos com o objetivo de promover a qualidade matrimonial e o bem-estar de casais cujos parceiros tenham mais de 70 e 80 anos de idade.

Fonte: Mega Curioso (Via Universidade Estadual de Michigan/Hui Liu e Andy Henion)

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