Você já deve ter ouvido milhares de vezes que “o dinheiro não traz a felicidade”, não é mesmo? Pois, de acordo com S. Grant do portal The Knowledge Nuts, estudos científicos parecem apontar que essa história não é bem assim não, sugerindo que ter uma carteira bem recheada pode ser bastante útil na hora de custear as nossas alegrias.
Segundo Grant, embora não sejamos capazes de comprar toda a felicidade do mundo, o dinheiro permite que possamos pagar por alguma felicidade sim, especialmente se investirmos a nossa grana em itens que, comprovadamente, nos trazem satisfação. E, segundo a ciência, para a maioria das pessoas, a satisfação não é conquistada através de objetos, mas sim de experiências.
Coisas x experiências
Você acha uma maluquice pensar que um item palpável — como um carrão, por exemplo — nos faz menos felizes do que uma memória? Afinal, um veículo, além de oferecer mais valor pessoal do que, digamos, uma viagem de férias, tem funcionalidade muito mais duradoura do que a mera memória de um passeio.
No entanto, a verdade é que a excitação de ter um carro novo — ou qualquer outro objeto — acaba desaparecendo gradualmente, já que “coisas” vão se tornando ordinárias depois de muita exposição e, eventualmente, acabam ficando... Velhas. As experiências, por outro lado, nos proporcionam mais prazer porque nós sabemos que elas, embora sejam apenas temporárias, vão deixar lembranças que ficarão conosco para sempre.
A grama do vizinho é sempre mais verde
De acordo com Grant, outra razão de as experiências serem mais satisfatórias do que a obtenção de objetos físicos é o fato de sermos menos propensos a comparar o valor de nossas vivências com as de outras pessoas. Isso não ocorre com as “coisas” que adquirimos, pois estamos constantemente mensurando as nossas posses com as dos outros.
E — lá no fundo — geralmente adquirimos objetos simplesmente para ter mais do que os demais, o que nunca é satisfatório, já que sempre encontraremos alguém com mais coisas do que a gente. Ao contrário, a nossa motivação para obter experiências é sempre mais “ingênua”, pois o foco normalmente está voltado apenas no nosso próprio divertimento.
Repertório de alegrias
Surpreendentemente, segundo Grant, esse papo de que as vivências são mais satisfatórias do que objetos vale inclusive para as experiências ruins, pois elas podem se transformar em memórias positivas com o tempo e virar grandes histórias! Você duvida? Então imagine esta situação: durante uma viagem desastrosa você perde o voo e fica em uma cidade estrangeira na qual não conhece ninguém.
Essa experiência desagradável pode se transformar em uma anedota fascinante sobre as pessoas que você conheceu ao longo do caminho, as desventuras que encarou e como você conseguiu se virar sozinho e embarcar de volta para casa. No fim, por pior que tenha sido a viagem, ao menos você terá uma excelente história para compartilhar com os amigos e, por que não, até com os seus netos!
Felicidade potencializada
Grant também menciona um estudo que apontou que a satisfação é ainda maior quando envolvemos outros indivíduos nas nossas experiências. Assim, mesmo quando embarcamos sozinhos em uma viagem, as pessoas que conhecemos enquanto estamos na fila do museu, sentadas ao nosso lado em um parque ou qualquer outro lugar também nos dão a oportunidade de nos conectarmos com outros seres humanos.
E, se estivermos viajando com alguém conhecido, então, essa é a oportunidade perfeita para que as nossas relações com esses indivíduos se tornem ainda mais profundas. Mas, se mesmo assim você ainda estiver disposto a comprar “coisas”, foque em itens ofereçam oportunidades para que você viva experiências e interaja com outras pessoas.
Segundo Grant, basicamente o contentamento é conquistado graças à combinação de experiências e relações interpessoais. Portanto, quanto mais pudermos empregar o nosso dinheiro para acumular novas experiências, mais próximos estaremos de — literalmente — comprar a felicidade.
Fonte: Mega Curioso
Nenhum comentário:
Postar um comentário