Já imaginou dar de cara com uma planta tão grande e tão faminta que pode comer até roedores? Se você estiver caminhando por terras filipinas, isso não é impossível.
A planta carnívora Nepenthes attenboroughii foi descoberta por pesquisadores no topo do Monte Victoria, uma montanha remota em Palawan, nas Filipinas, em 2009. A equipe científica, liderada por Stewart McPherson, da companhia britânica Redfern Natural History Productions, ficou sabendo da planta em 2000, após um grupo de missionários cristãos terem dado de cara com ela enquanto caminhavam até uma montanha remota e relatarem a experiência a um jornal local.
Na época, a descoberta do grupo foi detalhada no “Botanical Journal of the Linnean Society”.
A planta, que possui folhas com estruturas semelhantes a jarros, é a segunda maior do gênero no mundo e pode crescer até mais de 1,20 metros de altura. Seu “jarro” fica cheio de líquido. A planta segrega néctar em torno das bordas destra estrutura para atrair ratos, insetos e outras presas em sua armadilha. Uma vez que um animal tenha caído ali, enzimas e ácidos no fluido quebram a carcaça da vítima afogada.
“Todas as plantas carnívoras evoluíram para pegar insetos, mas as maiores, como esta, podem comer ratos e sapos”, contou McPherson ao site LiveScience. “É verdadeiramente notável que uma planta tão grande passou despercebida por tanto tempo”.
Planta carnívora gigante da flora
A maior “planta de jarro” do mundo (Nepenthes rajah) foi descoberta em 1858 pelo naturalista britânico Hugh Low, em Bornéu. O hábito de comer ratos da planta foi confirmado quatro anos mais tarde, quando seu colega Spenser St. John encontrou um rato afogado dentro de um dos espécimes.
Embora alguns tenham abordado McPherson para perguntar sobre a possibilidade de cultivar as plantas monstruosas como ratoeiras para regiões infestadas por roedores, como Nova York, o botânico (que também é especialista em plantas carnívoras) diz que acha a ideia “um pouco forçada”.
“Ratos e camundongos são atraídos pelo doce néctar da planta, mas ela só os captura de vez em quando”, explica. “Simplesmente não é prático [trazê-las para ambientes urbanos como controle de pestes]”. Ele ainda acrescentou que há simplesmente ratos demais para que tal sistema pudesse ser efetivo. [LiveScience]
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