Nos últimos três meses, ao menos cinco casos envolvendo restaurantes e outras empresas tiveram grande repercussão
Em 2015, muito além de comida foi encontrado nos pratos servidos e produtos distribuídos pelo Brasil. Apenas de junho até agosto deste ano, pelo menos seis casos em estabelecimentos conhecidos foram denunciados por clientes e ganharam grande repercussão.
Arroz, feijão e Band-Aid
O caso mais recente de bizarrices encontradas na comida este ano ocorreu na última segunda-feira (17), quando um cliente do Homelete Omeletaria e Etc., em São Paulo, postou uma imagem no Facebook em que um Band-Aid estava servido junto com o prato principal.
A unidade do restaurante, localizada em um dos shoppings paulistanos mais luxuosos, o Cidade Jardim, se desculpou pelo caso.
"Desde a inauguração de nossa primeira unidade, mais de 200 mil pratos já foram saboreados com muitos elogios, sendo assim, não há outra ação esperada da Homelete senão um sincero pedido de desculpas", informa trecho do comunicado.
O funcionário do restaurante, que teria se cortado e, posteriormente, deixado o curativo cair na comida, foi afastado até o término da apuração interna do ocorrido.
Larvas: no pastel e na massa
No início deste mês, também em São Paulo, uma cliente encontrou uma larva em seu ravióli de muçarela de búfala com manjericão ao almoçar na unidade paulistana de um dos restaurantes do Eataly. O local é de uma rede internacional de restaurantes e mercearia que tem como objetivo "reunir todos os alimentos italianos de qualidade sob o mesmo teto".
"No fim, quando eu estava prestes a pedir outro, de tão saboroso que estava, percebi que tinha uma larva, grande, no prato", escreveu a cliente, a jornalista Elis Silvestre em sua página pessoal numa rede social.
Por meio de nota, o Eataly informou na ocasição que lamentava o ocorrido e ressaltava que se tratou de um caso isolado. Na oportunidade, o estabelecimento disse que mantém o "total comprometimento com os procedimentos para manter o mais alto padrão de qualidade e higiene."
No Rio de Janeiro, em junho, a larva foi parar no pastel da estudante Lays Chamoun,que foi com amigos ao Bar do Adão, na Tijuca, Zona Norte da cidade. Para a surpresa do grupo, um dos mais famosos pratos da casa, o pastel, veio com um recheio que com certeza não faz parte da receita.
"Fomos surpreendidos por um pastel chamado burguer com carne e bacon contendo no mínimo seis vermes vivos", relatou a jovem em uma rede social. Segundo ela, "a filmagem foi um pouco depois e não deu pra ver a quantidade de bicho [sic] que saía dali de dentro". "Lamentável", comentou.
O caso ocorrido na loja da Tijuca foi classificado pelo Bar do Adão como "um incidente isolado" e que estava sendo rigorosamente averiguado para que as devidas providências pudessem ser tomadas.
"A rede pede desculpas aos envolvidos no caso, bem como a todos os clientes que nos acompanham em 25 anos de tradição, e reafirma o compromisso constante por um bom atendimento e qualidade nos serviços prestados", afirmou o Bar do Adão, na ocasião, em nota.
Ratos servidos no prato
Menos de 24 horas após clientes do Bar do Adão receberem um pastel recheado com larvas, outra cena indigesta foi testemunhada em um tradicional restaurante carioca. Um rato caiu vivo direto do teto no prato do coronel da Polícia Militar e superintendente de Inteligência do Palácio Guanabara, Renan Gomes, que almoçava na Casa Brasil. "Estamos à mercê da falta de qualidade na prestação de serviços", disparou o militar. O caso foi registrado na 10ª DP (Botafogo).
O estabelecimento foi interditado. Segundo fiscais, era um número infindável de baratas, ratos e fezes dos roedores. Inclusive, foi localizado um rato da mesma ninhada que o filhote no prato do coronel.
Numa espécie de sótão do local, foram encontrados produtos vencidos. Os proprietários contaram que a casa já seria fechada para obras. De acordo com Fábio Domingos, fiscal da autarquia, os donos disseram que 'realmente isso não podia acontecer' e já estavam pensando em fechar para obras.
De volta a São Paulo, também em junho, houve o caso do massagista Leandro Loreto, que foi surpreendido por um rato agonizante em meio a bandejas de pão de alho vendidas em uma unidade do Carrefour de São Paulo. Ele contou que, após avisar ao estabelecimento, o animal foi recolhido com um saco plástico por um funcionário.
"Eu ia fazer um churrasco e fomos comprar os produtos. Quando fui pegar o pão de alho, caiu um rato em cima do alimento", diz Loreto, que registrou a cena. "Estava vivo e sob efeito de alguma coisa."
Em nota, o Carrefour informou na época que todos os produtos da geladeira onde o rato foi encontrado foram descartados e o local, esterilizado. Segundo a rede de supermercados, a loja havia sido dedetizada e desratizada recentemente, mas uma empresa especializada em controle de pragas foi acionada imediatamente para apurar o caso.
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