Durante a entrevista, Lauber não poupou elogios à cooperação entre o Ministério Público brasileiro e os colegas suíços.
— Não toleramos o uso do sistema bancário suíço para corrupção e lavagem de dinheiro — disse Lauber em entrevista ao lado do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Desde o início das investigações em abril do ano passado, o Ministério Público da Suíça localizou 300 contas de brasileiros em 30 bancos por onde teria sido movimentado o dinheiro desviado da Petrobras. “Os beneficiários e econômico das contas. Geralmente abertos em nome de empresas, são dirigentes da Petrobras, representantes das empreiteiras, intermediários financeiros e, direta ou indiretamente, empresas brasileiras ou estrangeiras pagadoras de propinas” diz nota do Ministério Público suíço.
Até o momento, pelas informações dos investigadores brasileiros, na lista dos titulares de contas na Suíça estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da diretoria de Serviços, Pedro Barrusco, e o ex-diretor de Serviços, Renato Duque.
Nesta semana, autoridades do Principado de Mônaco bloquearam 10 milhões de euros (R$ 34,7 milhões) do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há a suspeita de que o ex-diretor, que substituiu Nestor Cerveró, possa estar envolvido no esquema da corrupção. .
Outro nome envolvido no escândalo de corrupção da Petrobras, o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, movimentou 20,5 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões) por contas na Suíça, Hong Kong, Bahamas, Estados Unidos, Panamá e Portugal. De acordo com o Ministério Público Federal, Duque tentou esconder o rastro do dinheiro desviado de forma ilícita da estatal desde março do ano passado, quando a Operação Lava-Jato foi deflagrada.
G 1
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