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PENSE NISSO:

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como funcionam as câmeras instantâneas?




1. A luz do ambiente entra pela objetiva, reflete-se em um espelho posicionado na diagonal, chamado Fresnel, que concentra a luz e reflete a imagem diretamente na superfície do filme
2. O obturador se fecha, bloqueando a entrada de luz para evitar que o filme se queime. O processo de revelação é o mesmo de um filme comum, a única diferença é que ele acontece no próprio papel fotográfico
3. Ao apertar o disparador, o filme passa entre dois roletes, que estouram uma bolha com reagentes químicos - uma mistura de bloqueadores de luz e ácido neutralizador. A cápsula fica na borda do papel, longe do material sensível à luz, impedindo que ele seja revelado antes da exposição
4. O líquido é espalhado para o meio do papel-filme, que é composto de várias camadas químicas sensíveis à luz. Cada uma reage de uma maneira diferente, dependendo da intensidade e das cores presentes nos raios de luz provenientes do cenário fotografado
5. Os reagentes penetram nas camadas do filme e ativam os reveladores, que soltam as tintas coloridas para formar a foto na camada da imagem
6. Os reagentes dissolvem os bloqueadores de luz, que, com a reação química, ficam mais claros. A imagem já está revelada, mas o clareamento faz com que ela apareça aos poucos, dando a impressão de estar se formando só depois que sai dacâmera
• Sacudir o filme pode até acelerar o processo de revelação, secando os reagentes. Mas isso pode causar manchas e até distorcer a foto
por Giselle Hirata




FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS


Como é feito um disco de vinil?



por Bruno Lazaretti
As faixas de música são cortadas, com furos microscópicos, em um disco mole de acetato de celulose, uma substância parecida com esmalte. Depois, o disco é metalizado e usado para prensar várias cópias em vinil derretido. A música está dentro daquelas faixas onde a agulha do toca-discos entra. Essas faixas têm irregularidades microscópicas, que fazem a agulha vibrar ao passar sobre elas. Essa vibração é captada e amplificada pelo toca-discos e, voilà: som na caixa! O LP de vinil como conhecemos hoje apareceu em 1948. O vinil dominou a segunda metade do século 20, até ser desbancado pelo CD, em 1982. Hoje, ele é mais usado por DJs e colecionadores, que juram de pés juntos que a qualidade do som dos bolachões dá de dez em qualquer CD ou arquivo de MP3!
Fábrica de bolachas
Disco, também chamado de bolacha, nasce de acetato, vira metal e só depois ganha recheio sabor vinil
1. Tudo começa com um disco de alumínio lisinho de 35 cm de diâmetro e 2 mm de espessura. Esse disco de alumínio passa por uma esteira e recebe um banho de acetato de celulose, uma substância mole parecida com um esmalte preto. O resultado é um disco de alumínio revestido de acetato
2. O disco revestido é colocado no torno de gravação. Enquanto ele roda, uma agulha minúscula de diamante vai cortando as faixas em espiral na superfície. O movimento do braço da agulha é dado pelos impulsos elétricos da música já gravada no estúdio em fitas magnéticas ou arquivos digitais, o que o faz vibrar levemente e deixar irregularidades microscópicas no disco
3. O produto é chamado de disco master de acetato, que já contém as faixas com as músicas gravadas, mas é muito frágil para ser lido por uma agulha normal de toca-discos. Então, o master de acetato é metalizado
4. O heavy metal começa a rolar quando o disco leva um esguicho de cloreto de estanho, que o torna grudento para outros metais. Em seguida vem um esguicho de prata líquida, depois um mergulho em um banho de níquel, que se funde com a prata e forma uma camada de metal duro. Essa camada é separada do master de acetato, que é descartado
5. O master de metal formado no processo, como "nasceu" do molde de acetato, contém a música em suas faixas. A diferença é que as faixas estão em alto-relevo, e não na forma de sulcos. Mas ainda não é o produto final: a peça de metal é, em seguida, colocada em um prensa
6. Embaixo dela, entra a gosma de vinil derretido. A prensa aperta o disco de metalcontra o vinil derretido com cerca de 100 toneladas de força e a 193 ºC. As faixas em alto-relevo do disco de metal são transpostas para o vinil, que, depois de achatado, seca e vira um disco! Cada peça de metal prensa milhares de cópias. O excesso de vinil das bordas é cortado e a bolacha está pronta



FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS


domingo, 29 de janeiro de 2012

Mercado brasileiro de cartões cresce 26% no segundo trimestre de 2011.

De acordo com o levantamento da Associação das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o faturamento dos cartões de crédito, débito e de rede/loja no Brasil registrou alta de 26% no segundo trimestre de 2011, em comparação ao mesmo período do ano passado. O incentivo à maior competitividade e a entrada de novos players no mercado, provocados pela quebra de exclusividade entre bandeiras e credenciadoras, ajudaram a impulsionar o crescimento. O bom momento da economia nacional, com a baixa taxa de desemprego e o aumento da oferta de crédito, também estimulou o resultado acima da média, que totalizou R$ 158,9 bilhões.

Conforme Claudio Yamaguti, presidente da Abecs, os números superam as expectativas do mercado, mas estão de acordo com o momento atual da indústria. “Já imaginávamos que a abertura da atividade de adquirência provocaria um aquecimento no setor e aumentaria a busca por credenciamento no varejo, o que consequentemente gera maior uso dos cartões”, afirma. Além disso, há grande influência do aumento do poder aquisitivo do brasileiro e do maior acesso da população das classes C, D e E aos serviços financeiros.

Quando avaliadas separadamente, as modalidades de cartão registraram os seguintes valores de faturamento: R$ 92,5 bilhões em cartões de crédito, com crescimento de 25%; R$ 46,1 bilhões em cartões de débito, com alta de 28%; e R$ 20,3 bilhões em cartões de rede/loja, 29% a mais do que o registrado no segundo trimestre de 2010. O número total de transações foi de 1,99 bilhão, aumento de 20%. Nesse quesito, o crescimento por modalidade foi de 18% em cartões de crédito, com 834,2 milhões de transações, 22% em cartões de débito, resultando em 805,5 milhões de transações e 20% em cartões de rede/loja, totalizando 356,1 milhões de transações.

Quanto ao número total de cartões em circulação no Brasil, o final do segundo trimestre registrou 657,2 milhões de unidades, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de cartões de crédito foi de 162,3 milhões, crescimento de 12%, já os cartões de débito somaram 257,9 milhões, aumento de 7%, e os cartões de rede/loja totalizaram 237 milhões em circulação, 12% a mais que no ano anterior. Houve também leve incremento no tíquete médio das operações, de 6%. O valor médio das compras com cartões de crédito continua maior, com R$ 111, contra R$ 57 tanto dos cartões de débito quanto dos cartões de rede/loja.

Outro fator que continua contribuindo para o crescimento do faturamento de cartões de crédito é o aumento dos gastos dos brasileiros no exterior. O valor total de compras feitas com esse meio de pagamento em outros países foi de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre do ano, o que representa um crescimento de 22% ante o mesmo período de 2010. O resultado pode ser atribuído à valorização da moeda nacional em relação ao dólar e ao aumento do poder aquisitivo do brasileiro.

NÚMEROS POR REGIÃO E POR RAMO DE ATIVIDADE

Considerado por regiões do Brasil, o faturamento do mercado de cartões nesses três meses cresceu de forma similar à do segundo trimestre de 2010. O Centro-Oeste registrou a maior alta entre todas as regiões, tanto nos cartões de crédito quanto nos cartões de débito, com 27% e 32% de crescimento, respectivamente. O Sul também merece destaque, com resultados semelhantes: 26% em cartões de crédito e 32% em cartões de débito.

A representatividade de cada região nas duas modalidades é: Sudeste com 66% (crédito) e 62% (débito); Sul com 12% e 15%; Nordeste com 12% e 10%; Centro-Oeste com 7% e 9%; e Norte com 3% em cada.

Por meio de uma análise dos resultados em relação aos ramos de atividade, é possível notar a tendência de ampliação da aceitação dos cartões em nichos não tradicionais. Em faturamento de cartões de crédito, o crescimento foi maior para Outros Serviços e Profissionais Liberais (54%), Setor Primário, Indústria e Serviços Básicos (41%), que contempla segmentos como educação e saúde, e Demais Comércios Atacadistas e Varejistas (40%), que incluem segmentos como os de comércio atacadista e materiais de construção. No caso de cartões de débito, os crescimentos mais acentuados foram em Demais Comércios Atacadistas e Varejistas (50%), Setor Primário, Indústria e Serviços Básicos (44%) e Comércio Automotivo (34%).

RESULTADO SEMESTRAL E ESTIMATIVA PARA 2011

Analisando o primeiro semestre de 2011, o mercado de cartões totalizou um faturamento de R$ 304,5 bilhões, com crescimento de 25% em comparação com os primeiros seis meses de 2010, sendo R$ 176,2 bilhões (24%) em cartões de crédito, R$ 89,5 bilhões (27%) em cartões de débito e R$ 38,8 bilhões (26%) em cartões de rede/loja. O número de transações cresceu 19%, totalizando 3,85 bilhões. Por modalidade, o crescimento das transações foi de 17% para cartões de crédito, 21% para cartões de débito e 18% para cartões de rede/loja.

Dados os resultados consolidados do primeiro semestre e a expectativa de consumo para o segundo semestre de 2011, estimulada pelas festas de final de ano e pelo 13º salário dos trabalhadores, as estimativas feitas para o ano foram revisadas. Com isso, a Abecs estima que o mercado de cartões encerre o ano com crescimento de 23% no faturamento total, em comparação com o resultado apresentado em 2010.


FONTE
http://www.tpa.com.br
FOTOS ILUSTRATIVAS

Consumo de energia elétrica aumentou 3,6% no ano passado.

29/01/2012
O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 3,6% no ano passado. O aumento foi puxado sobretudo pelo setor comercial, que cresceu 6,3%, e pelo setor residencial (+4,6%). O consumo na indústria teve crescimento mais modesto: 2,3%. Os dados foram divulgados hoje (27) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o crescimento do consumo no setor comercial pode ser explicado pelo baixo nível de desemprego, “que vem caindo”, pelo rendimento das famílias, “que está em trajetória ascendente”, e pela manutenção do crédito. “Tudo isso tem feito com que novos shopping centers, lojas de serviços e de alimentação sejam abertos. Isso aumenta, portanto, o consumo desse setor terciário e de serviços”, disse Tolmasquim à Agência Brasil.

Do lado dos clientes residenciais, o aumento deve-se à maior quantidade de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos mais usados nas casas dos brasileiros desde 2005. De acordo com Tolmasquim, as vendas de eletrodomésticos evoluíram 18% em 2010, em relação a 2009, com estimativa de terem alcançado expansão de 16% no ano passado.

“A mesma coisa ocorreu com a parte de informática. Com mais equipamentos, as pessoas começam a consumir mais energia elétrica”, disse Tolmasquim. Segundo ele, o aumento do consumo residencial não foi maior em 2011 devido à ocorrência de temperaturas mais amenas. “Tivemos 10% de dias com temperatura mais baixa em 2011 que em 2010”. Isso reduziu um pouco a climatização em algumas residências, onde ela chega a responder por 70% do consumo.

Na área industrial, o avanço moderado (2,3%) do consumo de energia ocorreu como efeito da crise mundial, que reduziu as exportações. Internamente, a região que consumiu mais energia foi o Centro-Oeste (16,6%), devido à entrada em operação de uma fábrica de ferroníquel em Goiás e de frigoríficos em Mato Grosso. O segundo maior consumidor foi o Norte do país (7%), por causa do funcionamento de uma planta de ferroníquel no Pará, que puxa o consumo industrial para cima.

A Região Nordeste teve retração de 9% no consumo, com a desativação de uma planta de alumínio na Bahia, intensiva no uso de energia elétrica.

Sobre o crescimento de apenas 1,4% em dezembro do ano passado, Tolmasquim ressaltou que foi um mês atípico, marcado por temperaturas muito baixas para aquele período do ano. Muitos aparelhos de climatização não foram usados e, por isso, “o crescimento do consumo foi baixo”.

Ele acredita, porém, que o consumo de energia elétrica aumentará neste ano. Vários fatores contribuem para isso, entre eles a retomada da economia e do crescimento industrial, o aumento da renda da população e o desemprego reduzido. “Tudo isso levará a um crescimento do consumo de energia elétrica maior que em 2011”.

Eventualmente, disse Tolmasquim, o país poderá também ter temperaturas mais elevadas que no ano passado, o que poderá levar a população a usar mais aparelhos de ar condicionado e climatizadores, que também têm efeito sobre o aumento do consumo de energia.



FONTE
http://www.tpa.com.br
FOTOS ILUSTRATIVAS

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Água mineral de garrafa: os perigos da contaminação.



A água mineral engarrafada é a bebida cujo consumo mais cresce no mundo. A água mineral é refrescante, sem calorias, fácil de carregar, mais saborosa que algumas águas de filtros comuns e muito mais saudável que os refrigerantes. Dados da Associação Internacional de Águas Engarrafadas revelam que a demanda brasileira pelas águas engarrafadas cresce mais de 7% ao ano. E o Brasil já é o 4º maior mercado, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, do México e da China. No entanto, cada vez mais gente se pergunta se a água mineral e a embalagem em que ela é vendida são seguras ou, ao menos, mais seguras do que a água do filtro – e se tal conveniência vale o impacto ambiental.

O que há na garrafa de água mineral?

Nomes e rótulos atraentes e que evocam paisagens imaculadas nos convenceram de que a água mineral é a bebida mais pura do mundo. “Mas ninguém deve pensar que a água engarrafada é mais regulamentada, protegida ou segura do que a água da torneira”, afirma Margaretha van Weerelt, chefe do Laboratório de Microbiologia Aquática do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . “As agências concessionárias são obrigadas a entregar em sua casa água apropriada para o consumo”, diz.

Algumas águas engarrafadas vêm de fontes cristalinas e outros mananciais intocados – mas não todas. A Aquarius, da Coca-Cola; a Cristale, vendida no Sul do país; e a São Francisco, comercializada no Nordeste, são alguns exemplos.

A lei brasileira não proíbe o engarrafamento de águas provenientes de fontes artificiais, mas determina que as empresas que utilizam essas fontes dêem o tratamento e a mineralização adequados à água antes da comercialização.

Água mineral pirata

Nesta etapa, um dos maiores perigos para o consumidor é a água mineral "pirata" - que não foi fiscalizada pelos órgãos responsáveis e pode vir de fontes contaminadas por substâncias tóxicas ou microrganismos.

Em caso de dúvida, a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) aconselha que se procure no rótulo o número de registro no Ministério da Saúde, bem como o endereço completo da fonte.

No entanto, não dá para confiar cegamente nos rótulos. A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais lida todos os anos com casos de rotulagem inadequada. “As irregularidades mais encontradas são dados incorretos ou incompletos, como ‘Não contém glúten’”, explica Alessandra Alves Cury, especialista em Políticas de Gestão da Saúde da Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais. Em 2000, um caso chamou a atenção. “Uma das indústrias solicitou o registro de água “diet”, conta. “Outro aspecto é o surgimento de produtos do tipo ‘Preparado Líquido Aromatizado’ e ‘Refrigerantes de Baixa Caloria’, que podem confundir o consumidor quanto à sua verdadeira natureza”, adverte ela.

A controvérsia não é apenas sobre a água engarrafada individualmente; a maioria das pessoas também bebe água de garrafão, seja no trabalho ou em casa.

Em 2006, a Pro Teste, organização não-governamental de defesa do consumidor, testou 15 marcas de água de garrafão vendidas no país. O resultado não foi negativo, mas preocupante: embora 80% não revelassem grandes problemas, os rótulos das águas de garrafão continham informação incompleta e quantidade errada de minerais, além de não mostrarem a data de validade ou instruções para conservação.

Outras três marcas de água de garrafão apresentaram a bactéria Pseudomonas aeruginosa. Ela não oferece risco, a princípio, para quem está saudável de modo geral, mas o achado representa falha no processo de desinfecção.

A contaminação da água mineral em garrafas é mundial

A contaminação da água engarrafada desde a sua fonte é tema preocupante também em outros países. A ONG americana Natural Resources Defense Council (NRDC) descobriu que amostras de duas marcas de água mineral estavam contaminadas por ftalatos, em um dos casos, excedendo os padrões para água potável da EPA, Agência dde Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Essas substâncias químicas – utilizadas para tornar os plásticos maleáveis, e que são encontradas em cosméticos e fragggggggrâncias, cortinas de chuveiro e até brinquedos de bebês – estão sob investigação cada vez mais minuciosa. Elas são interferentes endócrinos, que bloqueiam ou imitam os hormônios humanos, afetando as funções normais do corpo.

Quando expostos a níveis muito elevados de ftalatos durante os períodos críticos do desenvolvimento, fetos masculinos podem sofrer malformação nos órgãos reprodutores, inclusive a ausência de descida dos testículos. Especialistas relacionam os ftalatos à baixa contagem de espermatozóides.

As garrafas de água mineral não contêm essa substância química, o que significa que os ftalatos detectados pelo NRDC provavelmente entraram na água durante o processo de engarrafamento, ou estavam presentes na fonte original (também já foram encontrados ftalatos em água da torneira).


Legislação da água mineral engarrafada

As leis brasileiras são rigorosas quanto ao comércio de água mineral engarrafada. O produto está sujeito à fiscalização desde a sua captação até o consumidor final. O Departamento Nacional de Produção Mineral autoriza e monitora a exploração das fontes de água mineral no país. Para comercializá-la, a empresa deve cumprir à risca os padrões de qualidade determinados pelo órgão responsável, limitando-se a explorar apenas o que for concedido e sendo responsável pela mão-de-obra, pelos recursos e pela embalagem do produto. É preciso ainda registrar a água na Anvisa e no Ministério da Saúde.

Desde 2000, a Anvisa promove análises periódicas da qualidade de alimentos, o que inclui a água mineral engarrafada. Mas as ações de inspeção sanitária são responsabilidade dos órgãos estaduais e municipais. Só nos últimos dois anos, foram realizadas mais de 16 mil inspeções.

Quando uma marca é reprovada, os órgãos competentes adotam medidas legais para prevenir possíveis danos à saúde da população e impedir que o produto circule, ou então interrompem seu processo de fabricação. Dependendo do risco envolvido, a Anvisa pode adotar medidas de intervenção em âmbito nacional.



Os problemas do plástico para a natureza

A maioria das águas minerais vem em garrafas de tereftalato de polietileno, indicado no fundo da embalagem por um número 1, PET ou PETE. As garrafas, em geral, são seguras, afirma Hermes Cortesini, porta-voz da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET).

“A resina PET é inerte, e só quando submetida a altas temperaturas, como em uma incineração não-controlada, pode liberar componentes químicos. Seu único problema é a durabilidade: o descarte indevido prejudica o meio ambiente porque o material não é absorvido pela natureza.”



Como armazenar e transportar galões e garrafas de água mineral

As altas temperaturas, no entanto, não são o único risco potencial; o local onde armazenamos as garrafas de água e outros itens que guardamos juntos no mesmo espaço também podem causar problemas. Especialistas aconselham a não armazenar água na garagem, sob o sol, perto de fumaça de gasolina, pesticidas e outros produtos químicos que poderiam, no mínimo, afetar o cheiro e o gosto da água.

“O mesmo cuidado vale para a loja onde o consumidor costuma comprar o galão ou a garrafa. Não compre em postos de gasolina, onde as embalagens ficam expostas a combustíveis, ou armazenadas em locais pouco limpos”, aconselha o professor Delmo Vaitsman, coordenador do Laboratório de Desenvolvimento Analítico do Instituto de Química da UFRJ.

O professor afirma que o problema não está só na armazenagem, mas no jeito como transportamos a água. Muitas pessoas bebem água comprada em galão e deixada num carro quente, horas a fio. “A exposição ao sol, desta maneira, altera o equilíbrio químico, especialmente se for uma água mineral da fonte. Isso não tem a ver com a garrafa, mas com os componentes que já estavam na água quando ela foi recolhida.” Segundo ele, a exposição ao sol também é o motivo pelo qual, por exemplo, há formação de limo em alguns bebedouros. “Essas algas não fazem mal, mas o consumidor sente uma repulsa inicial, e pensa que a água está estragada, imprópria para o consumo.”

Mas, a exemplo de outros debates sobre produtos químicos, ainda não sabemos quais os riscos exatos para a saúde que as embalagens de plástico e o armazenamento equivocado da água mineral podem oferecer.

Enquanto isso, pesquisadores no mundo inteiro já levantaram bandeiras de advertência com relação a certas substâncias químicas específicas. O antimônio, por exemplo, é um produto químico potencialmente tóxico utilizado na fabricação do PET. Ano passado, cientistas da Alemanha descobriram que, quanto mais tempo uma garrafa de água fica armazenada (na loja ou em casa), mais antimônio desenvolve. Altas concentrações de antimônio podem causar náusea, vômitos e diarréia. No estudo, os níveis encontrados eram inferiores aos considerados seguros pela EPA, mas trata-se de um tópico que requer mais pesquisas.

Em julho de 2007, um comitê dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) concordou que o bisfenol A (BPA), produto químico encontrado no policarbonato (utilizado na fabricação de garrafões de água para resfriamento, garrafinhas de água de uso esportivo e outros plásticos rígidos, mas não do PET), pode causar problemas neurológicos e comportamentais em fetos, bebês e crianças.

Outra pesquisa, patrocinada pelos NIH, descobriu que o risco era ainda maior, afirmando que a exposição de adultos aos efeitos do BPA provavelmente comprometeria o cérebro, o aparelho reprodutor feminino e o sistema imunológico.



Qual é o custo da água mineral de garrafa PET para o ambiente?

É importante conhecer os riscos potenciais para a saúde do indivíduo, mas a água engarrafada também afeta a saúde do planeta.

“A água engarrafada é um negócio em expansão, e isso traz grande impacto ambiental, que pode ser evitado pelo simples gesto de se beber mais água do filtro”, adverte Wagner Victer, presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Enquanto lutamos para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, a água engarrafada faz com que ele aumente. As garrafas de PET são feitas de petróleo e, quanto mais garrafas utilizarmos, mais petróleo será necessário para encher, distribuir e produzir novas embalagens.

Cortesini assinala que não é só a água, mas também sucos, refrigerantes e outras bebidas engarrafadas em recipientes plásticos que contribuem para aumentar esses resíduos. “Muito está sendo feito para que a reciclagem não só aproveite esses materiais, como a própria indústria de alimentos utilize mais material reciclado em suas embalagens. No entanto, hoje, são poucas as empresas que obedecem aos padrões determinados recentemente pela Anvisa para a fabricação de embalagens plásticas a partir deste processo.”

Grande parte do apelo da água engarrafada está nas convenientes garrafinhas de uso individual. No entanto, menos de 20% delas são usadas mais de uma vez, de acordo com estimativas do Instituto Americano de Reciclagem de Recipientes. As garrafas restantes são jogadas em praias, ao longo de rodovias e em aterros sanitários, onde podem permanecer por mil anos.

Enquanto o percentual de plástico PET reaproveitado ainda é considerado baixo até em países desenvolvidos, o Brasil está fazendo sua parte de forma invejável. Estudos preliminares realizados pela Abipet indicam que, só em 2007, a reciclagem das embalagens de PET no Brasil teve um aumento de 18,6% em comparação com o ano anterior, chegando a 53%.

Isto significa que 230 mil toneladas do produto receberam destinação adequada, acima das 194 mil toneladas registradas em 2006. “A perspectiva é de que, no balanço deste ano, a ser divulgado em dezembro, este percentual chegue a 60%, mais próximo de países como Alemanha e Japão, onde a separação do lixo é obrigatória. Com a diferença de que, aqui, os próprios empresários trabalham em parceria direta com os recicladores, reaproveitando o material internamente, mais do que em qualquer outro país do mundo”, revela Cortesini.

É um bom começo, mas sempre é preciso fazer mais – tanto da parte deles quanto da nossa.



Beba água da maneira correta, para beber água sempre

Preocupado(a) com o preço que seu hábito de beber água engarrafada cobra da Terra? Siga essas 5 dicas para o consumo ecologicamente correto da água.

Dica 1 - Use o filtro para tornar a água potável

Se sua água vem do poço, examine a qualidade dela uma vez ao ano. Em vários Estados brasileiros, a escavação indiscriminada de poços é proibida, pois pode prejudicar os lençóis de água potável, além de haver risco de contaminação por esgoto não-tratado. Se a água vier de fonte pública, verifique o relatório de qualidade, emitido pela concessionária responsável pelo abastecimento de sua cidade. Ela é obrigada, por lei, a fornecer estas informações, seja por meio de divulgação na imprensa ou na própria conta de água. Leia com atenção para assegurar-se de que sua água atende às especificações gerais e não apresenta elementos contaminadores. Para mais detalhes, acesse o site da Agência Nacional de Águas, responsável pela regulamentação das concessionárias: ana.gov.br.


Dica 2 - Leve água em um cantil ou squize e beba durante o dia

Leve sua água filtrada num recipiente reutilizável de aço inoxidável, vidro ou alumínio, e lave-o sempre que for usá-lo de novo. Alguns vêm com uma prática alça para transporte. O preço pode variar bastante. O modelo usado pelo Exército costuma ser mais barato, mas é possível achar cantis mais apropriados para determinados tipos de esporte. O preço varia entre R$ 12 e R$ 60.


Dica 3 - Verifique o bebedouro ou o filtro do escritório

Se sua empresa usa um filtro tipo purificador ou ozonizador, procure saber se ele funciona corretamente e se a manutenção periódica é feita de seis em seis meses, ou conforme o recomendado pelo fabricante. No caso de bebedouros com garrafões de plástico, fique atento: o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) baixou uma portaria em setembro com normas para produção e uso dos garrafões, limitando sua vida útil em três anos.


Dica 4 - Examine o rótulo da água de garrafa

Quando tiver de levar água engarrafada, escolha marcas reconhecidas pelo DNPM e pela Anvisa. Examine a garrafa. Caso tenha dúvida, procure os órgãos responsáveis para ver se o registro é válido.


Dica 5 - Evite consumir água exposta a altas temperaturas.

Não beba água de galão que tenha sido exposta a altas temperaturas, e não reutilize garrafas plásticas por muito tempo. Use garrafas de vidrrro na geladeira. Prefira recipientes de vidro aos de plástico.


Posso beber água da bica?

A água que sai de sua torneira provavelmente é segura. Em geral, as toxinas existentes na água potável não ultrapassam os limites considerados saudáveis pelo Ministério da Saúde, mas ainda há margem para preocupações. De um gosto esquisito à contaminação por chumbo oriunda de canos velhos, sua água pode ter adquirido coisas nocivas ao longo do caminho.



O que há de errado com o gosto da água da minha casa?

Algumas regiões do país estão sujeitas a determinadas toxinas, como despejo de fazendas e subprodutos industriais, como arsênico, que podem ocorrer de maneira natural no ambiente.

Se a cor mudar, ou o cheiro ficar muito ruim, entre em contato com a concessionária que atende o seu município. O procedimento varia, mas, em geral, será feita a testagem da água para determinar se o problema vem da concessionária ou da sua residência. Você também pode procurar o órgão responsável pelos recursos hídricos do seu Estado para obter mais informações, ou a agência reguladora correspondente, se houver.


Compre um filtro

As opções variam: jarras purificadoras, filtros de mesa com carvão ativado e unidades montadas na própria torneira, instaladas sobre a pia. Procure um modelo aprovado pelo Inmetro e limpe-o de acordo com as especificações do fabricante.


Faça você mesmo: água tratada

O gosto da água tratada com cloro é ruim? Ponha água numa jarra transparente de vidro e guarde-a descoberta na geladeira por 24 horas para que o cloro se dissipe no ar.


O que você precisa saber sobre o flúor

A maioria das águas engarrafadas não tem adição de flúor (se tiver, isso será mencionado no rótulo). As crianças estão consumindo cada vez mais água engarrafada e menos água do filtro fluoretada, o que pode estar relacionado a um aumento dos problemas dentários. Suzana Beatriz Fúcio, professora de Odontologia da Universidade Federal do Paraná, tranqüiliza os pais. “O uso de dentifrício uma vez ao dia fornece a quantidade adequada de flúor para a proteção dos dentes da criança”, afirma ela. “Além disso, quase toda a água fornecida por vias públicas no país é fluoretada, com exceção de áreas rurais ou que não dispõem de saneamento. Mesmo sem consumi-la diretamente, toda a família tem contato com a água fluoretada, seja ao comer alimentos preparados com ela, ou ao utilizá-la para bochechos durante a escovação."



FONTE
www.r7.com/
FOTOS ILUSTRATIVAS